29: A promessa

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P.O.V LENA LUTHOR

A resposta para a pergunta de Kara estava na ponta minha lingua.

Minha cabeça estava tomada de luxúria, desejo, paixão. Uma combinação inebriante e incontrolável.

Sabia, de coração, o que eu queria. O que eu precisava.

Mas não consegui dizer uma palavra.

Em vez disso, agarrei os cabelos loiros de Kara com força e aproximei a cabeça dela da minha.

Eu a beijei, não só com paixão, mas com um desejo insaciável.

Queria que nos tornássemos um só que nos entregássemos por completo.

Kara levantou minhas pernas e senti seu pênis se esfregar em meu sexo. A provocação era quase insuportável.

Conforme sentia meu sexo se abrir, eu gemia de prazer.

"Kara, espera...", murmurei, colocando as garras nas costas dela.

"Quer que eu pare?", ela perguntou, acariciando meu cabelo e me lançando um olhar afetuoso.

"Eu... Sim... Quer dizer, não sei", gaguejei me sentindo dividida.

É claro que eu não queria parar, mas, ao mesmo tempo...

"Aqui, agora... Não parece...'

Enquanto buscava as palavras certas, Kara as encontrou para mim.

"Perfeito", disse ela baixinho. "Tem razão. É a sua primeira vez. Quero que seja tão especial quanto você".

Kara afastou o corpo, o que me deu uma dor no coração, mesmo sabendo que era melhor assim.

"Você me odeia por querer esperar?", perguntei.

"É claro que não", ela respondeu. "Eu já esperei todo esse tempo. Que tipo de alfa seria se não aguentasse esperar um pouquinho mais? Fora que você vale a espera."

Beijei seus lábios com ternura, provando a saliva doce enquanto nossas línguas se entrelaçavam.

Eu me afastei e sorri. "Depois da nossa cerimônia de acasalamento... Serei toda sua."

"E eu prometo que a nossa noite será inesquecível", disse ela com um rosnado suave.

Kara me pegou nos braços e ficamos deitados no chão da floresta. Fechei os olhos e fiquei escutando o som de sua respiração.

Pensei no que o futuro guardava para Kara e para mim e, pela primeira vez, isso não me assustava.

Na verdade, eu nunca tinha me sentido tão segura como naquele momento. Nesse pensamento reconfortante, adormeci.

***

DUAS SEMANAS DEPOIS

"Meu Rao", disse Kara me observando com brilho nos olhos. Ela estava do outro lado da sala e parou bruscamente quando me viu.

"Meu Rao", repetiu. Ela estava mais gostosa do que nunca. Usava um vestido azul-marinho. suas maçãs do rosto eram tão fortes quanto a mandíbula e tudo aquilo seria meu. Tudo meu, pela eternidade.

Era o dia da nossa cerimônia de acasalamento. Diferentemente dos humanos, nós, lobos, não tínhamos os mesmos rituais típicos do casamento. Não havia regra sobre não se ver antes do momento da cerimônia, e era por isso que Kara estava no meu quarto me vendo de noiva.

Era por isso que ela estava vindo na minha direção com um olhar voraz.

Nós nos beijamos com tanta intensidade que achei que ela ia arrancar meus lábios.

Os Lobos Do Milênio - Livro I - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora