Capítulo 3

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Eles estavam os dois a conversar e a Sophie não parava de olhar para o fundo do corredor, por mais que parece-se feliz, que se ri-se e tudo o mais, ela tinha a cabeça a mil, não parava de pensar nos pais e de como se sentia mal por não ter feito nada, de aonde se tinha enfiado a Maria, que não dava sinal de vida e de como ela devia estar confiante e feliz...

Mas todos os seus pensamentos foram interrompidos pelo demônio loiro, ela, sim ela, a Clara, e... e...

A Maria!?

Isto só pode ser uma brincadeira de mau gosto, muito mau gosto!

Mas para a sua infelicidade, não era.

O João deve ter reparado que a Sophie estava mais pálida que um morto, mas quando ia perguntar se estava tudo, mas foi interrompido pelo demônio loiro.

- Sophie, vejo que continuas sem um pingo para a moda, crida - ela, estava com uma cara de deboche, parecia nem se importar se as suas palavras magoavam ou não, mas como não obteve uma resposta continuo - vejo que encontras-te um amigo para substituir a Maria, já que ela ganhou bom gosto e desidiu se juntar ao melhor grupo, o que não é o teu, como é óbvio.

A Sophie estava a sentir os seus joelhos fraquejar, as lágrimas a ameaçar cair e o peso do mundo nos seus ombros.
Outro ano não, eu não vou conseguir aguentar outro ano assim.

Na altura em que ia começar a chorar a professora chegou e abriu a porta, Sophie dirigiu-se o mais rápido para a sala e sentou-se no seu lugar, o mais atrás, o mais a esquerda, o mais escondido.

Duas CarasOnde histórias criam vida. Descubra agora