XLIII

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Harry jamais pensou que teria tanta gente assim o apoiando em seu relacionamento.

Ele nunca teve ninguém o apoiando completamente em todas as suas decisões, a não ser, Draco.

Pouca gente sabia das únicas pessoas que Potter ficou em toda a sua vídeos e praticamente ninguém realmente ligava, mas isso era totalmente diferente de agora.

Um mês havia se passado depois da tão aguardada queda de Voldemort. Não haviam dias em que Harry e Draco não eram parados nos corredores por estudantes, que imploravam para saber da versão deles da história, já que haviam milhares de rumores e teorias de como realmente foi o ocorrido.

Malfoy negava, mas era óbvio que ele adorava a atenção e sempre dizia coisas sem nexo para os alunos do primeiro ao, que ficavam em êxtase ao ouvir as "sabias palavras" de Draco Malfoy. Harry insistia em fazer com que ele parasse de contar mentiras para os primeiranistas, mas era inevitável não rir ao ver as feições de alegria e surpresa deles.

Draco estava persistente em lutar para que eles entrassem com um processo contra a Rita Skeeter por ela ter invadido Hogwarts mesmo com o contrato feito com Hermione para que ela não atazanasse mais a vida deles. Potter permanecia dizendo que aquilo o daria muita dor de cabeça, mas ele gostaria de ter o gosto da doce vingança em seus lábios.

Harry ficou por somente mais uma semana na Ala Hospitalar, aguardando que a sua magia se regenerasse por completo, já que ele havia usado mais força do que Draco para enviar o feitiço para Voldemort. Poppy também insistiu que o loiro permanecesse na enfermaria durante esse tempo, somente por via das dívidas, o que deixou o sonserino radiante, pois assim, poderia ficar o tempo inteiro com o seu namorado.

Raramente as suas noites eram perturbadas por pesadelos e flashbacks sobre o tempo que os dois permaneceram presos nas masmorras da Mansão Malfoy, mas sempre que acontecia, Potter estava lá para Draco, e o loiro estava lá pelo moreno.

Harry estava passando as noites cada vez mais vezes no dormitório de Draco, o que ajudava-os a não estarem sozinhos durante noites complicadas, eles sempre se apoiavam em momentos difíceis.

No fim de janeiro — quando as coisas já estavam mais amenizadas e ninguém enchia o saco dos dois — ocorreria mais uma partida de quadribol. A disputa estava acirrada entre a Sonserina e Grifinória, as duas casas estavam disputando para ultrapassar a Corvinal — que estava em primeiro lugar no momento. A final ainda estava longe de acontecer, mas era crucial que eles permanecessem em uma posição razoavelmente boa.

Draco estava muito ansioso para a estreia de sua nova vassoura, que o seu pai o deu antes de ser preso em Azkaban, e ele estava decidido de que iria ganhar.

As arquibancadas de quadribol estavam lotadas. Os alunos montaram uma torcida programada dividindo a série de bancos em uma parte verde e outra vermelha. Até mesmo os alunos da Corvinal e Lufa-Lufa concordaram em usarem roupas das respectivas cores, assim, não estragaria o visual.

Harry estava sobrevoando o campo com a sua Firebolt, era inevitável não sorrir ao ver tudo o que fora planejado para essa partida, mas não conseguia entender o tamanho da animação de todos, afinal, nem era a final.

Seus olhos não conseguiam capturar nada muito pitoresco ao observar as arquibancadas. Luna estava com o seu usual chapéu de leão — o que não surpreendeu absolutamente ninguém, as pessoas usavam cachecóis e grossos casacos verdes ou vermelhos. Graças a Merlin não estava nevando naquele dia, então a partida não fora cancelada.

Draco vinha com todo o time da Sonserina em sua encalço, não demorou para que seus olhos encontrassem as íris esmeraldas de Potter, que expandiu o seu sorriso, olhando feliz para o seu namorado.

Porque eu não consigo te esquecer || drarryOnde histórias criam vida. Descubra agora