Bolinhos de cereja.

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Bianca Andrade.

"Se torne amiga dela, ganhe sua confiança e assim vá se aproximando aos poucos." As palavras de meu pai continuavam e minha mente, agora mesmo, estava parada em frente a casa da Kalimann, tomando coragem para apertar sua companhia.

Respirei fundo algumas vezes, segurando firme a cesta com bolinhos de cereja em minhas mãos. Rafaella ser popular me ajudava muito, inclusive com seus gostos que todos naquela escola sabem.

Levei minha mão até a campainha,
contando três segundos enquanto
pressionava, provavelmente era o
suficiente para chamar a atenção de
alguém. Mordi a parte de dentro da minha bochecha, não entendia porque estava tão nervosa. Ah, lembrei, provavelmente porque posso tomar um tapa na cara. A porta se abriu e a mulher que foi até a escola apareceu.

- Olá... - suas palavras morreram ao não lembrar meu nome. - Bianca, mas pode me chamar de Bia. - estendi a mão em sua direção, a mesma a apertou. - Eu vim me desculpar com a Rafaella, o que fiz ontem foi horrível.

- Ah sem. - abriu um sorriso. - Eu sou
Rosemary, entre.

Pediu, dando-me espaço para adentrar a enorme casa. A última vez que estive aqui, não passei dos fundos que era onde ficava a piscina, mas a parte da frente e a casa por dentro é realmente incrível.

- A Rafaella está lá em cima... - começou enquanto fechava a porta, pausou parecendo achar as palavras certas. - Praticando. Ela não gosta muito que a atrapalhe, se importa de esperar?

Estava abismada como essa mulher
poderia ser tão simpática, era convivia mesmo com Rafa? Apenas neguei a sua pergunta. A mesma me encaminhou para a sala onde havia uma senhora sentada tomando algo na xícara, provavelmente um chá. Fiz questão de cumprimentá-la e sentar no sofá ao seu lado, Rosemary havia caminhando para outro cômodo. Nana Rose - como se apresentou, também era muito simpática.

-O que tem na cesta? - perguntou curiosa, olhando para meu colo.

- Bolinhos de cereja. - sorri. - Foi minha mão que fez, mas se Rafa perguntar vou dizer que fui eu.

Brinquei e a senhora riu. Peguei um
colocando em sua mão, a mesma sorriu em agradecimento enquanto Rosemary voltava com uma xícara em mãos, me oferecendo a mesma. Aceitei por educação, preciso aparentar ser uma garota legal, certo?

- Me desculpe se estiver incomodando. - falei, bebericando o chá de abacaxi, era delicioso.

Rosemary sentou em um sofá a minha
frente, apenas uma mesinha no centro nos separava, enquanto Nana estava em uma poltrona ao meu lado.

- Não está, querida. - sorriu me
confortando.

- A senhora é mãe da Rafa? - não me
aguentava de curiosidade.

- Não, eu cuido da Nana, da casa e dela. - deu de ombros. - Acho que sou quase mãe, não?

Nós rimos e eu concordei.

- Aceita um bolinho? Eu que fiz.

Ofereci ouvindo a risada da senhora ao meu lado, fiz um sinal para que fosse segredo e a mesma assentiu. Rosemary pegou um dos meus bolinhos e eu deixei a cesta na mesinha do centro para tomar mais a vontade do meu chá, eu nunca gostei tanto de um.

- Acham que ela vai aceitar minhas
desculpas? - perguntei intercalando o
olhar entre as duas.

- Se for pelos bolinhos vai aceitar na hora, estão deliciosos. - Rosemary sorriu e eu fiz o mesmo. - Nenhuma garota da Rafa nunca trouxe bolinhos.

- Ela traz muitas garotas?

- Você é a primeira que conhecemos. -
Nana me fez encara-la. - Freitas nunca
nos deixa conhecer .

Be My Forever. - Versão RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora