Capítulo 3 - A primeira festa

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CONSTANCE P.O.V

21 de setembro de 2012

Na sexta-feira, acordei cedo e fiz a mesma rotina de todos os dias. Ao final do dia de aulas, meus pais me buscaram em Eton e fomos para casa. Eu iria passar o final de semana em casa, por isso meus pais me levariam à festa que William tinha me convidado. A festa era em Windsor mesmo.

Casa do amigo de William

18h27min

—E então, gostando da festa? –William perguntou se aproximando de mim. Ele segurava um copo vermelho com alguma bebida dentro.

—Tirando o fato que eu não conheço ninguém –falei de bom humor, levando meu copo de água até a minha boca.

—Ei, e eu?! –William perguntou fingindo estar ofendido. Ri.

—Ok, tirando você, eu não conheço ninguém –corrigi. William e eu sorrimos.

—Melhorou –ele falou e piscou para mim —O que você está bebendo? –ele perguntou se inclinando para ver a bebida dentro do meu copo.

—Água –respondi.

—Água? –ele perguntou em uma entonação que fazia aquilo parecer um crime —Por que você está bebendo água?? Eu vou ter que pegar outra bebida para você –ele falou rindo.

—Estou bem com a minha água, obrigada –falei sincera.

—Toma, experimenta minha bebida –ele falou me esticando seu copo vermelho.

—O que é isso? –perguntei olhando o líquido amarelo em seu copo.

—Cerveja –ele respondeu.

—Não quero, obrigada –respondi empurrando o copo de volta para ele.

—Por que não? Experimenta –ele insistiu.

—William, eu tenho quinze anos. Não posso beber bebida alcoólica –falei como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

—E daí? Eu tenho dezessete e estou bebendo! –ele falou sério e caímos na risada —Tá bom, não vou insistir mais –ele falou tranquilo e eu sorri sem mostrar os dentes.

Mostrando (inconscientemente) como tinha baixado a guarda perto de mim e como estava relaxado, William encostou suas costas na parede que tinha atrás de nós e ficou, casualmente, observando a movimentação da festa e conversando comigo.

—Quem são aqueles caras velhos? Eles não se parecem com estudantes do Eton –falei me referindo aos dois homens altos, com cara de velho, que olhavam na minha direção e na de William. Ele sorriu amarelo.

—São amigos do Fergus, acho –ele respondeu dando de ombros.

—Quem é Fergus? –perguntei virando para olhá-lo.

—Meu amigo, o dono da casa –ele respondeu me olhando. Ri envergonhada.

—Eu deveria saber disso –falei com vergonha.

—Deveria –William falou rindo, olhando para frente —Falando sério agora, o que você está achando da festa? Está gostando? –ele perguntou sem me olhar.

—Qual a sua, William? –perguntei olhando-o. Ele virou para o lado, para me olhar.

—Como assim? –ele perguntou franzindo o cenho.

—Eu já saquei que você não está a fim de mim e está fazendo isso para tentar ajudar alguém. Eu quero saber quem é esse alguém –falei confiante e ele riu.

Anônima: o lado "b"Onde histórias criam vida. Descubra agora