A festa continuava e o meu sono parecia ter sumido, o que eu não sabia se era algo bom ou ruim. Eu queria respirar ar puro então saí indo pra varanda. O Innie já tinha visto as mensagens mas não respondeu e nem mesmo havia chegado em casa, não era como se eu não fosse me preocupar, também me sentia um pouco mal por saber que agora existia um precipício entre nós. Talvez só não fosse pra ser.
(Changbin): Não queria perguntar o óbvio... Mas quer conversar?
(S/N): Talvez fosse melhor eu me distrair.
(Changbin): Tem uma festa rolando lá dentro... Se isso não te distraiu, eu não sei o que vai distrair.
(S/N): É loucura... Eu sei.
(Changbin): Não é.
(S/N): Tá... Eu já fiz loucuras maiores. -Ri.
(Changbin): Com certeza. Lembra da vez que você quis descer as escadas em cima do skate? Quase quebrou as pernas naquele dia. -Diz sério.
(S/N): Alguns lugares doem até hoje. -Ri.
(Changbin): Pensando bem não foi uma boa ideia te deixar tomar toddynho sem agitar.
(S/N): Não mesmo. Nunca mais faço isso.
(Changbin): Já fez coisa pior do que isso também. Tipo quase colocar fogo na casa porque esqueceu a chama do fogão ligada e foi pegar a panela com um pano de prato.
(S/N): Essa não vale... Não foi intencional.
(Changbin): Atah... E então teve a vez que você teve a ideia de virar a noite experimentando pelo menos um copo de cada bebida do bar. Com a desculpa que...
(S/N): Só se vive uma vez.
(Changbin): Essa mesma. Eu não dormi aquela noite porque passei cada uma daquelas horas perfeitas pra dormir cuidando da ser humana.
(S/N): Mas no outro dia eu fiz tudinho que você teria que fazer e te deixei dormindo.
(Changbin): É, mesmo assim quase me matou do coração já que a ressaca foi tão forte que até febre mais tarde tu sentiu.
(S/N): Mas depois daquilo eu nunca mais voltei pro bar.
(Changbin): Não era pra menos. -Ri.
(S/N): Você também não ficava atrás com as loucuras... Ainda foi além de todas as minhas querendo dirigir vendado em uma pista de corrida vazia.
(Changbin): Pelo menos ela estava vazia.
(S/N): É... Mas tinha que me levar?
(Changbin): Tinha. Se eu morresse naquele dia, morreria do seu lado. -Ri.
(S/N): Então foi por isso? -Pergunto fingindo indignação.
(Changbin): Foi. -Ri.
(S/N): Yaah. E se eu não tivesse morrido também?
(Changbin): É... Não tinha pensado nesse ponto. Mas admite que você gostou.
(S/N): Foi a pior e a melhor ao mesmo tempo.
(Changbin): Sabia. -Sorri vitorioso.
(S/N): Mas não foi a minha favorita.
(Changbin): E qual foi?
(S/N): Sua ideia maluca de matarmos aula.
(Changbin): Eu tinha esquecido dessa.
(S/N): Como pôde esquecer o dia em que me fez subir até o terraço pra que pulássemos o muro da escola pelo lugar mais alto de lá? Eu achei que ia quebrar o braço.
(Changbin): E torceu o tornozelo.
(S/N): Te deixei com a consciência tão pesada que não queria me deixar dormir sozinha em casa. -Ri.
(Changbin): É... Foi divertido fazer loucuras com a garota mais louca que eu conheço.
(S/N): Não foi só divertido não... Também foi assustador.
(Changbin): Ah, já até sei...
(S/N / Changbin): A festa de Halloween do Lino. -Dissemos rindo.
(Changbin): Foi definitivamente impagável ver seus olhinhos brilhando de medo.
(S/N): Mau. -Cruzo os braços.
(Changbin): Mas foi. -Ri. -Passamos uma semana pra limpar o sangue falso, e eu ainda não sei como é que ele conseguiu achar aquela casa abandonada. Ele sabia muito bem como fazer um Halloween ser perfeito.
(S/N): Muito legal dizer pra sua melhor amiga que o namorado dela quebrou três costelas depois de tentar procurar enfeites no sótão de madeira fraca e cair lá de cima sabendo que o hospital mais próximo daquela casa estaria á uma hora e meia de distância.
(Changbin): Melhor ideia de todas.
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Melhor amiga
Fiksi PenggemarEssa história contém diversos gatilhos. Nem sempre uma amizade é só uma amizade.