Akira é uma jovem de dezessete anos que quase assassinou seu pai com suas habilidades ninjas. É quando após um curto período de tempo, se muda para uma escola de jovens com diferentes habilidades e estilos de luta. Sua vida vira de cabeça para baixo...
Estou sentindo dor em todas as partes do meu corpo, em todo o tempo. É como se eu quisesse morrer, mas não pudesse, já que mal consigo me mover direito. Porém, continuo tentando. Estou próxima à Madame, ou ao corpo dela. Já se passaram vários minutos e ela continua imóvel. É notável o quanto ela está acabada, e eu me culpo por não poder fazer nada para ajudá-la. Sou mesmo uma inútil, e é horrível eu me sentir assim, pois não sou em quem está na pior situação aqui. Ou talvez é. Eu estou sempre invalidando a minha dor, é cansativo ser minha maior inimiga, mas não dá para fugir da verdade. Talvez eu seja mimada, tanto faz.
— Akira!
Diz a mulher, se levantando do chão. Não acredito que ela está mesmo de pé, depois de todo esse tempo, pensei que nem um milagre a faria levantar. Ainda bem que eu estava errada. Seu rosto continua encharcado, e ela não faz nada para desmanchar isso.
— Você consegue se levantar? — pergunta ela, estendendo sua mão.
Assinto com a cabeça, dizendo que sim. A resposta certa é não, mas não posso ficar aqui vendo ela sofrer, sendo que não vou ajudar. Não posso ser um peso para ela. Então pego em sua mão, e é quando ela me levanta.
— Me desculpe por não ter feito nada para impedir seu choro!
— Não se preocupe! — diz ela, secando suas lágrimas — você não conseguiria, de qualquer jeito! Obrigada por se preocupar!
Minhas costas estão me matando. Eu nunca senti tanta dor. As batidas do meu coração se aceleram cada vez mais, e esse sentimento de aflição faz meu estômago se revirar.
— Você não consegue se mover direito! Está machucada! — diz ela.
A verdade é essa, mas não posso deixar tão escancarada assim.
— Eu estou bem! Não precisa se preocupar!
Antes que eu perguntasse para onde iríamos, sinto alguém apertar meu ombro, me fazendo cair de bruços no chão. É uma dor insuportável que logo se espalha por todo meu corpo.
— Akira! — grita Madame, se ajoelhando à minha frente — aonde você está sentindo dor?
— Em todas as partes!
A mulher termina de secar seu rosto rapidamente e estende suas mãos em minha direção. É quando, em volta de seus dedos, faíscas verdes começam a se soltar.
— O que você está fazendo? — pergunto. Eu não deveria estar com medo, mas estou. Apesar de sempre dizer que quero morrer, não sei se agora é mesmo a hora certa. Parece que finalmente conseguirei fazer amigos, criar laços verdadeiros, amar pessoas e ser amada. Eu sempre sonhei com isso.
Ela não diz nada. Apertando suas mãos contra minha barriga, sinto meu corpo se queimar. Dos meus dedos dos pés até o último fio de cabelo. Eu estou queimando.
— Não se mexa!
Pede ela, apertando suas mãos. Está doendo, mas a dor é ainda menos agonizante que a antiga.
Agora, em volta de suas duas mãos, bordas verdes as preenchem. Como da foto abaixo.
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