Capítulo 3 - A casa dos Stemmaguarda

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Lux andava de um lado para o outro catando as garrafas de cerveja vazias. Ela perdeu a conta de quantas vezes já tinha amaldiçoado Garen mentalmente. A loira odiava o espírito festeiro do irmão, principalmente quando ele armava festinhas escondido dos pais. O pior é que Lux pensava simplesmente em deixar Garen se ferrar e ser descoberto, mas como irmã mais velha não conseguia.

O som alto vindo do porão a estressava. Por que aqueles jovens idiotas não podiam se contentar em espalhar a bagunça somente em um cômodo da casa? Não, eles tinham que sair espalhando tudo a cada vez que iam ao banheiro no primeiro andar.

Lux respirou fundo e foi até o lado de fora jogar o vidro que carregava em mãos. Na volta, sentou-se no sofá e pegou um livro na mesinha de centro. Infelizmente, sua mente não conseguia se concentrar em nada; ela tinha que dar um jeito naquela bagunça. Logo logo seus pais estariam de volta em casa, e ela não suportaria arrumar tudo e expulsar aqueles inconsequentes na correria.

— Eu mereço...

Ao descer as escadas, a loira se deparou com uma cena digna de um rolar de olhos. Garen e seus amigos trêbados jogando sinuca, ou tentando. Enquanto isso, algumas meninas da sala dele dançavam sem música. Lux não tinha muita intimidade com os alunos do primeiro ano, mas se afeiçoava por alguns rostos. Ezreal, como um belo fofoqueiro, contava sempre sobre os acontecimentos mais importantes, e Lux tirava suas próprias conclusões sobre cada um.

Seraphine e Talyah eram as melhores de lá, na opinião de Lux. Elas quase não se envolviam em confusão e eram sempre premiadas no colégio. Ahri tinha uma fama ruim, mas Lux não queria julgá-la pelo que os homens falavam dela. Ekko até que era fofo, mas andava com Vi e Jinx, então alguma coisa de errado deveria ter. Já Draven, Darius e Katarina nem se falava. Os três eram um furacão desgovernado, assim como Jinx.

— Tá na hora de parar com a palhaçada. — Lux teve que repetir a frase um pouquinho mais alto para que a atenção de todos se voltasse para ela.

— Ai, que droga, a senhora perfeitinha chegou. — Jinx estava sentada no colo de Draven; logo em seguida voltou a beijá-lo, ignorando a presença de Lux.

Katarina riu e fez questão de ir até Jinx somente para fazer um aperto de mão super brega com ela. Elas deviam se achar super engraçadas.

Lux suspirou, foi até Garen e o arrastou para um canto.

— Eu te dou exatos 20 minutos pra tirar essa ralé daqui. — ameaçou Lux, segurando na gola da camisa de Garen, que sorriu com o ato. — E se certifica de que ninguém tá roubando nada.

— Você é muito neurótica com isso. Tinha que se divertir mais com a gente, maninha.

— Você diz isso porque é o melhor que tem pra fazer da vida, mas só pra te lembrar, você não vai ter papai e mamãe pra sempre. E eu não quero ficar sendo babá de marmanjo de quarenta anos que optou por não estudar pra ficar chapando com os amigos em pleno dia de semana.

Lux vomitou tudo sem nem ligar se os outros estavam prestando atenção ou não; era bom que servia de exemplo. Mas, felizmente, somente Garen ouviu. Ele se limitou a bufar para a irmã e voltar para a galera sem nem ao menos respondê-la.

Talvez tenha sido algo duro de se falar, mas se esse menino não tomasse um choque de realidade agora, quando seria? Antes que se retirasse, Lux foi interrompida por um puxão de mão.

— Ei, não liga pra eles não. Eu sei que pode parecer que tão levando seu irmão pra um mau caminho, mas a gente é amigo dele. — Seraphine tinha um tom de voz doce, e parecia realmente ser uma das únicas de lá com o juízo perfeito. — A gente garante que ele não vai se meter em nenhuma burrada.

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⏰ Última atualização: Dec 31, 2021 ⏰

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