Capítulo 1

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— Caterina Castillo! Vou falar só mais uma vez!

— Só mais cinco minutinhos mamãe! — afundei-me nas cobertas que, naquele momento, pareciam muito mais quentes e acolhedoras.

— Disse isso à cinco minutos garota! — falou, invadindo meu quarto — Vamos! A escola não irá esperar por você.

  Resmunguei quando minha mãe puxou as cobertas e a luz do sol, que entrava por entre as janelas, irritavam meus olhos.

— Levante-se e ponha algo que cubra isto — a mulher ruiva apontou para as marcas em minhas coxas, deixadas pelo último homem que ela resolveu trazer para casa.

— Não teria que cobri-las se soubesse escolher bons namorados. — sussurrei.

— O que disse? — soltou o edredom.

— Nada — me levantei — Pode sair por favor? Tenho que me vestir.

— Faça isso rápido! — ela saiu do quarto com uma cara emburrada.

  Escolhi um vestido vermelho xadrez —um dos meus preferidos— e uma meia calça, na qual escondia bem os roxos. Escovei meu cabelo e prendi os fios ruivos em um rabo de cavalo.

  Não demorei muito a sair.

  Ana (minha mãe), me deu ovos com bacon e café, antes de levar-me até a escola, onde encontrei Viv, minha melhor amiga, no estacionamento da escola.

— Pensei que não viria hoje.— a morena falou quando me aproximei.

— Mamãe me obrigou à vir — reclamei.

— Meia calça? — Viv observou — Ana é um monstro.

— Ela não teve culpa. Não foi ela que fez isso, e, afinal, ela não está mais com ele.

— Até achar outro alguém que faça a mesma coisa, ou pior! — reclamou — Você não merece isso, Cat.

— Na verdade ela já encontrou. Levará ele para jantar em casa hoje à noite. E sei que não mereço, mas o que posso fazer?

— Deveria sair de casa.

— E morar onde Viv? Não tenho pra onde ir.

— Te ofereceria minha casa, mas ela já está lotada.

— Não precisa, Viv. Eu estou bem assim.

Viv estava pronta para retrucar minhas palavras mas o barulho de um carro nos tira do diálogo.

  Um carro extremamente bonito e luxuoso estaciona no meio de civic's e corolla's.
 
  Um homem de terno sai do carro. Ele era alto e musculoso, porém não conseguia ver seu rosto.

  Ele abre a porta do banco de trás e uma criança sai dele, com uma mochila nas costas que logo é passada para o homem moreno.
 
  A criança, de aparentemente uns sete anos, sorri, segurando a mão do homem, que caminha em... Minha direção.

  As palmas das minhas mãos começam a suar à medida que o homem e a criança se aproximam.

  Agora é totalmente aparente a beleza do homem moreno e bronzeado, de olhos claros, num tom maravilhoso de azul, sua boca avermelhada, seus cílios grandes, sua pele sem manchas apesar das marcas de riso. Seus olhos me fascinam e me prendem, até que seu olhar cruza com o meu, me deixando totalmente envergonhada.

  Desvio meus olhos para meus sapatos e sinto a vergonha invadindo meu corpo à medida em que minhas bochechas ficam coradas.

  Sinto a presença do homem passar ao meu lado, entrando na escola e me deixando lá, com a lembrança de seus olhos azuis e minha total vergonha.

— Melhor você beber um pouco de água porque aquele cara te secou completamente. — Vivian falou em tom brincalhão.

— Ele não estava "me secando", Viv.— olhei para ela.

— Então por que seu rosto está tão vermelho?— ela riu.

— Por... Porque... Ah não importa! Vamos a aula já vai começar — me levantei escutando as risadinhas de Viv.

— Sei Castillo, sei!

***

Oi gente!! Faz muito, muito tempo desde a última vez que publiquei uma história, e mais tempo ainda desde que escrevi uma neste tema.

Estou muitíssimo feliz por estar escrevendo novamente e espero do fundo do coração que gostem.

Passei por um bloqueio criativo horrível, e não consigo escrever nada há meses, então se este primeiro capítulo não foi o que esperavam, prometo que irei melhorar.

Beijo no coração e boa leitura seus lindos!

CATERINAOnde histórias criam vida. Descubra agora