não há amores impossíveis (parte 1)

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(na multimédia, uma foto da Caterina)

Caterina POV

Quando o JJ me deixou sozinha no quarto, aproximei-me da janela e olhei para o jardim. A minha atenção caiu logo para cima do George e da Filipa.
Consegui perceber o quanto eles gostavam um do outro. E acreditem, fiquei mesmo muito feliz por ver o meu melhor amigo apaixonado!
Eu e o George já somos melhores amigos desde... muito tempo mesmo.
Foi ele que me apresentou ao JJ, e depois desse dia a minha vida deu uma volta de 180º e consegui ser feliz ao lado de quem mais amo!
Por isso era bom ver também o George feliz ao lado de alguém que o ama de verdade. Eles estavam tão felizes e isso via-se à distância!
Mas eu estava preocupada com eles, principalmente com a Filipa. Ela ainda não tem bem a noção do perigo que corre, até porque ainda só sabe da história do George. Eu poderia contar-lhe tudo o que ela ainda não sabe, mas ainda não me sinto preparada para o fazer. De qualquer forma, o George sabe de tudo e tenho a certeza que ele a irá proteger do Rick. Eu sei que ele não vai deixar que a Filipa passe pelo mesmo que eu passei...
Voltei outra vez à realidade, abandonando os meus pensamentos.
Vi o George a pegar na mão da Filipa, a puxá-la para ele e a beijá-la.

Filipa POV

EU: O que é que foi isto?

GEORGE: Desculpa, mas eu não consegui resistir... Desculpa...

Fiquei a olhar para ele, perdida nos meus pensamentos.
Se ele me beijou, é porque gosta de mim... certo? Ou será que ele fez isto só para gozar comigo? Hm, sinceramente não o estou a imaginar a gozar com os sentimentos de alguém...
Que confusão! Tenho a cabeça a mil! Se calhar o melhor era falar com ele...

EU: Eu acho que temos que falar sobre isto...

GEORGE: Também acho...

Senti que o ambiente entre nós ficou estranho.
Ele nadou até às escadinhas da piscina e saiu para fora de água. Eu fiz o mesmo e fomo-nos sentar na mesa do jardim.

GEORGE: Eu acho melhor falarmos sobre nós agora, antes que seja tarde...

Ao contrário das outras vezes, ele não olhava para mim enquanto falava. E para ser sincera, eu também não o conseguia encarar depois do beijo...

EU: Porque é que me beijaste?

GEORGE: Ouve Filipa, desde a primeira vez que te vi que eu senti que eras especial. Eu adoro estar contigo, adoro abraçar-te, adoro quando sorris... Adoro tudo em ti! Mesmo que tente eu não consigo evitar de pensar em ti a toda a hora! Eu até fico com borboletas na barriga quando estou contigo e fico sempre com um sorriso parvo na cara quando sei que vou estar contigo!

Enquanto falava, ele tinha-me pegado nas mãos e agora sim, já me olhava nos olhos.
Eu ouvia-o sem dizer nada. Senti o ritmo do meu coração a acelerar imenso. Ele estava a fazer-me uma declaração de amor?! Oh meu Deus... Conseguia ver que ele estava a ser impulsivo no que dizia, falava o que sentia quase sem pensar.
Não sabia o que lhe dizer, e por isso deixei que o silêncio se instalasse entre nós.
Ele olhava para as nossas mãos, e reparei que ele estava a tremer. Estaria nervoso, ou era o facto de ele ter acabado de sair da piscina e ter ido para a sombra?
Ainda estava eu a pensar no que tinha acabado de ouvir e já ele me perguntava:

GEORGE: Não dizes nada?

EU: Apanhaste-me de surpresa, não estava à espera que me fizesses uma... - faltou-me a palavra certa.

GEORGE: Uma declaração?

Assenti, enquanto corava.
Eu nunca soube lidar muito bem com estas situações. Mesmo que eu goste da pessoa, fico sempre atrapalhada.