•2•

631 73 2
                                    

capítulo 2
Eu falo sua língua imbecil

2 dias haviam se passado desde meu último ataque. Eu ainda o seguia de longe tentando encontrar a brecha perfeita pra terminar logo isso.

A semana está acabando assim como o prazo de mata-ló.

São 20:00 da noite e novamente estou seguindo ele,dessa vez estranhamente no meio da multidão.
A katana e as adagas já estão presas à minhas roupas enquanto encaixo a máscara em meu rosto rosto.

Grayson parece não ter notado minha presença e continua seu caminho sem olhar para trás.
Um leve arrepio cruza meu nuca,como um aviso de que algo estava errado.

Após longos minutos de caminhada o mesmo segue por um beco e outro me fazendo perdê-lo de vista.

당신은 정말 포기하지 않습니다. (Você não desiste mesmo não é.) — Sua voz ecoa no beco.

Agarrando fortemente as adagas aguardo atenta seu próximo movimento.

겁쟁이가 되지 마세요. 영웅에게 나타나서 싸우십시오. (Não seja covarde. Apareça e lute Herói.) — exclamo com desdém a última parte.

O som de passos no fundo do beco se faz presente assim como a figura do homem aparentemente desarmado com as mãos nos bolsos.

봐... 얘기하자, 알았지? (Olha...vamos conversar ta bem?)

Outro arrepio.
Algo estava errado,tinha algo a mais no olhar presunçoso dele,na maneira que ele olhava discretamente para trás e no jeito que caminhava até mim.

내가 심지어 얘기하러 온 것 같아? 불쌍한. (Acha que eu vim até pra conversar? Patético.) — respondo fazendo o mesmo andar em circulo.

O movimento planejado que fiz ele dar me promoveu a visão do que eu suspeitava. Ele estava com uma escuta no ouvido esquerdo.

Tendo a resposta que imaginava volto a posição de ataque retirando sorrateiramente as adagas dos bolsos.

겁쟁이. (Covarde.) — Profiro vendo o homem franzir a sombracelha em confusão.

Antes que ele sequer me questione atiro as duas adagas no fim do beco.
O gemido de dor ecoa pelo lugar e o garoto sai das sombras retirando uma das lâminas que tinha de cravado em seu ombro direito.

Empunhando a katana observo os demais adolescentes parados na entrada do beco

— Jason não! — A garota que acabara de chegar grita sendo ignorada pelo mesmo.

Desviando do ataque dele,revido acertando o cabo da katana em suas costelas e o chutando. Antes que eu possa perceber um tigre verde rugi em minha direção, porém na forma felina ele se mantém na defensiva evitando me atacar. Dando impulso com os pés passo por cima do mesmo me dirigindo ao meu verdadeiro alvo,o mesmo já estava se pondo em posição e eu o atacaria sem piedade,até sem imobilizada por uma substância desconhecida preta e gosmenta que vinha da garota.

Agindo rapidamente agarrei outra de minhas facas e sem pensar arremesei contra o homem acertando seu ombro.

JASON! — o mesmo grita desviando minha atenção.
— Jason não faça isso! — ignorando os gritos de repreensão o garoto acerta um bastão de ferro em minha nuca,assustando a garota que então me soltou.

Usando toda a força que tinha seguro o bastão antes de ser acertada novamente e encaro de perto o garoto.
Seus olhos cobertos por uma nuvem de ódio assim como os meus,usando a mão livre desfiro um soco contra sua garganta,mas mesmo com dor ele segura meus cabelos e bate com minha cabeça no piso do beco.
Antes que eu possa tentar resistir sinto o líquido quente escorrer por toda minha face e aos poucos minha visão escurecendo,a última coisa que vejo é o ódio estampado no olhar do garoto que mantinha o punho erguido em minha direção.

NO OUTRO DIA

O sol que invadia todos os cantos daquele quarto faz com que meus olhos doam assim que tento abri-los,forçando para ver onde estava noto as algemas em minhas mãos e a dor de cabeça dilacerante.

Me recordando dos acontecimentos de horas atrás sinto meu sangue ferver novamente.
As vozes que antes se mantinham altas fora do quarto agora cessaram e os passos se aproximam do cômodo onde me encontro.

— 기분이 어때? (Como está se sentindo?) — questiona Grayson se encostando na cômoda do quarto.

Me mantenho em silêncio apenas encarando os olhares curiosos dos quatro.

봐봐, 거기서 벗어나고 싶다면 협력해야 해. (olha se quiser sair dai vai ter que colaborar.) — diz cruzando os braços.

— Por que ela não fala nada? — Rachel pergunta curiosa.

— Provavelmente está nos analisando e vendo a melhor maneira de fugir. — Garfield responde.

— Acha mesmo que ela está fazendo isso. — Jason retruca sorrindo convencido.
— Ela deve estar sem voz pela surra que levou ontem.

— Cala a boca Jason. — Rachel manda empurrando o garoto.

— O que foi,o gato comeu sua língua? — zomba se aproximando.
— Não é tão durona agor...

Antes que ele termine sua piadinha eu acerto minha cabeça na dele e prendo seu pescoço com minhas pernas o deixando sem ar.

— Ainda acha que eu não sou durona? — retruco apertando ainda mais o pescoço do garoto.
— É eu falo sua língua imbecil.

Os demais presentes na sala correm para ajudar o garoto depois de alguns minutos sem reação.

— Certo. — Grayson começa depois de respirar fundo.
— Quer nos dizer seu nome?

— Dick acho que ela não está no clima de apresentações. — Garfield responde envergonhado.

— Olha eu não sou seu inimigo ok?

— Não vem com esse papo Richard Grayson. — interrompo rindo nasalado.
Você é meu inimigo.

Ele então levanta da cômoda onde estava e caminha até ficar frente a frente comigo.

— Como eu posso ser seu inimigo sem nem saber quem é você? — pergunta.

— Você sabe exatamente quem eu sou. — digo me aproximando do mesmo.
— Mas está se recusando a acreditar.

Rapidamente ele se levanta,a expressão de descrença toma conta de seu rosto e ele logo sai do quarto sendo seguido por suas crianças.

Meu tempo está quase no fim.

Tenho que terminar essa missão,pela minha honra ou então quem morre sou eu.

VERMELHO COMO SANGUEOnde histórias criam vida. Descubra agora