Olá, pessoal! Como estão?Chegamos ao último ato da fic e quero agradecer imensamente todos que comentaram e deixaram uma curtida. Eu sei que o estilo de escrita e o fato de ter Zevi deve ter afugentado várias pessoas, mas não nego que fiquei muito feliz com o resultado final e sou grata a todos que me acompanharam até aqui.Muito obrigada e boa leitura.
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"Ah, meu caro amigo, que forma magnífica para reinaugurarmos nossa ópera. Um baile de máscaras! Ideia fantástica, Dot. Manignifique!", a voz de Darius era de mais puro contentamento. Ele estava vestido de Brighella, um dos vários personagens da Commedia Dell'Arte, comumente conhecida no país como comédia italiana."Muito obrigado, meu caro", Dot sorria. O salão principal do Palais estava lotado de pessoas mascaradas cantando, dançando e bebendo. Era uma belíssima festa e marcava a reabertura do Palais Garnier, seis meses após o incidente com o lustre.
Era difícil saber o que teria acontecido se não tivessem o Conde de Valois como patrono. Talvez jamais conseguissem desfazer a má impressão deixada pelo incidente e nunca teriam dinheiro para reconstruir o lustre e a plateia da ópera. As pessoas para sempre diriam que o Palais Garnier havia sucumbido ao poder de seu temido Fantasma.
Porém, passado todo o caos, eles queriam deixar aquele episódio para trás e um baile de carnaval era o começo ideal.
O antigo primo uomo, Pierre Lefebvre, decidiu deixar a ópera por bem. Após todos os incidentes, o homem não quis saber quem estava por trás das cartas, deixando Paris - ainda afônico - após ler as manchetes sobre o evento com o lustre. A sua partida abria espaço para o jovem Levi Ackerman de maneira definitiva, e isso era tudo o que todos falavam.
O jovem rapaz não poderia estar mais deslumbrante naquela noite, ao lado do Conde de Valois. Com frequência, os olhares das pessoas se voltavam para o jovem, e ele escondia o rosto atrás de sua máscara negra, um complemento a sua fantasia de céu noturno.
Apesar de estar feliz com a oportunidade, Levi já sentia o peso daquilo em seus ombros.
Nos meses após o incidente do lustre, nada se ouviu sobre o Fantasma. Sem atrasos, Zackly passou a pagar os vinte mil francos do homem através de Mademoiselle Zoe. Fosse por isso, ou por qualquer outro motivo desconhecido, as obras da ópera transcorreram sem problemas. E nenhuma nova carta chegou.
Havia sido também nesse período que Levi pesquisou a fundo a possível história do Fantasma.
Dada a sua distância do Palais, os dois não se viram mais, porém, com alguma frequência, o jovem tinha a impressão de encontrar a face mascarada de Erwin entre os diversos rostos desconhecidos que ocupavam as ruas de Paris.
Às vezes, no curto caminho entre seu café favorito e seu pequeno apartamento, um encontro de olhares, quase como um lampejo, acontecia, e era algo tão rápido que Levi ficava em dúvida se tinha mesmo ocorrido ou se não passava de uma lembrança dos olhos tão azuis de seu mentor. Em outros momentos, era o vislumbre de um homem vestido de negro e encapuzado no lado oposto da rua, olhando diretamente para a janela do segundo andar - a janela de seu apartamento -, que lhe chamava a atenção. Em todas as situações, quando Levi tentava confirmar suas suspeitas, o homem - Erwin ou não - já havia desaparecido.
O fato era apenas um: mesmo sem estar na ópera, Levi passava a maior parte de seu tempo pensando em Erwin e quem era aquele homem.
Por semanas, ele debruçou-se sobre notícias antigas na biblioteca nacional, em busca de qualquer citação ao nome de Erwin ou qualquer história que remetesse a quem ele era. E por semanas, Levi acreditou ter sido enganado pelo homem.
Talvez não existisse nenhum Erwin antes do Fantasma. Talvez aquele fosse um nome inventado no calor do momento ou, ainda, um pseudônimo. Afinal, não parecia existi qualquer vestígio de sua existência, apenas pequenas notícias em jornais sensacionalistas sobre uma assombração no Palais Garnier que se estendiam por quase uma década, começando um pouco depois do teatro ser inaugurado.
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Masquerade
Fiksi PenggemarNa Ópera de Paris, circula a lenda de um homem desfigurado que comanda tudo ali. Entre bailarinas, atores e funcionários, não existe nada além dos rumores. Há quem duvide, mas a maioria já viu demais e não encontra opção além de acreditar na lenda d...