Cachorro latindo
Criança passando
Telefone que não toca
A trinca da parede cresceu
O gosto da comida mudou
Telefone que não tocaA gente acostumou
Que o abraço apertado
Virou o aceno de longe
Que às vezes até esquecemos de dar
E o que era corriqueiro
Agora é evento grandiosoUm abraço a menos
Uma saudade a mais
Uma despedida dolorosa
E o tempo que se alonga
Em dúvidas, em medo
Em incertezas, em solidão...Surge o novo normal, anormal
Pra que lado a gente olha?
Quem a gente toca?
Aos poucos caminhamos
Alguns pequenos passos
Rumo ao desconhecido