Capítulo 7

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POV Stiles
Nós nos sentamos em uma mesa perto das roseiras enquanto tomávamos um chá preto.
- Eu não consigo entender como está aqui - falo olhando para ela.
- Eu sabia que eu iria morrer - ela começa a falar - eu sabia que as bruxas viriam atrás de você assim que nascesse.
- Isso ainda não explica como você está aqui - falo levantando somente uma sobrancelha.
- Não, não explica - ela fala sorrindo - você é inteligente e não deixa nada passar.
- Minutos antes de morrer eu lancei um feitiço para preservar minhas memórias e uma pequena parte da minha consciência pois sabia que esse dia iria chegar - ela fala bebericando seu chá.
- Esse dia? - pergunto confuso.
- O dia que você decidiria lutar e parar de fugir - ela fala suspirando - existe mais segredos e motivos que nem seu pai conhecem.
- O que tipo de motivos?
- Motivos que vão mudar muita coisa - ela fala me olhando - nunca se perguntou porque você tem nove caudas ao invés de uma só.
- Já. Papai sempre diz que é porque eu sou muito forte - falo confuso - o que isso tem a ver?
- Uma raposa só atinge suas nove caudas quando completa mil anos de vida, você tem nove caudas desde que nasceu e não tem mil anos de vida - ela fala sarcástica.
- Sou mais forte que qualquer raposas ou bruxa - falo com certeza.
- Não, suas caudas não tem nada a ver com sua força ou poder tem outro motivo para aquelas doze velhotas querer sua morte - ela fala com desgosto quando cita as anciãs.
- E qual seria?
- Você sabe que assim como as raposas nós bruxas temos uma perspectiva de vida muito longa? - ela pergunta e eu assinto - as anciãs estão vivas desde muito antes de Salem ou da idade média elas são conhecidas como as bruxas primordiais porque foram as primeiras a nascer com poderes.
- Calma está dizendo que aquelas doze velhotas foram as primeiras bruxas de todas a nascer? - pergunto abismado.
Ela assente.
- Então significa....
- Eu também sou uma bruxa primordial - ela fala abrindo um sorriso.
- Nós fomos as primeiras a nascer então nós estabelecemos ume hierarquia e uma ordem. Criamos leis e ensinamos as novatas a usarem seus poderes e na sombra dos humanos criamos nossa própria sociedade - ela suspira - tudo estava bem até por alguns erros de novata os humanos nós descobriram e começaram a nos caçar e foi assim que muitas bruxas foram mortas.
As anciãs ficaram revoltadas com a atitude humana e decidiram que as bruxas deveria governar sobre todos, então elas começaram a caçar e matar humanos, dizimas cidades e os colocar um contra os outros.
Mas um dia recebemos um aviso da mesmo coisa que nós criou, foi dito que uma criança nascida de dois povos iria causar a destruição das primordiais. Elas ficaram com medo e voltaram para as sombras, porém não ficaram quietas elas desenvolveram ritual de magia negra onde é possível retira o poder de um ser e transferir para outro.
- Então eu sou a criança da profecia - falo ainda sem acreditar.
- Isso mesmo.
- Existem outros híbridos que também são poderosos, eu posso não ser a criança da profecia - digo tentando me convencer.
- Para de tentar de fingir que não é você, pois nós sabemos que é você, eu sei e elas também sabem. Os outros híbridos que existem são poderosos, admito, mas o poder deles não chega perto do seu.
- O que você quer que eu faça! - falo irritado - passei minha vida inteira sendo perseguido e agora descubro que tem uma profecia idiota que diz que eu vou acabar com doze bruxas que tem milhares de anos a mais que eu.
- Não adianta chorar, gritar ou espernear não vai mudar o fato de quem você é. Eu sei que está com medo de perder seus amigos e seu pai, sei que não está com medo de enfrentar elas - ela fala se aproximando de mim e segurando minha mão.
- Eu só queria ser normal - falo tentando organizar meus pensamentos.
- O normal é chato e garanto que mesmo sendo normal você se meter em problemas - ela fala me puxando para dentro da mansão.
- Porque você e o papai vivem dizendo isso - falo fingindo irritação - eu não procuro problemas são eles que me acham.
Minha mãe cai na gargalhada.
- Você pode ter minha aparência, mas sua personalidade é uma cópia fiel de seu pai - ela fala divagando.
- Papai te ama muito - falo receoso em citar Peter.
- Não se preocupe eu sabia que uma hora ele iria seguir em frente e estou muito feliz que ele tenha encontrado alguém - ela fala me puxando para uma sala onde todas as paredes tinham desenhos que pareciam contar uma história.
- O que são todos esses desenhos? - pergunto os admirando.
- Eles representam o equilíbrio do sobrenatural- ela fala caminhando até o centro da sala.
Nas paredes tinha desenhos de quase todos os seres que eu conhecia e não conhecia. Eles estavam pintados todos em grupos e divisões que claramente representava cada povo.
- Eu quero que me escute com atenção, quando você matar as doze bruxas anciãs o equilíbrio será afetado e você deve-o restabelecer para garantir que uma guerra não aconteça - ela fala olhando no fundo dos meus olhos.
- Como assim uma guerra?
- As bruxas primordiais são as protetoras do equilíbrio e quando você as matar tudo ficará sem controle, então você deve achar outros seres de grande poder para as substituírem.
- E se eu não conseguir? - pergunto receoso.
- Se não conseguir matar as bruxas elas irão te matar e roubar seu poder e depois irão escravizar todos os humanos e sobrenaturais. E se não achar seres para assumirem a posição de guardiões do equilíbrio a fina camada de magia que divide os humanos dos sobrenaturais irá cair e uma guerra entre sobrenaturais e humanos será travada.
- Isso significa que eu não posso falhar - digo olhando mais uma vez os desenhos ao meu redor.
- Você deve acordar - ela fala me abraçando - tem alguém que está bem preocupado com você - ela fala e eu caio em uma escuridão.

The Prophecy of the HybridsOnde histórias criam vida. Descubra agora