Capítulo 5

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CATARINA

Dou um passo para trás ao sentir ele tocar meu rosto, ouvi um limpar de garganta e me viro vendo meu padrinho com um sorriso no rosto.

— Sabia que voltaria, moranguinho. Mas não que correria para mim na primeira oportunidade. Precisamos conversar. — Deus, eu me odeio, como pude sair feito uma idiota na primeira oportunidade atrás dele. A voz rouca e baixa dele bate contra minha nuca, respirando fundo, me afasto dele, ignorando a voz.

Não eu não vou por esse caminho, essa é merda do caminho que eu falei que evitaria e na primeira oportunidade vou em direção a ele, mas que merda há comigo? Eu preciso me manter longe dele, que diabos há de errado? Ele fodeu comigo e na primeira oportunidade eu me vejo desejando-o?

Me afasto dele, e subo as escadas novamente. Sinto meu peito apertar, droga. Passo por meu padrinho e por Manoel, respiro fundo fingindo que nada disso acabou de acontecer.

— Tentem não se matar, irmãzinha — Manoel ironiza, me abraçando, rio amarga.

— A não ser que ela queira me matar de amor, eu estou disposto. — Bingo, Zé Ferreira está de volta. Respiro fundo e me viro, em menos de meia hora aqui, ele já prova meu ponto, ele será meu diabo particular.

— Por que isso agora? — questiono, fazendo-o sorrir, mas o sorriso não chega ao olhar duro e xucro como o de um cavalo.

— Porque você sempre foi minha alma gêmea, neném, eu era a merda de um inconsequente. — Respiro fundo, notando apenas nós dois na sala. Droga, eles me deixaram aqui sozinha com ele? Ele dá um passo à frente, acabando com o espaço entre nós.

— Fique longe, não faça isso. — Minha voz sai fraca, Deus, por que eu insisti em voltar? Burra achei que ele não ia mexer comigo, como está fazendo agora, meu estômago revira e eu dou um passo para trás.

— Ele te machucou? — Abro meus olhos, ofegando, ele está a centímetros de mim.

— Fique fora dessa merda, peão — alerto, recuperando minha linha firme, a risada rouca e baixa me faz engolir em seco.

— Se eu voltar a perguntar sobre essa merda e eu não tiver a porra da resposta, eu vou descobrir por meus meios onde esse fodido se enfiou e os advogados dele vão receber o couro dele em uma linda bota texana. — A voz perigosa se arrasta.

— Quando eu disse que estava de volta a sua vida, eu não joguei palavras ao ventou, moranguinho. — O apelido se arrasta de forma doce, mas firme e perigosa.

— Não importa, eu e Costela estamos bem. Essa merda já está resolvida. Quero deixar isso no passado. Como fiz com muitas coisas em minha vida. — Ele me olha e seus olhos claros vacilam por um instante, mas um sorriso se curva em sua boca, o cheiro amadeirado está em meu sistema novamente, me fazendo uma idiota na frente do homem que eu devo odiar, mas não consigo.

— Se sempre foi uma péssima mentirosa, moranguinho, e eu não me importo de descobrir por meus meios. — Pisca e se afasta. — Não saia das minhas vistas.

Sorrio, sim eu rio da maldita cara de babaca dele.

— Você não tem posição alguma em minha vida para me dizer até onde eu devo estar. Eu te coloquei no topo das minhas prioridades, coloquei nossos sonhos, a família que planejamos juntos, mas eu não passava de uma garota burra de vinte anos que se deslumbrou por um sorriso bonito e uma transa gostosa. — Ele trava a mandíbula. Meus olhos lacrimejam, mas me mantenho firme. — Era isso que queria ouvir? Não finja que não me deixou esperando por você, não me diga que não fez a cidade toda ter pena de uma idiota que te esperou no altar. Foi sua escolha não estar lá. Há quanto tempo estava me traindo com aquelas mulheres? — questiono sentindo meu peito doer, ofego e fecho os olhos.

Erros Do Passado | AMOSTRA - DISPONÍVEL NA AMAZON KINDLEOnde histórias criam vida. Descubra agora