Me vi sozinha no vasto banheiro. Um arrepio percorreu meu corpo, olhei para o espelho e me vi ali de pé, parecendo um boba por estar com medo de ficar sozinha, com 16 anos nas costas.
'Sério América? Com medo?!' Pensei.
Congelei. Senti uma respiração no meu pescoço. Me virei tremendo, mas não havia ninguém ali. A não ser eu e o meu medo bobo.
Mas meu medo aumentou quando eu ouvi a descarga. Outra vez tomei um baita susto. Não havia ninguém no banheiro, a não ser ela.
Esperei para ver se alguém sairia. Para meu horror, ouvi uma voz que sussurava: "Vingança.. Vingança..". Uma voz fria, uma voz gélida, uma voz sombria.
E ficava repetindo essa palavra várias, várias e várias vezes. E a cada sílaba, eu sentia um arrepio, como se o dono da voz estivesse atrás de mim.
'É só a sua boa e velha imaginação. Pare de agir como uma garotinha de nove anos'. Disse para mim mesma. Tirei esse pensamento horrendo da minha cabeça.
'A descarga está estragada. É, bem isso, ela está estragada.' Pensei. E sai do banheiro.
***Enquanto a porta acabava de se fechar, as luzes começaram a piscar. Até que se apagaram por completo. Deixando o banheiro num breu total.
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O Enigma do Diário de América [FINALIZADA]
Krótkie Opowiadania"Me virei. Alguém estava bem atrás de mim, tão perto que as minhas roupas roçaram nele quando virei. A essa distância, eu deveria ter sentido outro ser humano parado ali, sentido o calor do corpo dele ou tê-lo ouvido. Mas evidentemente, não era huma...