não há amores impossíveis (parte 1)

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FILIPA POV

Estavamos a sair do aeroporto quando nos deparámos com um grupo de jornalistas e fotógrafos, que assim que nos viram, vieram logo a correr para nos fazerem perguntas.

JJ: Mas como é que estes gajos souberam que vínhamos hoje?! - refilou assim que os vimos a correr para nós.

- O que é que nos podem dizer sobre o acidente de Zayn Malik?

- É verdade que o Zayn e o George Shelley estavam envolvidos com gente de gangs problemáticos?

- E a Caterina? É verdade que no passado também esteve envolvida com esses gangs?

- Como é que se sentem por saber que o George e o Zayn já recuperaram dos acidentes que sofreram?

Estas e mais perguntas soavam à nossa volta.
Eu só queria esquecer tudo o que tem acontecido nestes últimos tempos, mas com todos estes jornalistas a falarem do assunto, era difícil esquecer.
Depois de muitas tentativas para sairmos do aeroporto, sem o conseguirmos fazer, o JJ e o Liam acabaram por ter que mandar embora toda aquela gente.

JJ: Por favor, nós estamos com pressa e não temos tempo para falar convosco!

LIAM: Nós não temos que vos dar explicações sobre o assunto que felizmente já está resolvido!

O Liam deu-me a mão para que eu não me perdesse e o JJ abraçou a Caterina pela cintura e pegou no Princeton ao colo. Com toda aquela confusão o Princeton ficou assustado e começou a chorar, o que também fez com que os jornalistas se afastassem um pouco.
Com esforço, lá conseguimos sair do aeroporto. O JJ, a Caterina e o Princeton entraram no carro do JJ e eu entrei no carro do Liam, que me levou a casa para deixar as malas e depois fomos a casa dele.
Mais de uma hora depois estávamos a caminhar pelos corredores escuros do hospital, à procura do quarto do Zayn.
Quando encontrámos o pessoal sentado numa das muitas salas de espera daquele corredor, fomos ter com eles.
O JJ, a Caterina e o Princeton já cá estavam, tal como os One Direction e os Union J, infelizmente cada uma das bandas com menos um elemento.
Assim que nos viram, todos nos vieram abraçar, e quando cumprimentámos toda a gente, a Mica veio ter comigo e pediu para falarmos em privado.
Afastámo-nos do grupo e ela começou a falar, mostrando-se nervosa.

MICA: Eu q-queria pedir-te desculpa p-por tudo. Sei que fui parva contigo, não te quis perceber, só pensei em mim... Eu nunca devia ter-te dito aquelas coisas, fui injusta contigo, desculpa...

EU: Esquece isso, não vale a pena pensarmos mais no que aconteceu. Eu só quero ter a minha melhor amiga de volta - abracei-a.

MICA: Obrigada...

Quando nos largámos ela contou-me que ela e o Josh já estavam juntos outra vez e contou-me o que a Raquel tinha feito. Confesso que fiquei a sentir-me culpada, mas ela descansou-me dizendo que nunca me iria trocar pela Raquel e que nunca se tinha arrependido de ter vindo comigo para Londres.
Depois de termos matado todas as saudades e de termos posto a conversa em dia, fomos juntar-nos novamente ao grupo.
Estavamos todos a conversar quando ouvimos passos no corredor.
Duas pessoas chegaram junto de nós e todos nós nos levantámos, e vimos o médico trazendo o George até nós.
Uma lágrima escorregou pelo meu rosto e um pequeno sorriso formou-se nos meus lábios.
Acho que a partir daqui o meu pensamento bloqueou, não consegui pensar em mais nada, já não ouvi ninguém.
Sem desviar o meu olhar daqueles olhos castanhos que também me observavam, caminhei na sua direção e abracei-o como se fosse a primeira vez que o estava a ver.
Senti que ao princípio ele estava hesitante, mas depois de uns segundos retribuiu o abraço e ficámos assim não sei quanto tempo.
Acho que o meu mundo parou completamente quando ele me beijou. Já tinha tantas saudades daquele sorriso, daquele brilho no seu olhar, dos seus beijos, dos seus abraços. Eu já tinha tantas, mas tantas saudades do George...