Eu quero aquilo que não posso
E desejo aquilo que não devo,
Como um objeto intocado e proibido
Que te convida a pôr a mão.Penso noite e dia, cedo e tarde,
No que arde e invade meu sonho,
Personificando o que antes era só uma imagem,
Um vulto e um vislumbre de verdade.Abro os olhos querendo fechá-los
Para que o momento de realidade aconteça;
Mas a luz do dia me traz de volta
A um mundo de uma vida seca, cinza e opaca,
Em que a mentira afaga mais que a veracidade.