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ALERTA: Este capítulo contém citações de agressão contra a mulher e insinuações de assassinato. Caso seja sensível à este tipo de conteúdo pule os trechos sublinhados

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Capítulo 3.1

Fitas escarlates repletos de cetim

"Feições angelicais não impedem alguém de realizar atos demoníacos'

L.C

5 horas antes do Incidente:

Amara Bellerose percebeu quatro coisas ao recobrar a consciência.

A primeira era que sua vista agora era tampada por algo de cetim – que ela supôs ser a fita amarela que sempre pendia no pulso fino de Christian e que ela jamais se atrevera a sequer tocar ou perguntar o porquê de ele sempre usar aquele objeto como pulseira.

A segunda foi que seus pés e mãos estavam atados a cadeira onde estava sentada por um barbante – que além de garantir que ela não saísse de onde estava, maculava a fina pele de seus pulsos.

A terceira era que a cidade fazia um silêncio sepulcral e que o sereno agora havia transformado-se numa tempestade. Ela quase pôde ver o peculiar tom de vermelho que as gotas das peculiares tempestades de Blood Hunger assumiam ao entardecer quando ela percebeu a quarta coisa: o cheiro que havia marcado sua vida desde do dia em que presenciara a cremação de seu genitor pairava naquele ambiente.

Um cheiro tão execrável que somente de alcançar suas narinas fazia seu estômago embrulhar.

Um cheiro que outrora havia sido consequência de sua escolha em deixar a overdose de seu genitor finalizar com a vida do mesmo: o cheiro de pele humana sendo consumida pelo fogo.

De forma automática Amara exprimiu seu nojo em um barulho quase que inaudível para orelhas normais, mas não para as de Christina Godman:

"Oh querida, acordaste?", perguntou formalmente no ouvido da morena, quase como um aviso de que ela estava em sérios apuros "Por poucos segundos pensei que aquele assaltante desprezível lhe havia quebrado o pescoço. Quando te encontrei aqui nessa cadeira inteiramente amarrada pensei que havia te perdido, e quando você respirou, não tens noção de como fiquei tranquilo meu amor." Não, ele não ficou e você sabe disto, a sua consciência sussurrava em pensamentos. Porém, Amara só aspirava — como sempre naqueles dois anos — poder acreditar naquela mentira perfeita que os lábios daquele diabolicamente belo garoto de cabelos alvos pronunciava.

Aspirava poder uma vez mais acreditar em seu belo anjo.

Porém, seus desejos não importavam para o destino que inevitavelmente iria ter, porque não seria como sempre havia sido.

Ela sabia que não seria, e as palavras que o platinado lhe havia sussurrado minutos antes dela desmaiar eram somente uma confirmação disto.

"Você adoraria que estas palavras fossem verdade não é sua vadia?!" Ele proferiu um tapa na face da morena com tamanha força que seus cinco dedos ficaram estampados em escarlate na pele alva da jovem "Adoraria que um megero assaltante a tivesse amarrado e que agora seu bondoso namorado a resgatasse somente para que mais tarde você o pudesse matar, assim como matou seu pai depois de o ter seduzido é claro!"

"Amor, você sabe que meu pai me estrupr...", seu raciocínio foi interrompido por outro tapa do platinado.

"Calada.", Ordenou "Não perguntei o que seu pai fazia contigo, mas sim se você gostaria que o que eu disse fosse verdade e que seu bondoso namorado a resgatasse neste momento"

As lágrimas escorreram dos olhos da morena, molhando o tecido de cetim, mas não eram de ódio como ela esperava que fossem. Eram de tristeza e de questionamento.

"Onde foi parar meu Christian?" a pergunta fluiu por seus lábios de forma inconsciente "Onde foi parar o garoto gentil que cuidava da minha saúde e de mim?Que se preocupava onde eu estava e com quem eu estava?"

Ela sentiu seu cabelo ser puxado com tanta força que seu coro cabeludo ameaçou sangrar:

"Você sabe que o destruiu a partir do momento que me desobedeceu Amy", ele berrou as palavras em seu ouvido "Ou achou que continuar andando com aqueles merdas de amigos não ia ter consequências?'

O execrável cheiro de carne humana sendo cozida intensificou-se ainda mais:

"Agora responda a pergunta que lhe fiz: Você gostaria que o que eu disse fosse verdade?E que seu bondoso namorado a resgatasse neste momento?", reptiu pausadamente "Responda logo a porra da minha pergunta Bellerose, antes que eu decida acelerar o que eu tenho planejado pra você"

Ele quer ouvir a sua resposta querida, a voz androgena lhe sussurrou, ao passo que a quentura familiar espalhava-se por sua nuca Diga se deseja que o que ele lhe disse fosse verdade e talvez você consiga sair deste local com vida.

Os olhos da jovem ficaram vermelhos.

Sua vista embaçou como se tivesse bebido a mais forte das bebidas, o pequeno filtro invisível que separava seus pensamentos raivosos de serem transmitidos para seus lábios foi completamente destruído e sem hesitar ela obedeceu os comandos de seja lá o que fosse por trás daquela voz.

Este foi sem dúvida o pior erro de toda sua vida.

"S-sim", respondeu com certa dificuldade deixando enfim as palavras que naqueles dois anos tinha engolido passivamente encontrarem a luz do sol ao saírem por seus lábios " Preferiria que um homem de verdade, que tem valores e amor para oferecer.", as suas palavras poderiam ser flechas ácidas para as pessoas, então esperava poder ao menos machucar aquela muralha de pedras oxigenadas que era o namorado por tempo o suficiente para poder escapar daquele local "Um que saberia como tratar uma dama, ao invés de um que só tem a oferecer a beleza, sequer respeitando que hoje pela manhã eu perdi A PORRA DO MEU MELHOR AMIGO!"

Ele riu.

Não uma risada de desespero, não uma de dor, mas sim uma de escárnio.

"Você irá se arrepender de ter dito isto", foi a única coisa que ele disse e quando a morena deu por si a fita de cetim que cobria sua vista foi retirada.

E ao ver enfim o que exalava aquele tão execrável cheiro que outrora alcançara seu olfato, ela de fato se arrependeu.

Não de ter dito todas as verdades que queria na cara do platinado, mas sim de ter um dia aceitado o pedido de namoro do que pensava ser um anjo bondoso, mas que agora bem sabia que não passava de um demônio vil e psicopata.

"Você é um louco", foi tudo que conseguiu dizer enquanto encarava a causa daquele execrável cheiro estendido diante de sua face numa bandeja de prata.

"Você acha que eu sou louco querida?Se sim, está enganada", Ele respondeu com um aterrorizante sorriso adornando seu rosto repleto de sangue seco "Eu sou um justiceiro"

"Você acha que eu sou louco querida?Se sim, está enganada", Ele respondeu com um aterrorizante sorriso adornando seu rosto repleto de sangue seco "Eu sou um justiceiro"

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NOTA DE ELIOS (N/E)

Olá!Como estão leitories?Este demônio que lhes escreve  está tremendamente bem e em paz com a própria  alma corrompida agora que lhes dei este último presente que é esta promissora ceia macabra.

Se teorias rondam estas cabeças me contem tudo, pois adoro interagir com vocês!

Não esqueça de deixar seu voto e comentários, isto me motiva muito :)

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⏰ Última atualização: Oct 12 ⏰

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