Capítulo 6

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AMOSTRA - DEGUSTAÇÃO

Beijos doce, docinhos!

Zé Vicente

— Coloca isso no beiço. — Jogo a sacola com gelo na direção do Pauleta e ele resmunga, lavo a mão na pia da minha cozinha. Pauleta reclama igual a um burro veio, seu nariz começa a inchar.

— Seu puto dos infernos, porra, patrão, olha o que você fez! — Aponta para própria cara, bufo.

— Para de resmungar que ainda tem muito gado pra vacinar hoje. — Aponto pra caminhonete pela porta de tela da minha cozinha.

— Se me bate e ainda quer que eu trabalhe? — Me olha com cara de piedade.

— Se é pago pra o que então, diacho? Não pago à toa não — reclamo, me sentando à sua frente.

Vejo ele me ignorar e seus olhos correm pela minha cozinha. Minha cozinha é bem planejada, do jeitinho que eu sempre quis, a geladeira tem algumas fotos do meu moranguinho.

— Se não tem o tino no lugar não. — Aponta pra minha geladeira.

É primeira vez que alguém sem ser minha mãe ou Conça entra aqui. Depois que eu soquei ele, joguei-o na caminhonete da fazenda e o trouxe pra cá. Não queria problemas ou falação na minha cabeça. Manoel ia perguntar e não ia sair da porra da minha bunda até eu lhe dizer a verdade.

— Não provoca, diacho. — Me levanto — Vá, arreda o pé daqui.

— Você quer é ir ficar de butuca lá na casa grande. — Empurro-o pra fora, pela porta da minha cozinha. E jogo o saco de gelo em sua direção.

— Você tá inventando moda. — Passo a mão em meus cabelos nervoso, na cidade não é novidade meu amor pela Catarina, as mulheres da Gata Dourada sabem que jamais me terão por completo ou vou assumir uma puta daquele lugar. Quero Catarina e isso não é novidade para ninguém.

Subo no meu cavalo, deixando Pauleta rindo atrás de mim, vou a galope em direção à casa grande. O mato no meu caminho já começa a pintar sinal que eu tenho trabalho. Odeio mato. Grande. Sinal de bicho peçonhento.

Avisto a casa grande, galopo até o estabulo. Desço do cavalo e o levo até a baia, os cavalos do meu pai se agitam ao me ver puxar o meu garanhão. Ajeito meu chapéu e vou em direção à casa grande, ouço risos e o povo falando tudo alto. Ando mais rápido e vou pelo fundo da casa.

— Mas se é um desgramado, se achegando por trás. — Conça dá um pulo e coloca o cesto de roupa na mesa.

— Tá devendo pro mascate ? — Ela me mostra o dedo do meio. — Ela veio? — Sou direto, curto e grosso.

— Olha lá, hein, não vai monta o porco , seu azoretado. — Beijo o rosto da Conça e vou em direção à porta da sala. Quando chego à porta, é como levar um soco, essa é primeira vez que vejo sua perna, a perna mecânica colorida chama atenção de longe, o short curto gruda em suas coxas grossas marcando tudo nela, engulo em seco.

Me afasto da porta sinto como se tivesse levado um soco na boca do estômago. Me viro disposto a sair daqui, as risadas deles me chamam a atenção. Eu não ouço nada certo. Vê-la ali me liga, como um fio desencapado, meu corpo reage na hora.

Erros Do Passado | AMOSTRA - DISPONÍVEL NA AMAZON KINDLEOnde histórias criam vida. Descubra agora