⋆》CAPÍTULO 01: CAMINHOS DISTINTOS《⋆

378 72 763
                                    

Ele a observava no pátio dos soldados enquanto almoçava

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ele a observava no pátio dos soldados enquanto almoçava. A princesa estava em um andar alto o bastante para não percebe-lo, ainda estava gravado em sua mente aquele olhar furioso de quando o tiro passou de raspão. Ela conseguia marcar sua presença de autoridade de uma forma intimidadora mesmo que parecesse tão indefesa.

Havia salvado a vida dela e não recebeu nem mesmo um simples obrigado, pelo contrário, além de um sermão, estava fadado a um aumento de doze horas a sua escala de turnos. Quando aceitou trabalhar na capital da província pensou que o castelo teria um ritmo mais tranquilo, no entanto, o fluxo de trabalho era tão cansativo quanto no quartel em que se alistou primeiramente.

Se levantou ao finalizar o almoço e levando sua bandeja de volta para o refeitório sentiu olhares hostis o acompanhando. Havia pelo menos metade de sua companhia naquela área, mas sabia que os olhares vinham de um grupo a sua esquerda, eles não faziam nem questão de disfarçar.

Deixou a bandeja junto das outras e virou na direção da porta para o acesso aos dormitórios, todavia percebeu o grupo se levantar das mesas e caminhar em sua direção.

Eram em quatro, o líder estava na patente de terceiro sargento e os outros eram cabos. Todos de patentes superiores ao novato, mas pareciam crianças brincando de polícia e ladrão. O líder do grupo se colocou à frente dele, o peito estufado e olhar sério fazia parecer um pombo ao invés de torná-lo maior ou intimidador, ele sorriu torto e disse:

— Olha só, o novato vindo da fronteira. — O loiro lhe encarou com desinteressante — Se você ainda não sabe, deve prestar continência ao seu superior. — Advertiu.

— Não irei prestar continência a uma criança com mania de grandeza — respondeu e tentou seguir em frente, no entanto, o soldado o segurou pelo braço com força e continuou:

— Onde pensa que vai? — O loiro estava se contendo para manter a calma, no entanto, nunca conseguiu ser paciente, principalmente com aquele tipo de gente —, está se achando muito só porque capturou a princesa, verme da fronteira.

Dando de ombros, prosseguiu para a porta quando sentiu um punho atingir seu rosto. Havia tentado cumprir a promessa que fez a si mesmo, queria não se envolver em problemas. Todavia ninguém. Absolutamente ninguém, mexeria com ele sem que provasse de uma amostra do que era treinado nos exércitos da fronteira.

...

Da varanda do salão de festas do castelo, Fayla observava a anã-vermelha se pôr sobre o céu alaranjado de Gliese. Seus olhos observavam o reflexo da barreira, era a melhor visão que tinha para a cidade, conseguia ver desde os prédios até às colinas ao oeste da província.

Império De NebulosasOnde histórias criam vida. Descubra agora