59- Matt?

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Assim que consigo fugir aos fotógrafos chamo um taxi.

O meu desespero e demasiado para me preocupar na minha aparência.

Ligo de imediato para a Rita.

"Estou a ir para Portugal" digo assim que ela atende.

"Tu o q-"

"Encontramo-nos em tua casa"

Não a deixo responder e compro um bilhete de ultima hora online.

(...)

O voo é mais ou me os demorado e da-me tempo para perceber o que estou a fazer.

Apenas levo comigo algumas roupas, umas que eu consegui levar de casa de Harry.

Isto tudo ainda parece um pesadelo, mesmo depois de dormir algumas horas, consigo sentir a estranha sensação que tenho comigo.

Magoa, arrependimento, tristeza, medo.

Tudo e mais alguma coisa.

Quando nos dão informação que o avião aterrou, respiro fundo, finalmente terras portuguesas.

Após tudo estar pronto chamo um taxi e peço para me levar para casa de Rita.

Na viagem decido o que fazer, pelo menos hoje.

Depois de ficar um pouco com a mãe de Rita, irei ao cabeleireiro, e vou comprar lentes de contato novas, vou cuidar de mim, fazer solário, manicure, uma ondulação talvez, e comprar roupa porque não tenho aqui suficiente.

Ninguém sabe que estou em Portugal para além de Rita e da família, por isso quero arranjar-me e começar de novo, pelo menos até decidir o que fazer quando voltar a nova Iorque.

Pago e saio, entrando no apartamento de Rita.

Eles abrem-me a porta e a irmã mais nova de Rita abraça-me.

"Que saudades, Melody" ela diz e eu abraço-a de volta.

"Muitas" sussurro e ela afasta-nos um pouco.

"Estás com um aspeto cansado, princesa, anda, tem que descansar um pouco." ela diz e fecha a porta atrás de mim " Rita, a Melody chegou"

" A tua mãe?" Pergunto.

"Está no hospital, a minha avo está com ela e o meu pai também".

"Oh meu deus, Melody " ouço Rita a dizer e ela vem de encontro a mim dando-me um forte abraço "o que te aconteceu? O que aconteceu? Onde está o Harry? E só trouxes-te estás roupas? O que se passou?" São muitas perguntas de uma vez só.

"Eu vou contar tudo" digo e ela encaminha-me para o quarto.

(...)

Quando termino de contar o que se passou a expressão de Rita é de horror.

"E agora? Eu daqui a duas semanas volto para Nova Iorque"

"Eu tambem, só precisava de tirar estes dias para mim percebes?"

"O que vais fazer em relação ao Harry?"

"Dar tempo, eu estou realmente magoada com ele, quando voltar a Portugal vou mudar-me para o apartamento que ele me ofereceu, pelo menos até arranjar um meu"

Custava-me dizer, mas tinha mesmo de ir para o apartamento dele até estar tudo não calmo, por muito que aquele sítio me lembrava ele, eu precisava de continuar a minha vida e começar aos poucos e poucos.

"Eu depois vou a vossa casa com o liam buscar as coisas" ela diz e beija-me a testa.

"Isto é demais para a minha cabeça"

*Pov Harry*

Acabei por ir embora, na esperança que ela estivesse em minha casa mas nada, apenas algumas roupas suas lá estavam.

Os meus olhos estavam inchados de tanto chorar.

Eu não acredito que a perdi, mais uma vez e desta vez, talvez para sempre.

Eu sabia, ela e boa demais para mim, mas não vou desistir da mulher que eu amo, da única que preencheu o meu coração.

Eu sabia que não devia ter abusado nos presentes nem de lhe ter tirado a independência mas eu estava vidrado demasiado nela, e estava cheio de medo de a perder, e quando se ama, não se pensa, e naqueles momentos eu só pensava que se ela ficasse encantada com o meu dinheiro, com o que eu lhe poderia dar, ela iria ficar para sempre.

Mas eu já devia saber que a Melody não se ilude pelo dinheiro, não da muito valor a jóias caras, penthouse's de top, viagens excepcionais, ela ilude-se com atitude como a proteção, o carinho, os beijos verdadeiros.

Ela da valor a palavras e a atitudes mas não a bem materiais.

Como ela própria uma vez disse, bens-materiais não passam de coisas que podem deixar de existir de um momento para o outro sem sequer nos fazer falta, mas palavras e atitudes, por muito que o tempo passe e as coisas mudem, as memórias de palavras bonitas e gestos perfeitos irão permanecer.

*Pov Melody*

"Woah Melody, estás diferente" o pai de Rita comenta quando entro em casa.

"Bom ou mau?" Pergunto receosa e fecho a porta atrás de mim e indo cumprimenta-lo.

"Para o bom querida" a mãe de Rita diz e eu arregalo os olhos e corro para lhe dar um abraço. "Só saudades"

"Muitas" digo a rir e afasto-me um pouco " está bem?" Pergunto olhando-a de cima abaixo

"O médico deu-me alta e uns medicamentos, não foi nada de grave, só preciso de repousar por uns dias"

"Então o que está aqui em pé a fazer?" Pergunto e ela ri-se um pouco.

"Epah que deusa temos nos aqui?" Rita pergunta quando se junta a nos " escureces-te o cabelo? Fizes-te solário? E os teus olhos estão azuis?"

"Sim, sim e sim" digo enquanto ambas andamos até ao quarto e o outros vão para a cozinha.

"Estás linda" ela sorri e eu retribui-o "logo queres vir a noite ? Vamos ter com os que andaram conosco na universidade, a minha mãe insistiu muito para que fossemos"

"Ela fica bem?" Pergunto

"Sim, ela diz que sim, é o meu pai e as minhas irmãs estão cá por isso, vamos só um pouco para desanuviar e vimos para casa"

"Sendo assim, acho que aceito"

(...)

O "reencontro" estava a ser animado, á muito que não me divertia tanto, e tão despreocupada.

Não tinha bebido muito, mas já se notava o meu bom humor.

Derrepente deixo de ver a Rita, pergunto a todos mas tal como eu ninguém a viu.

Vou até a casa de banho mas sinto uma mão no meu ombro e algo a tapar-me a boca.

Perco os sentidos e a ultima coisa que ouço é a voz de Matt.

"Levem-na daqui"

When We Found True Love (H.S)[a editar]Onde histórias criam vida. Descubra agora