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Oito anos se passaram, e Jungkook já estava mais poderoso do que a maioria das pessoas que conhecia um dia poderiam sonhar, ele próprio já não sabia a extensão de sua força.

Durante todos os dias dos últimos oito anos, não teve um dia sequer que ele não cultivou ao seu máximo, com um único pensamento, ser forte para proteger Jimin de qualquer coisa.

E por já ser muito forte, ninguém entendia pq ele continuava na província de Clive. 

Saindo as vezes para outras províncias para se aventurar, mas em pouco tempo voltando e permanecendo naquele lugar por todos esse anos.

Fofocas rolavam logicamente, e aqueles que sabiam sobre a promessa de Jungkook, ficavam extremamente ansiosos para saber quem era o seu grande amor, já que ele continuava voltando para Clive.

E mesmo algumas pessoas sugerindo que ele continuava ali por causa da "aberração de família Park", já que Jungkook se tornou discípulo do pai de Jimin, a maioria não acreditava que alguém tão forte e bonito quanto Jungkook estava disposto a perder anos de sua vida naquele província por causa de alguém de aparência tão horrenda. 

Jungkook durante os anos foi convidado diversas vezes para as mais renomadas seitas na capital do império, mas continuou sem sair da província por mais tempo do que um mês, por tanto não aceitou se ingressar em nenhuma seita.

Até a uma semana atrás, quando anunciou de repente posta sua família que iria aceitar o convite de entrada para uma das melhores e maiores seitas na capital.

Ninguém conseguiu entender o que mudou tão de repente, exceto uma pessoa. 

Um homem da família Park do qual ninguém prestava muita atenção, até pq ele se mantinha completamente fora dos holofotes.

O homem que parecia não envelhecer nem um único dia desde que Jimin se foi, recebeu uma carta de Jimin a uma semana e por coincidência, ou não, no dia Jungkook estava o acompanhando no momento em que ele a recebeu.

Leu a carta sorrindo, depois suspirou e a entregou a Jungkook.

- Mestre? - Jungkook olhou confuso do mais velho para a carta.

- Vc nunca disse quem era. - o homem sorria de canto - Mas eu não sou bobo, sei que vc deve tê-lo visto sem aquelas manchas no rosto.

Jungkook engoliu em seco, mas não disse nada, então o mais velho continuou.

- Não sei se o que vc quer vai ser possível nessa nação na qual vivemos. - falou triste e suspirou - Mas se estar com ele lhe fizer bem de alguma forma, se ajudá-lo te fizer feliz, vá atrás dele. - virou-se para sair e segredou - Ele nunca esteve nas terras ancestrais, me desculpe esconder isso de vc, mas a vida dele é, muito complicada, vc já deve entender um pouco agora.

Jungkook desde que Jimin se foi, sempre acompanhou o mais velho que dizia ser o pai dele. Por tanto tempo que o homem o considerou seu discípulo e acabou contando algumas coisas a Jungkook, como o fato de Jimin não ser realmente seu filho, mas filho de alguém que ele amou.

- Tomara que vcs tenham mais sorte que eu. - o homem murmurou sumindo do pátio em que estavam.

Jungkook olhou para a carta por algum tempo, irritado por não ter pensado na possibilidade de Jimin não estar nas terras ancestrais durante todo esse tempo. Mas lembrando tudo que o homem lhe contou aos poucos durante esses anos, ele podia entender muito bem. Respirou fundo e abriu a carta.

"Pai.
Te chamei assim por tantos anos que já não posso chamar de outra forma, vc foi e sempre será um pai para mim. E tenha certeza de que meu pai teria amado vc se vc tivesse se confessado para ele. Essa era uma das coisas que antes eu não entendia, das memórias que minha mãe deixou, mas agora entendo, meu pai amou alguém antes dela, mas as famílias deles nunca aceitaria os dois juntos, e quando ele conheceu minha mãe ele deixou isso bem claro para ela. Ela sabia que nunca teria todo o coração dele e sempre quis saber quem era a "moça" que o encantou primeiro, mas agora eu sei que foi vc, e provavelmente minha mãe tbm já deve entender isso, do quão bem meu pai falava de vc para ela.
Obrigado por sempre ter cuidado de mim e me protegido.
Terminei meus anos de cultivo. Agora sei que já tenho força o suficiente para ir atrás da minha mãe. Mas para isso, primeiro preciso saber como anda toda a nação Park.
Por mais que seja vergonhoso, tenho que admitir que não quis saber de nada sobre esse lugar enquanto não tinha a força que precisava para voltar.
Mas agora eu tenho e estou voltando.
Fale para o patriarca que assim que sai das terras ancestrais fui aprimorar meu cultivo viajando como mercenário e não tenho previsão de retorno. 
Mas verdade irei para a Preston, me infiltrarei na seita e de lá descobrirei o que preciso para salvar a minha mãe.
E eu não me esqueci da promessa que te fiz quando vc me entregou as memórias de minha mãe.
Eu vou fazer de vc o próximo imperador ao lado dela, agora tenho certeza de que ela irá adorar conhecê-lo.
Em três meses eu vou para a seita, vou me passar por um aluno e viver pacificamente até juntar tudo de que preciso para salvá-la.
Tentarei te mandar mais cartas, agora não estou tão longe.
Quando eu tiver me instalado completamente quero mais notícias suas e tbm... de um certo alguém...
Sei bem que vc já deve desconfiar de quem eu quero notícias.
Como disse, evitei receber notícias da nação Park, mas algumas coisas chegaram aos meus ouvidos sem eu querer a alguns anos atrás, mas não tenho escutado nada no último ano, por isso estou bastante ansioso.
Não diga a ninguém, confio em vc para isso, mas amo aquela pessoa, agora sei que realmente amo.
Mas agora provavelmente essa pessoa nem se lembra mais de mim...
Sem choros, sem arrependimentos...
Continue tomando os comprimidos que continuarei mandando, vc precisa viver muito para conhecer minha mãe e ser um imperador forte ao lado dela.

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