Capítulo 2 - Primeiras Impressões

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O assunto sobre a morte de Kai'Sa não saiu da boca do colégio a manhã inteira. Alguns formulavam teorias absurdas enquanto outros acreditavam que a menina ainda estava viva. A verdade é que poucos se importavam com o bem estar da falecida ou de sua família. O que valia mesmo era a fofoca; era assim que adolescentes funcionavam.

Evelyn tentou abstrair a informação, até porque ela não imaginara que seu primeiro dia seria tão calmo. Com exceção dos professores intrujões que insistiam para que ela se apresentasse na frente da sala, ninguém queria saber dela. Pelo menos, era o que ela pensava até chegar o momento do intervalo.

A Diva se viu sentada sozinha com seu almoço em uma bandeja, mas não durou muito tempo. Aqueles que se mostraram pouco interessados em sua chegada durante as aulas, agora faziam questão de sentar com ela.

O primeiro a chegar foi um menino loiro. Ele parecia ser simpático, porém engomadinho demais para um adolescente. Com certeza tinha espírito de velho.

— Primeiro dia complicado, imagino. — supôs o garoto, com uma postura cordial, sentando de frente para Evelyn. — As pessoas aqui são legais, eu prometo. Com exceção dos Noxianos, eles não prestam.

Evelyn se permitiu sorrir. Era fofo alguém estar dedicando seu tempo livre pra conversar com uma desconhecida. Ela não estava acostumada com isso.

— Ezreal. — apresentou-se, puxando a mão de Evelyn para um beijo.

Tá bem, aquilo era muito estranho.

— Deixe ela em paz, Ez. Ninguém merece ser cortejada às 9h da manhã. — uma menina um tanto quanto parecida com Ezreal o interrompeu. Evelyn poderia até chutar que eram irmãos.

— Infelizmente devo concordar com ela. — riu Evelyn, abrindo espaço para a nova integrante.

— Essa é a Lux, minha melhor amiga e o sol mais brilhante desse mundo. — comentou, abraçando a amiga. — Sério, a garota é um gênio. Tem que ver o número de pessoas que faz fila pra colar da Lux na aula de física.

Um grito saiu da boca de Ezreal ao receber um tapa singelo de Lux.

— Eu acho que vou entrar nessa fila. Entrar em um colégio com a matéria toda adiantada deve ser péssimo. — Mentira, Evelyn não estava nem um pouco preocupada com suas notas, mas precisava disfarçar.

— Baita furada. O Ez não sabe do que tá falando, nem da nossa turma ele é.

— Nem me fala, era o meu sonho, passar o dia inteiro com você. — Ez sorriu sedutoramente para Lux, que fez questão de revirar os olhos.

O trio continuou conversando por algum tempo; deviam ter mais 30 minutos de intervalo. Evelyn gostou bastante deles; talvez ela pudesse dar uma chance para aquelas pessoas. Afinal, ela tinha como focar em seus objetivos e ainda assim se envolver emocionalmente com seres humanos.

— Isso é um absurdo! Eu já falei que não tenho nada a ver com aquela merda. — resmungou uma garota, jogando a bandeja cheia na mesa do trio.

Evelyn ficou impressionada ao encarar a garota abusada que esbarrara nela mais cedo. Não imaginava que ela andava com pessoas tão legais quanto aquelas.

— Por que você faltou às aulas de mais cedo, Akali? — perguntou Lux, parecendo se preocupar com a tal Akali.

— Aquela vadia da Fiora ficou desconfiada de mim porque eu tava reclamando da polícia. Daí me colocou pra conversar com aquela terapeuta de araque. — disse, se jogando na mesa. — Sinceramente, eu não aguento mais.

Evelyn queria sumir, pelo visto ela não poderia julgar as pessoas por quem elas tem como amigos. Akali, que até então bufava pelos cantos, finalmente levou seus olhos até Evelyn e percebeu de quem se tratava.

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