Outro dia de manhã, sentia sua cabeça doer ainda mais do que ontem e percebia que havia mudado de posição.
Bia tinha os braços em sua cintura
a abraçando por trás, sorriu com a
firmeza que a morena lhe agarrava e
lutou contra si mesma para levantar.
Saiu com cuidado dos braços na
morena que parecia em um sono
tranquilo, foi até o banheiro e fez sua
higiene para ir até o quarto de sua avó.A mesma também dormia então, a
loira desceu para fazer seu chá e um
café para poder tomar com Bia.
Cantarolava enquanto preparava
tudo, mal se lembrava que o dia de
hoje não era agradável. No fundo, só
conseguia pensar na garota deitada
em sua cama e no quanto a mesma
estava a conquistando. Subiu as
escadas novamente, levando o chá
de sua avó que já despertava. Rafa
sempre foi muito cuidadosa com
Nana, a única que a apoiou em todas
suas decisões. A senhora disse estar
cansada e que queria ficar deitada, a
neta não protestou apenas disse que se houvesse qualquer coisa era para lhe chamar.Ao descer as escadas para terminar
de preparar o café para tomar junto
de Bia, ouviu a campainha tocar.
Mary sempre vem lhe ver nessa data
para saber se está tudo bem e mal
podia esperar para dizer que havia
se acertado com a garota de mechas
castanhas. Caminhou até a porta, se
perguntando porque a mais velha não
entrou já que tem a chave, mas assim
que a abriu percebeu que não era
quem estava pensando.- Olá, filha.
Genilda sorriu em sua direção,
adentrando a casa sem ao menos ser
convidada. Rafa suspirou, fechando
a porta e virando para a mulher
que chama de mãe. Odiava quando a
mesma vinha fazer uma visita porque
com certeza tem algum interesse,
qualquer um, menos vê-la.- O que quer?
- Que rude. - Genilda se fez ofendida. - Achei que estaria mais sentimental.
- Hoje não, por favor. - Rafa pediu,
sabendo do que a mais velha é capaz.- Por que está com pouca roupa?
Minha filha, você engordou? -
perguntou a analisando de cima a
baixo. - Deve ser a comida daquela
empregadinha.- Só me diz o que quer. - a mais nova
implorou.- Preciso e mais dinheiro, as coisas
são difíceis para mim.- Tudo bem, eu ligo para o Pyong.
Deu de ombros, abraçando seu próprio corpo. Pyong era o homem de confiança de seu pai e quando o mesmo faleceu, ele quem mantém os negócios da família. Rafa foi a herdeira de tudo e nunca se interessou em lidar com contratos, sendo assim Pyong ficou responsável ganhando uma boa porcentagem em todos os lucros.
-Sabe, eu te daria um abraço, mas eu
realmente não quero pegar sua doença lésbica. - cuspiu as palavras, a mais nova apenas desviou o olhar. - É hoje faz três anos daquele acidente, uma pena. - Genilda se aproximou segurando o queixo da filha fazendo a mesma a encarar. - Ele com certeza deve estar se revirando no túmulo por ter uma filha tão desprezível como você. - falou e as lágrimas encheram os olhos de Rafa.- Você é tão sentimental, filha. Deveria
ser mais forte.- Já conseguiu seu dinheiro, pode ir?
Pediu, sentindo seu coração doer com
as palavras de Genilda. Sempre soube
que sua mãe nunca lhe aceitou, mas
ouvi-la falar que seu pai pode não
estar orgulhoso dela realmente a
machucava.- Às vezes tenho vontade de contar
a todos que não foi você que me
expulsou dessa casa e que na verdade
saí porque não aguentava conviver
com você.- É o mínimo que pode fazer por mim
já que nunca foi uma boa mãe. - Rafa falou sentindo as lágrimas descerem.- Eu nunca fui uma boa mãe? Você
que sempre preferiu o seu pai,
ainda acabou com nossa reputação
assumindo essa coisa que diz ser
normal. Fora que não tem uma garota
em SP que não tenha te visto nua!
- esbravejou fazendo a garota chorar
ainda mais. - Ora, Rafa. Tem que
concordar comigo que só querem seu
corpo, ninguém te aguenta por mais de uma noite.
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Be My Forever. - Versão Rabia
Sonstiges- Queria pedir... - mordeu os lábios, sentindo seu choro voltar. - Seja minha para sempre, Rafa. ESSA É UMA ADAPTAÇÃO AUTORA ORIGINAL @chxnidale