Gael Jones.

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Mandaram-me organizar entrevistas de emprego no dia seguinte.

Eu sabia de antemão que seria difícil encontrar um candidato que fosse o substituto perfeito, mas depois das duas primeiras entrevistas, percebi terem me dado uma missão impossível.

Depois de uma dúzia de entrevistas, um desespero começou a tomar conta de mim.

A pilha de trabalho que tinha que ser feito estava aumentando e as chances de achar a pessoa certa para cuidar disso ficavam escassas. Parecia que cada candidato que saia do meu escritório depois de uma entrevista levava consigo um pouco da minha energia.

E finalmente, o último candidato que apareceria para uma entrevista.

— É um senhor... deixe-me ver... um certo... Gael Jones.

Estava ansiosa para terminar. Eu me aproximo da janela e começo a encarar o horizonte.

Eu estava lá perdida em pensamentos quando ouvi uma batida na porta. Sem fazer o mínimo esforço para me virar, eu convidei o último candidato para entrar.

— Entre, Sr. Jones.

— Boa tarde, senhorita.

Tinha algo naquela voz que me fez virar instantaneamente.

Um homem no final dos seus vintes e quatro estava parado na porta, o homem mais lindo que eu tinha visto recentemente, sem sombra de dúvida.

Ele tinha uma aura ao seu redor que fez eu sentir como se conhecesse ele a minha vida toda.

Eu não conseguia me impedir de sorrir, e o sorriso que apareceu no meu rosto não era um daqueles sorrisos formais de negócios, mas um sorriso que seguia uma sensação genuína de felicidade, até animação.

— Por favor, se sente. Sr. Jones.

— Obrigado, senhorita Carter.

Fiz-lhe as perguntas usuais e as respostas dele foram perfeitas, profissionais e, ao mesmo tempo, refletindo auto-confiança. Ele não parecia nem um pouco nervoso.

— Notificaremos sobre o resultado da entrevista em alguns dias.

— Esperarei ansiosamente. Foi um prazer falar com você.

Assim que ele saiu do escritório, eu respirei fundo.

Havia algo naquele cara que me hipnotizou instantaneamente.

Era incrível como nós dois tínhamos opiniões parecidas sobre tópicos profissionais e assuntos do dia a dia.

Ele parecia entender completamente e interpretar as minhas palavras.

Acabei de conhecer esse homem e já nós entediamos tão bem.

**********

Fui ao mercado porque minha despensa estava vazia, assim que botei meu pé na rua e reconheci o estranho que foi o último entrevistado daquele dia.

— Olá. Bom te ver de novo, espero que você lembre de mim.

— Sr. Jones! É claro que eu lembro! É parte do meu trabalho.

— E você é muito profissional nele, como posso ver. Escute, eu gostaria de lhe perguntar uma coisa se você não se importar.

— Sr. Jones, eu não devia estar falando com você dessa forma. Alguém pode nos ver e pensar que estou colocando você acima dos outros candidatos.

— Não se preocupe, não demorará. Quero convidar você para minha exibição. Organizo para caridade, de trabalhos de ilustradores de quadrinhos famosos.

— Mesmo? Eu não acredito!

— Bem, tenho que ir agora, eu moro aqui do lado, então nós iremos ser ver, aqui está o convite, eu gostaria que você fosse.

— Vou ver.

A pesar de não saber exatamente o porque, eu senti falta dele assim que ele se afastou de mim.

O amor mora ao lado (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora