Capítulo 11

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Já estavam eles a deliciarem-se com a comida, e a deixarem-me com vontade de comer também.
É engraçado ver como todos falam e conversam, como uma grande família.
- Sophie? Ouviste o que eu disse?
- Hum? - Sophie, como sempre, no mundo da lua.
- Eu perguntei como estava o teu hambúrguer.
- Está muito bom, desculpa não ter ouvido.
- Não tem problema.
- Como uma princesinha como tu consegue comer um hambúrguer desse tamanho? - o de óculos falou
- Como qualquer pessoa, com a boca, oxi. - obrigada Noah, eu não sei se teria coragem de responder.
- Eu nem pedi a tua opinião, Noah.
- Mas eu senti-me na necessidade de responder, André.
- Eu não estou com vontade de descutir contigo, além do mais, eu só queria saciar a minha curiosidade.
- Cala-te André.
- É, cala-te.
- Só falas merd@.
O que vale é que a amizade é feita de amor e ódio.
Preciso de arejar as ideias.
- Vou dar uma volta, já volto.
- Espera, Sophie. - por favor, agora não João.- Espera, não te vás embora.
- Não estou com vontade de lidar com pessoas tóxicas agora.
- Eu sei que eles estão a ser um pouco parvos, mas...
- Um pouco, sério João?
Eles estavam a milímetros de distância, o olhar da Sophie seria suficiente para fazer o exército russo recuar, mas o João manteve-se firme como uma pedra e com a voz mais calma disse:
- Eu falo com eles, faço-os parar, só não quero que te sintas mal.
- Agora a única coisa que eu quero é espaço. - ela parou para respirar e olhou uma última vez para ele - liga-me quando for para ir embora.
- Sophie, eu não...
Mas ela já estava a afastar-se muito depressa.

Duas CarasOnde histórias criam vida. Descubra agora