Bianca Andrade.
Estar de volta a SP não era meu sonho, mas estava longe de ser aquele inferno que vivia no internato. Depois de dois anos do meu ensino médio, trancada em uma escola enquanto me aproveitava de garotas, me descobriram, quando algumas
meninas reclamaram por eu não retribuir os sentimentos delas. Bom, umas cinco colegas minhas me denunciaram dizendo que eu era uma pervertida, elas não pareciam tão convencidas disso quando estavam em minha cama.Meus pais sempre souberam a filha que tem, sendo assim se surpreenderam da minha duração de dois anos no colégio, mas agora retornei para casa e me senti
mais viva do que nunca. Passei o verão consertando minha moto para poder ir para a nova escola, meus pais não quiseram me dar dinheiro para consertar.Tudo bem, não tenho merecido, mas pouco me importava só queria um veículo para não ficar caminhando por aí. Nunca cheguei a ter grandes amigos em Sp, por ser uma menina rebelde, a maioria dos pais afastam seus filhos de mim. O único que realmente foi meu amigo era Caon, nos encontramos várias vezes no verão e ele até me ajudou com minha moto. O garoto sempre sonhou em ter uma moto como a minha, a sua por era um pouco mais antiga e velha. Não tínhamos a mesma condição, sempre fui mais rica que o Caon, mas nunca me importei com isso, ele sempre foi um bom amigo.
No primeiro dia, apostamos em uma corrida para ver quem chegaria primeiro. Caon ficou para trás bem ligeiro, o motor da minha moto era muito melhor do que a dele. Quando pisamos em frente a escola, riamos como antigamente e eu me sentia feliz por nossa amizade nunca ter mudado.
- Você é a, Bianca Andrade?
Assustei-me com a voz ao meu lado, virei.o rosto encarando uma loira mais alta que eu e pelo seus saltos ficava ainda mais. Os cabelos naturais caiam por seus ombros formando pequenos cachos ao final, havia um batom vermelho em seus lábios
carnudos e um delineado bem marcado nos olhos. Suas roupas curtas, vermelhas e coladas ao corpo me faziam salivar.- Sou.
Respondi, em êxtase com o mulherão à minha frente.
- O diretor pediu para mostrar a escola para você. - tentou sorrir, mas não conseguiu, parecia estar sendo obrigada. - Sou Rafa Kalimann, presidente estudantil.
Apresentou, mas não me estendeu a mão.
- Tudo bem, eu mostro tudo a ela.
Caon falou, o encarei quase comendo
com os olhos. A garota era linda poderia ser minha primeira presa, mas meu amigo parecia estar acabando com isso.Porra, ela poderia ser uma foda incrível.
- Tanto faz, smurf. - a loira falou revirando.os olhos. - Só diga ao diretor que fui uma.ótima acompanhante.
- Claro que digo.
Murmurei com um sorriso travesso nos lábios, acredito que a mesma não viu já que deu as costas antes mesmo de me ouvir. Não deixei de reparar em sua parte traseira, com certeza essa loira é muito gostosa.
-Bianca! - Caon chamou minha atenção. - Nem tente, essa ai é pior que você.
- O que? - franzi a testa o encarando. - Pode.me contar tudo.
Meu amigo fez sinal para que eu o seguisse, andamos pelos corredores da escola e.parecia bem mais movimentada que.o internato. Caon me encaminhou para uma sala onde havia um pequeno computador, folhas por todos os lados e um quadro empoeirado. Sentamos um ao lado do outro e o garoto riu antes de começar a falar.
- Rafa Kalimann, pode perguntar a quem todos conhecem.
Caon falou como um escritor que narra a história, isso era típico dele.
- Todos a intitulam como abelha rainha, uma destruidora de corações que mesmo tendo tantos aos seus pés, nunca fez questão de se apaixonar. A loira na verdade, adora pisar nos sentimentos de todos sem pena alguma. É isso, todos a quere, mesmo sendo lésbica assumida até os garotos desejam, mas ninguém a tem.
- Porra... - murmurei. - Quer mesmo ser escritor ein, fez todo esse drama para me falar de mais uma riquinha mimada? Sei muito bem do poder dos Kalimann.
- Mas não sabe o principal. - ajeitou sua postura na cadeira. - Rafa é filha única, quando se assumiu lésbica a mãe não aceitou e o que ela fez? Colocou a própria mãe para fora de casa, hoje a abelha rainha vive com sua avó já que seu pai faleceu.há alguns anos.
- Minha vida é muito mais interessante que a dela.
Dei de ombros.
- Aliás, como pode ver a Rafa não vai
muito com a minha cara.- Por que você é bolsista?
-Não sei ao certo, nunca gostou de mim.
(Uma coisinha da adaptadora aqui: eu sei o que ficou parecendo aqui, mas não tem nada a ver com esse assunto, foi apenas um acidente de adaptação, desculpe se ofendeu alguém, não foi a intenção!)
Parecia tranquilo sobre isso, concordei. Ele não deveria se estressar por causa de uma mimadinha que tem tudo nas mãos enquanto ele batalha por sua vaga na escola. Encarei Caon, sentindo uma leve irritação pela loira provavelmente ser uma babaca com todos.
Será que todos os anos que estive fora,
meu amigo esteve sempre sozinho?- Ei, você ainda gosta de tirar fotos?
Perguntou, abrindo um sorriso.
- Amo. - confessei. - Minha câmera ficou aqui em Sp, mas nesse verão tirei muitas fotos com ela.
- Então, vai me ajudar com esse jornal.
Abriu os braços, corri meu olhar pelo local empoeirado.
- Isso é um jornal?
- Ainda não, mas vai ser. Nós vamos fazer ser.
A animação de Caon me contagiava
tanto que eu desejava meu último ano do ensino médio sendo o melhor de todos, meu pensamento foi rapidamente na loira esnobe, sentia que de alguma forma teria que coloca-la em seu lugar. Pelo jeito se
acha a dona do mundo aqui em sp,
mas isso deveria mudar, com certeza seria a pessoa que fará isso.- Você disse que a Kalimann não se apaixona, certo? - perguntei, divagando.
- O que foi? Quer mesmo ficar com ela? É furada, Bia.
- Só quero algo para me divertir e ela
parece ser um passatempo perfeito.- No que está pensando?
Sorri travessa para meu amigo, pensando que Rafaella pode tornar meu ano bem mais empolgante. Preciso de algo para focar,.um desafio e ela é perfeita. Nossa, mal cheguei na escola e já estou adorando o que posso causar.
- Você adora minha moto, não é?
Caon franziu a testa: - Sabe que sim.
- Então, se até as férias Rafaella não estiver apaixonada por mim, minha moto é sua.
· Está louca? São apenas quatro meses
pra conquistar aquela pedra de gelo. - ele riu negando. - Isso é uma aposta? - assenti confirmando. - O que tenho que dar em troca?- Sua moto. - falei como se fosse óbvio.
- Nem fudendo.
-Qual é,Caon? Me ajude a tornar esse ano mais animado.
- Tanto faz. - rendeu-se. - A Rafa nunca
vai se apaixonar, ainda mais por você, são.iguaizinhas.- Aposta feita? - estendi a mão em sua
direção.- Feita. - apertamos as mãos, sorrindo.
Me aguarde, Kalimann porque vai se apaixonar por mim.
⚠️ Lembrando, que essa fic é uma adaptação
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Be My Forever. - Versão Rabia
Random- Queria pedir... - mordeu os lábios, sentindo seu choro voltar. - Seja minha para sempre, Rafa. ESSA É UMA ADAPTAÇÃO AUTORA ORIGINAL @chxnidale