Capítulo 6 - Segredo revelado

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CONSTANCE P.O.V

Windsor, Inglaterra

O final de semana em casa foi tranquilo. Fiquei com meus pais e, como de costume, meus tios, primos, avós e demais agregados almoçaram na minha casa no domingo. Eu amava esses momentos família.

No almoço, meus pais contaram para meus familiares que na sexta-feira passada William tinha me convidado para ir à uma festa com ele e a especulação começou. Por algum motivo (que eu não sabia qual) minha família se referia a ele como "príncipe". De fato, ele era muito gentil, mas eu não sabia se o classificaria assim. "Príncipe". É tão antiquado. Talvez eu o classificaria como "alguém muito bem educado e com modos". Ele só não era um ogro babaca como a maioria dos garotos dessa idade.

Foi um dia gostoso em família.

Eton College

1 de outubro de 2012

Uma nova semana se iniciou e na segunda-feira cedo, eu estava de volta a Eton. Como já era rotina, às 7h50min, eu e Amanda, minha colega de quarto, já estávamos na capela para cantar o hino. Dessa vez, William, Harry e seus amigos não se sentaram conosco. As amigas de Amanda chegaram antes e ocuparam os lugares ao nosso lado.

Amanda estava ocupada demais fofocando com as amigas sobre Fergus Boyd para perceber quando ele passou ao nosso lado, junto com William, Harry e mais um outro garoto, e nos cumprimentou. Eles sentaram-se no banco na nossa diagonal. Vi que William se sentou na ponta, relativamente perto de mim.

—Vem sentar aqui –o loiro sussurrou para mim. Eu também estava sentada na ponta do banco.

—Não posso, tem a Amanda –sussurrei de volta, mostrando minha amiga sentada ao meu lado.

—Traga ela também –William sussurrou.

—As amigas dela estão aqui, não acho que ela vai querer ir –sussurrei de volta.

William fez uma carinha triste, seguido de um bico fofo. Fiz uma cara triste para ele em resposta.

—Deixe-as para trás e venha só você –William pediu e eu ri fraco.

Olhei para Amanda e suas amigas, decidindo se me levantava do banco ou não. Quando decidi me levar, a diretora Spillber apareceu no altar da capela e começou o ritual de todos os dias.

—Não vai dar, desculpa –sussurrei para William.

Ele olhou ao nosso redor e com uma agilidade impressionante, sentou-se ao meu lado, espremendo todo mundo no banco.

—Ai! –uma das amigas da Amanda reclamou.

—Constance, podia ter pedido para irmos para o lado –outra amiga de Amanda reclamou.

—Não precisava ter nos empurrado!

Uma terceira amiga (chata) de Amanda reclamou e virou para me olhar com uma cara feia, mas na hora que viu William, mudou completamente a expressão.

—William, oi! –ela falou suspirando apaixonada.

—Shhhhh –várias pessoas ao nosso redor nos mandaram ficar em silêncio.

—Não foi a Constance, fui eu –ele sussurrou em direção a garota, que se derreteu.

O hino do Reino Unido começou a tocar e fomos obrigados a nos levantar. William e eu nos olhamos e seguramos a risada. Era patético ver a falsidade das amigas de Amanda.

Concentramos no hino e começamos a cantar. Durante a cantoria, pegando-me totalmente desprevenida, William enlaçou nossos dedinhos da mão. Olhei-o sem reação e ele me olhou sorrindo, sem parar de cantar o hino.

Anônima: o lado "b"Onde histórias criam vida. Descubra agora