Psicopata

3- Murder

Casa da Ayana 06:27 am

Estava vendo as notícias antes de ir para a escola, como sempre, só más notícias...
-Acho que um nome mais correto para isso seria: Jornal sobre pessoas más! - comento desligando a televisão, fechando os olhos e suspirando.
Ainda de olhos fechados, me veio várias imagens e vozes na minha cabeça.
...
26° vítima...
Lá estava ela. Uma mulher de quase 30 anos que já matou e roubou várias pessoas, tudo por ganância. Ela era o que chamam de "mercenária" ou "caçadora de riquezas", nomes meio passados mas isso não vem ao caso.
Como dizia, lá estava ela. Jogada no chão, com hematomas em suas pernas e braços, um corte meio na diagonal profundo na barriga e um corte em seu peito no lado esquerdo.
Lembro bem de todas as expressões que fez a cada dor que a fiz sentir...
Quando eu a chutei e soquei suas pernas e braços, a fazendo ficar sem forças, ela havia se espantado, com certeza esperava que eu fizesse um ataque usando a minha faca, mas, meu objetivo não era só mata-la, eu tinha que ajuda-la a se preparar para o inferno que é onde ela esta agora. Foi satisfatório... Cada grito de dor que ouvia... Isso sim é prazer!
Quando ela sentiu a faca começando a entrar no seu corpo, não teve nem voz para gritar de tanto que doeu sentir sua carne se dividindo no local de sua barriga. Seus órgãos, artérias, nervos, pele, se dilacerando a fez sentir muita dor, percebi pelo olhar que ela lançou quando a atingi. Era um olhar de desespero, ela estava implorando para morrer pois a dor era insuportável! E assim fiz.
-Felizmente irá para o inferno, e pagará por todos os pecados que cometeu! - falei ao ajoelhar do seu lado - Se já quer morrer com apenas esse corte, não quero nem imaginar o que vai desejar quando começar a queimar eternamente. - continuo - Bom, é hora de deixar a minha marca...

30º vítima...

Um homem de 40 e poucos anos, ele já havia matado sua própria mulher por ela ter o traído e estava foragido, o mesmo era alto e forte.  Por causa do seu físico, eu não arrisquei muito, enfinquei a minha faca no seu peito pelas costas no local do coração. No mesmo instante ele caiu de joelhos, e quando retirei a minha arma do local, ele despencou lentamente no chão.

-Eu... eu te amo... Ell...Ellie. - foram suas últimas palavras

-Quem diria... No final das contas você a amava, não é mesmo? Bom, se é assim, sua morte te beneficiou também. E eu fiz o bem duas vezes em uma morte, pois deve ser doloroso conviver com a culpa de matar uma pessoa que ama. - eu me aproximo de seu ouvido - Agradeça a mim queimando no inferno!

Eu deixo a minha marca e me retiro.

32º vítima...

Um homem de 50 anos, baixo e gordo, ele era um político corrupto e já mandou matar várias pessoas para benefício próprio.

Provavelmente se eu matar ele, as pessoas vão começar a reconhecer meu trabalho e a polícia - que já deve estar investigando - vai começar a dar sinal de vida. Talvez eles reforcem a guarda noturna mas, pelo menos agora para tranquilizarem os cidadãos, eles digam o que estão fazendo nos jornais. Ou seja, ao mesmo tempo que aumenta o perigo, ele diminui.

A morte dele foi bem dolorosa, porque pessoas como ele me dão nojo, só não tanto quanto estupradores. Primeiro eu atingi seus braços, seria um problema deixar ele move-los. Depois, suas pernas. Em seguida, tendo o mesmo imóvel, arranquei sua língua num golpe rápido. E por último, um corte profundo que seguia do seu pescoço até o meio de sua barriga.

Antes de sair deixei a minha marca e escrevi um pequeno lembrete nas costas do homem.

"Eu sou Murder! A salvação para esse mundo, a única pessoa com coragem o bastante para eliminar o mal... Com as minhas mãos esse mundo se livrará de pessoas nojentas como este que matei."

Em seguida, me retirei do local.

...

No dia seguinte, segui a manhã como sempre faço ao acordar. Tomo café enquanto assisto jornal...
E sabe aquilo que dizem que notícia "ruim" chega rápido? Então... Já estava no programa sobre a morte daquele político imundo.

Após tomar café fui para a escola e na primeira aula já começaram a comentar sobre.

-Professora, a senhora ouviu a notícia sobre Murder? - Kamily perguntou. Kami era uma das minhas amigas mais antigas que eu tinha, ela era conhecida na sala como a informante, pois, era sempre a primeira a saber ou a espalhar as fofocas da classe.

-Sim, eu vi hoje no jornal. - a mais velha responde

-Murder? Eu não vejo jornal, alguém me explica? - Kevin pergunta, era o desinformado, mas não é para menos, a única coisa que ele faz é ficar jogando jogos de tabuleiro. Nem ler ele gosta...

-Bom, é que ontem a noite um político que esqueci o nome morreu. Na verdade, foi assassinado por esse tal de Murder... - Kamily explica

-Eu perguntei quem é Murder, não o que ele fez! - o loiro reclama arrogantemente e Kami suspira

-Murder é um assassino em série que andou matando pessoas - pra ser mais exata, criminosos - com o ideal de livrar o mundo de gente como estes que matou... - ela o responde tentando manter a calma

-Ah... Tipo um Kira da vida? - John pergunta. Ele era o classe média da turma - literalmente era mediano, suas notas eram medianas, seus pais não ganhavam muito mas não ganhavam pouco e ele não tinham muitos amigos mas não tinha poucos - e assim como eu, otaku.

-Pelo jeito, é praticamente um Kira sem o Death Note! - comentei

-Nunca pensei que fosse ver isso. Tipo, Kira na vida real? É meio louco, não acham? - John fala

-Tem razão! Muito louco! Nunca imaginei que isso pudesse acontecer... - Carol o responde. Ela era apaixonadinha por ele, então sempre tentava fingir que conhecia/gostava das mesmas coisas que ele. Isso inclui animes. Ah, e também minha melhor amiga.

E o resto da aula passa normalmente...
Mas, como eu esperava que fosse, o assunto do dia foi Murder.

...

No caminho de volta para casa...

Eu vou até meu esconderijo, precisava planejar algumas coisas para continuar com o meu projeto.

Um tempo depois...

-Então é isso! Tenho certeza que esse plano vai ser perfeito. - eu sorrio satisfeita

Continua...

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Curiosidade:
A marca da qual a Ayana/Murder estava se referindo, é um pequeno símbolo no formato de um simples gato (tipo aqueles gatos que uma criança de 8 anos faz, só que apenas a cabeça) no qual ela deixa, usando uma lâmina, no peito de suas vítimas.