We Burned Like Fire, Now Everything's Turned To Ashes

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SE PUDEREM OUÇAM A MÚSICA DA MÍDIA, ELA DIZ UM POUCO SOBRE ESSE CAPÍTULO!!!
Votem e comentem!
Boa leitura <3
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Diz muito sobre a morte. Certamente é um dos períodos mais tristes na vida de qualquer ser humano. O fato é: nossa única certeza é que um dia vamos morrer, mas nunca estamos preparados para encarar esse momento – principalmente quando alguém próximo de nós resolve partir de maneira súbita. É até paradoxal a ideia de passarmos a vida pensando na morte, afinal como aproveitar uma vida de fato vivendo dessa maneira?

Talvez devêssemos seguir Epicuro e pensar que a morte seria a libertação dos sentidos; que nela não haverá dor ou sofrimento, pois não estaremos sentindo nada. Josh estava seguindo essa linha de raciocínio para lidar com a morte de sua mãe, a dor não era mais tão grande, mas a saudade parecia crescer cada dia mais. Sua mente trabalhava diariamente em afirmar que sua mãe havia descansado e sua alma estava em paz no céu, apesar de não ser muito religioso tinha passado a rezar todos os dias para que sua mãe descansasse na eternidade ao lado Daquele que um dia já fez mais sentido em sua cabeça.

Também dizem que, apesar de separar, a morte une. Essa ideia nunca fez tanto sentido para Josh quanto naquela primeira semana após seus 7 dias de luto, pois ele viu o mundo se unir para espalhar o legado de amor de sua mãe.

O texto publicado por Josh na Flames Magazine repercutiu mundialmente. Jornalistas do mundo todo, por mais que fossem seus concorrentes, não se importaram de compartilhar a mensagem de Josh e levantar a bandeira em apoio ao combate do câncer – doações generosas também foram feitas para laboratórios de pesquisas. Uma grande mobilização tomou as redes sociais, onde os internautas passaram a refletir sobre a importância do amor na contemporaneidade e reafirmaram que ele era a única saída para acabar com toda fumaça de ódio que circula atualmente.

Além disso, a família Beauchamp se encontrava mais unida do que nunca. Eles aproveitaram longas tardes juntos, relembrando memórias e vendo fotos de tempos passados. Os risos enchiam as paredes da casa da família quando Ron contava suas antigas histórias e lágrimas tomavam conta dos olhos de todos quando as irmãs lembravam de sua mãe, era certo que elas seguiriam o exemplo de sua progenitora ao cuidar de seus próprios filhos.

Bailey e Krystian permaneceram com eles, após Ron se negar em vê-los afastados naquele momento.

Noah se sentia como um membro da família, como se carregasse o sobrenome Beauchamp. Ele e Josh estavam mais unidos do que nunca, agora que tinham conversas profundas e o passado do empresário era um livro aberto para o jornalista.

Não tinha outro lugar do mundo que Noah desejaria estar naquele momento. Ele havia se apaixonado pela pequena cidade de Wolverhampton, visitando todos os lugares que Josh costumava ir em sua infância e adolescência. Sua vida ali era muito mais interessante do que em Nova York.

Bailey e Krystian aproveitaram esses passeios para matar a saudade dos bons velhos tempos. Na outra noite foram com seus companheiros para um bar karaokê na cidade que frequentaram durante a adolescência, o lugar havia mudado pouco e o velho dono não demorou em reconhecer os dois homens que passaram pela porta.

- Sinto saudade até de usar nossas identidades falsas aqui. – Bailey comentou arrancando uma risada de Josh.

- Foram bons tempos. – Josh deu tapinhas reconfortantes nas costas de seu amigo. – Pelo menos agora não precisamos mentir nossa idade.

- E temos os homens mais adoráveis do mundo ao nosso lado.

Josh olhou na direção em que Bailey olhava, observando Noah e Krystian sentados em uma mesa afastada e distraídos em uma conversa animada. Noah se mantinha atento com a história contada por Krystian enquanto esse mostrava gestos exagerados com as mãos, até que os dois caíam na gargalhada com os olhos apertados e as cabeças jogadas para trás.

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