Tia Inko

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Na semana seguinte da minha declaração teríamos folga e poderíamos ir pra casa, combinamos um jantar com nossos pais, eu estava a beira do desespero, a tia Inko ia me matar com certeza, em todos os anos que fiz mal ao Deku ela surtava mas nunca gritava comigo, cara fiz tanta merda e agora ela me aceitar como namorado dele e acreditar que eu jamais magoaria ele de novo seria muito difícil.

- Kacchan tá pronto? - escuto a voz do esverdeado na porta.

- Quase, tô só terminando de arrumar aqui, vai ser uma semana bem longa, vem cá. - digo chamando ele e o abraçando inalando o cheiro em seu pescoço, doce, inebriante e puta merda, delicioso.

- certo, vamos logo com isso, vai Bakugou, me solta, precisamos sair logo.

- só mais um pouco, você me deixa louco sabia? Quero te marcar todo, fazer você gritar tanto que vai esquecer até o próprio nome. - digo arrastado no pé do ouvido dele o vendo se arrepiar e gemer baixo como resposta.

- Assim vai ser difícil de controlar, você sabe que não dá tempo pra isso agora. - diz ele se afastando e me dando um beijo logo saindo pela porta.

- claro, tô indo. - digo fechando minha mala e saindo do quarto.

Ia levar um tempinho pra chegar em casa, pegamos o metrô e fomos direto pra casa do Deku, lá a gente entrou e a tia Inko já me olhou desconfiada.

- ora, Katsuki, o que faz aqui? - diz ela meio fria, cara a noite ia ser longa.

- os pais dele ainda não chegaram de viagem mãe, vão chegar em cima do jantar amanhã, aí eu disse pra ele dormir aqui. - disse ele dando um beijo na bochecha dela.

- certo, vou arrumar o quarto de hóspedes pra você, mas vou logo avisando, se os dois quebrarem alguma coisa dentro desta casa por desavença eu juro que os boto de joelhos em cima de grão de arroz, entendidos? - diz ela em um tom ameaçador, imediatamente nós concordamos, eu morria de medo dela, ela era um doce de pessoa, mas quando ficava brava eu preferia nem saber.

- vou pro meu quarto mãe, preciso de um banho, vem Kacchan, pode deixar suas coisas lá e depois levamos pro quarto de hóspedes. - diz ele seguindo pro quarto, quando ele entrou a mãe dele me puxou pelo braço e susurrou no meu ouvido.

- Se eu imaginar, ou pensar que você está mentindo pra ele e o enganando com essa onda de falso amigo só pra machucar ele eu juro que nem sua mãe vai me segurar e eu mato você, me entendeu? - disse ela em tom ameaçador, arrepiei e o pânico tomou conta, virei pra ela concordando.

- não sou mais esse pirralho que fazia as coisas por ser mimado tia Inko, não vou machucar ele nunca mais, eu te prometo, eu... - antes que eu diga alguma coisa ele põe a cabeça pra fora da porta perguntando o que eu estava fazendo.

- tá fazendo aí, vem logo. - diz voltado pra dentro, olho pra mãe dele que tem um sorriso sinistro no rosto e me dirijo pra dentro do quarto fechando a porta.

- Cara, sua mãe vai me matar, eu já tô vendo meu próprio túmulo - digo me jogando na cama.

- É claro que não, ela te ama, só não sabe ainda. - diz ele piscando e indo pro banho.

- quer vir? - diz ele parado na porta do banheiro me olhando, aquela bunda me convidando a ir, durinha e redonda, senti meu amigo despertar e rosnei, ia seguir pro banho com ele e aproveitar muito aquele corpo, mas ainda não tínhamos contado pra mãe dele então, ia ser desastroso se ele gritasse no banho e ela me pegasse com o pau enfiado no filho dela, suspirei pesado.

- Não, vou ficar aqui, não quero morrer ainda. - disse me jogando de volta na cama.

- ela não vai te matar cara. - disse ele rindo e voltando pra dentro do banheiro, o som da água caindo era um pecado pra mim, eu podia ver aquele corpo todo molhado, as mãos passando por cada pedaço de pele, subindo e descendo se esfregando no banho, minha respiração estava pesada, me levantei e abri a janela pra aliviar o calor, tenho que me controlar, vou acabar estragando o pedido oficial de amanhã se esse menino continuar me testando assim, ouvi uma batida na porta, assustei e a vi se abrindo.

- o quarto tá pronto, tá tudo bem aí? - disse a mãe dele me encarando desconfiada.

- sim tá sim, ele tá no banho, vou pro quarto então, obrigada tia Inko. - passo por ele e dou um beijo na sua bochecha, coisa que eu só fiz quando era criança.

- ora, de nada mocinho. - diz ela sorrindo e me encarando enquanto eu seguia pro outro quarto, me joguei na cama e respirei fundo, cara vai ser uma longa noite, tomei um banho demorado, me troquei e fui pra cozinha ajudar eles com o jantar, a noite foi tranquila, a mãe dele se retirou pra dormir cedo, ficamos na sala assistindo filmes e curtindo um ao outro, quando era lá por 2hs ele se encostou em mim e apagou, peguei no colo e o levei pra cama, deixei ele lá e fui pro meu quarto dormir, de manhã fomos na padaria, almoçamos e curtimos a tarde tranquila, no final do dia montamos a mesa e tudo o mais, quando meus pais chegaram eu e o Deku ficamos tensos, eles sabia de nossa opção sexual e isso não era problema algum, mas o problema era aceitarem a gente junto.

- O jantar estava maravilhoso Inko San - disse minha mãe sorridente, meu pai só concordava, quando fomos pegar a sobremesa na cozinha eles ficaram na sala de jantar conversando.

- Está pronto amor? - disse pondo as mãos nos ombros dele ansioso.

- sim, estou e você está? - ele disse sorrindo, encostei minha testa na dele e deixei um beijo ali, seguimos pra sala de jantar e colocamos a sobremesa na mesa e ficamos em pé em frente a eles.

- Mãe, pai, tia Inko, tenho um pronunciamento a fazer e um pedido. - disse sério, segurei firme a mão de Midoriya e sorri.

- O que tá acontecendo filho? - disse minha mãe me olhando tentando esconder um sorriso.

- Nós, eu na verdade, demorei muito tempo pra entender que eu era apaixonado por Midoriya, eu precisei quase perde-lo pra finalmente enxergar que o amava, fiz a maior loucura pra me declarar e pedir ele em namoro, faz uma semana que estamos nos entendendo de verdade e nos apaixonando uma pelo outro, sei que tudo o que fiz não tem perdão, mas quero corrigir cada erro e me tornar melhor, ser melhor por ele. - disse sorrindo, apertando a mão do Midoriya nervoso, a sala estava em silêncio total, dava pra ouvir até um alfinete caindo no chão de tão quieto.

- Então, quer dizer que você ama meu menino? - diz a mãe do Deku me olhando sério.

- Sim tia Inko, deixa a gente ficar junto?- disse sorrindo e olhando no olhos dela.

- aff, demorou demais pra cair a ficha de vocês dois não é? - disse ela suspirando e sorrindo com lágrimas nos olhos, aquilo atingiu a gente com um grande alívio.

- Tudo bem, eu abençoo, mas... Se você fizer meu menino chorar eu te mato garoto. - disse ela vindo abraçar a gente.

- Okay, tudo muito bom, tudo muito bem, mas vamos comer a sobremesa e comemorar um pouco essa união. - disse minha mãe sorrindo, meu pai já estava aos prantos de alegria.

- Mais tarde você não me escapa...- disse no ouvido do esverdeado disfarçando com um beijo no rosto.

Fim~

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