Parte 1

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Século XVII


【 Pov: Capitão do navio de carga 】
                            ⋘ ⋙

As águas do mar não são gentis, batendo pesadamente contra o casco de madeira do navio, o barulho é alto no céu escuro e os homens correm por toda a extensão do navio tentando tomar posse do controle da embarcação que foi perdida pela vontade do mar aberto.

"Capitão, algo está se aproximando!", um dos meus homem grita do seu lugar, perto do tranquete.

"Um dos nossos?", pergunto, esperando que seja apenas outro dos nossos navios de carga tentando passar pela tempestade e alcançar o outro lado do mar.

"Talvez, a neblina é muito densa", grita de volta.

"Capitão, o que fazemos?", outro diz.

"Afastem-nos, mantenha distância", desço a escada e corro em direção a proa, quase me pendurando sobre a borda no navio e apertando os olhos, na esperança de enxergar mais nitidamente.

A névoa é pesada ao nosso redor, respingos de chuva e águas salgadas se misturam e batem no meu rosto, deixando a visão ainda mais debilitada.

Quando está próximo o suficiente, já é tarde demais.

"Droga", grito. "Tirem- nos daqui, agora!", grito.

Corro pelo convés em direção a roda do leme, empurro agressivamente o homem da direção para que eu possa assumir pessoalmente.

Mas percebo que tudo foi em vão quando ouço gritos de pavor dos meus homens e o navio sofre desestabilidade quando ganchos batem e prendem o navio.

E uma voz é ouvida acima de toda a comoção.

"Vocês não podem se defender!", grita. "Rendam-se e nada de mal acontecerá a vocês".

Pessoas rudes, que não são da minha tripulação, estão a um passo de embarcar e não temos poder de fogo para impedí-los.

Com um pequeno aceno de cabeça, os machados, espadas e facas são jogados ao chão.

"Espero que cumpra a sua parte no acordo!", digo para o capitão do navio pirata.

Os piratas, sem qualquer cerimônia, são rápidos em fazerem o trabalho deles.

"Você tem a minha palavra", a voz diz e lançando a minha atenção à isso, é uma surpresa ao ver que dentro das vestes de couro e pano, um cinturão com uma pistola e uma espada embanhada, está uma mulher.

Seu cabelo é longo, escuro e balança com os passos da mulher em minha direção. A roupa pesada é quase como se não pessasse nada com a elegância que ela anda.

"Você é o capitão?", pergunto.

"Capitã, sim", ela acena com a cabeça, um sorriso presente em seus lábios pintados.

Quando está perto, estende a mão e é quando percebo que ela é tão alta quanto a mim, talvez até mais.

"Sou Eva", alcançando sua mão, balanço rapidamente.

"Canto da sereia", sussurro, já tendo ouvido falar da mulher capitão.

"Vejo que a fama do meu navio te alcançou", ela diz. "É uma honra", ela faz uma reverência exagerada e quando ela se põe em pé, um sorriso malicioso está presente em seu rosto.

O sorriso dela lentamente se apaga, engulo em seco.

"Agora, já que vocês colaboraram tão bem conosco", acena com a mão ao redor do navio saqueado e maltratado. "Deixarei você escolher cinco da sua tripulação para sobreviver".



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Bjsss

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