Masquerade

Ato 1 - O Fantasma da Ópera se apresenta

Olá, espero que todos estejam bem e tenham tido uma boa passagem de ano.
Finalmente voltei com fic nova! Antes de começar, alguns avisos:
1. A história é baseada no livro e no musical O Fantasma da ópera. Caso você conheça a história, já tem uma noção do que esperar (ainda que eu tenha tomado alguns caminhos diferentes). Se você não conhece, adianto que essa é a história de um triângulo amoroso e por isso essa é uma história que contém um segundo ship: Zevi.
2. Eu sei que a maioria não gosta do ship e eu mesma não shippo, porém ele era necessário para a história acontecer. Então, por favor, mesmo se você não gostar de Zevi, dê uma chance essa fic.
3. Minha ideia original era postar a fic em dois "atos", imitando o formato do musical, entretanto notei que era assunto demais para dois capítulos e optei por dividir a história em três partes. Pretendo atualizar semanalmente.
4. Eu geralmente faço playlist para as minhas fics, porém optei não fazer para essa. Caso desejem uma trilha sonora, sugiro a apresentação do aniversário de 25 anos: "The Phantom of opera at Royal Albert Hall" (youtube/spotify).
5. Optei por manter uma linguagem mais rebuscada nesta fic, para combinar com a época da história e ajudar na ambientação.

Dito tudo isso, espero que gostem!

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No nono arrondissement de Paris, à direita do rio Sena, um imponente prédio em estilo neobarroco se destacava no horizonte. Ao final da tarde, uma carruagem solitária parou próximo às escadas da entrada principal. 

Em poucas horas, a paisagem seria tomada pelas luzes, diversas carruagens, madames bem-vestidas e cavalheiros de porte altivo. Naquele momento, entretanto, apenas um homem alto, de olhos azuis sagazes, cabelos e barba loiros, subia as escadas e atravessava as imensas portas para o saguão. 

O ambiente era estarrecedor. Magnífico. Uma verdadeira obra-prima que prendia os olhos azuis atentos. Passos rápidos, à esquerda, atraíram a atenção do homem, o distraindo de seus pensamentos sobre a magnitude daquele lugar.

Um jovem apressado, com cabelos escondidos por uma boina e carregando uma pesada peça de roupa - um figurino para aquela noite, talvez? -, surgiu em seu campo de visão.

"Boa tarde, meu bom jovem. Sou o Conde de Valois, Zeke Yeager. Eu tenho uma reunião com os dirigentes desta ópera", o homem se dirigiu ao rapaz, o interrompendo.

"Boa tarde, monsieur Conde", a surpresa perpassou pelo semblante do mais novo, porém ele se recompôs rapidamente, "Avisarei imediatamente a sua chegada aos senhores, se puder me acompanhar, por favor", ele completou, guiando o Conde até uma antessala no andar superior.

Sem cerimônias, Zeke sentou-se na cadeira dourada com estofado carmim para aguardar, enquanto o assistente entrava na sala dos dirigentes. Ao abrir a porta, um furor chegou até os ouvidos do Conde, porém o som foi rapidamente abafado com o fechar da passagem.

Cerca de dois minutos mais tarde, um homem de cabelos grisalhos e postura invejável surgiu à porta. Aquele era Darius Zackly, um velho amigo da tia de Zeke. Havia sido ideia dela que o Conde virasse patrono da Ópera Garnier. Uma ideia óbvia, entretanto negligenciada pelo jovem Yeager.

Ele estava de mudança para Paris e desejava se tornar o patrono de alguma boa causa cultural. A Ópera era a melhor resposta para si. Havia uma memória afetiva ali. Sua mãe, uma amante das mais diversas artes, sempre contava belas lendas sobre as óperas de Paris quando ele era pequeno, porém o local não tinha vindo imediatamente à sua mente.

Seria um erro terrível, em sua concepção, se ele tivesse escolhido uma causa diferente. A Ópera Garnier era nova, porém vinha sendo chamada de "Ópera de Paris" e atraindo a atenção de todos os amantes de ópera da Europa.

"Conde, é uma honra enfim conhecê-lo. Por favor, entre e se reúna a mim e a meu parceiro, Dot Pixis", Darius deu um sorriso afável ao nobre, mas era possível notar - através de seus cabelos levemente desalinhados e respiração pesada - que algo de errado acontecia.