Capítulo vinte e um

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O VN não demorou muito de chegar lá, e sem hesitação quando ele me viu chorando, me envolveu em seu abraço.

Era uma abraço bom, acolhedor e ali eu me sentia segura.

Ele levantou minha cabeça e beijou minha testa.

– vai ficar tudo bem minha linda, eu estou aqui por vc, viu? – assenti com a cabeça, ele me olhava com um olhar de pena e compaixão ao mesmo tempo

E também, parecia que ele se sentia culpado de algo.

Não sei o que possa ser, mas ele tá com um olhar perdido, um olhar de quem fez alguma coisa e se arrependeu profundamente.

– VN eu vou precisar sair um pouco, você fica com ela por favor? – Nath se pronuncia

– Claro nega, vai lá. – VN olha pra mim e da um pequeno sorriso – você tá melhor? – abaixo a cabeça e nego

– Não tem como ficar melhor véi, sabendo que tomaram minha filha de mim. – falo já sentindo as lágrimas molharem meu rosto

– Mas calma pow, pelo menos foi o pai, imagina se fosse outra pessoa? – olho pra ele incrédula, sua palavras eram de quem tava tentando amenizar algo

– O que??? Você tá louco? Só pode!!! – falo me alterando

– Rayane abaixa o tom e se acalma, por favor! – ele diz calmo

– Não me pede pra ficar calma quando vc solta umas merdas dessa, você tem noção de como é doloroso ficar sem a minha filha? Saber que o pai da minha filha que um dia foi o meu marido, que prometeu nós proteger a tirou de mim?

– Calma cara, ficar nervosa não vai te levar a lugar nenhum, deixa eu falar tá? – fico calada o observando – Então Rayane... – ele da uma pausa como se está estivesse procurando coragem para falar – ontem eu fui na casa do Renato tirar satisfação com ele, por causa de toda a confusão e também por que ele postou um vídeo contando a história dele sobre isso.

– Você o quê????! – levanto bruscamente – Meu Deus você só pode ser louco – falo colocando as mãos na cabeça

– Deixa eu falar, por favor? – ele diz já nervoso

– Ok... – me sento novamente

‌– Então, eu o ameacei de morte e neste momento eu percebi que um deles estava filmando escondido e acabei pegando meu revólver pra ameaçar. – ele passa a mão entre os cabelos – daí ele disse que não ia deixar a filha de vocês no mesmo ambiente que eu, por que eu seria capaz de mata ela só para atingir ele.

– Meu Deus – digo soltando a respiração que eu estava prendendo





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Depois do amor - Renato Garcia Onde histórias criam vida. Descubra agora