Capítulo 2 (Bagunçando a Fralda)

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Estou caminhando em um beco escuro, não consigo ver nada, ouço apenas um tilintar de água em algo feito de ferro, o ar húmido e frio faz minha pele arrepiar, meu coração acelerado faz com que minha respiração fique pesada, sem perceber estava andando em direção ao tilintar, quando me aproximo vejo que é apenas uma torneira mal fechada pingando em uma pequena tigela de alumínio, uma sede repentina me atinge, abro a torneira enchendo a tigela, ao ponto de transbordar levo a tigela até a minha boca, começo a tomar sem parar, a sede insaciável me faz repetir, de novo e de novo, então sem aviso sinto algo quente escorrer entre minhas pernas, tento ver o que é mas a escuridão não me permite, uma subida dor no meu abdômen me faz querer forçar a saída desse liquido, começo a forçar tudo para fora, quanto mais força eu fazia mais desse liquido saia de mim, era tão quentinho e aconchegante, os calafrios tinham parados e meu medo se foi, mas um forte desconforto se formou ao meu redor como se alguém estivesse me observando, sinto uma mão me cutucar, olho para trás e não vejo nada, andando em direção ao toque escuto alguém chamar minha voz.

Desconhecido: Acorde bebê.

Um forte clarão se forma na minha frente, ando em direção a voz e a luz, quanto mais perto eu chego menos liquido escorre das minhas pernas, a voz vai ficando mais e mais alta, quando encosto na luz um clarão me cega e uma suave voz me diz.

Desconhecido: Acorde bebê.

Abro meus olhos rapidamente, uma forte luz faz eles arderem, fecho eles ligeiramente, tento colocar minhas mãos para tapa-los mas elas não se movem, puxo com força, mas estão grudados abaixo dos meus seios firmemente amarrados, tento mover minhas pernas inutilmente, sinto algo manter elas separadas, quando movo minha bunda sinto algo macio e molhado com algo morno, volto a piscar ligeiramente para me acostumar..... depois de alguns segundos consigo ver tudo normalmente, olho ao redor e estou dentro de algo parecido com um quarto acolchoado mas a frente uma enorme parede de vidro com alguns furos, as paredes o teto e o chão estão completamente acolchoados, olho para minhas pernas e vejo um ferro com algemas feitas de couro as separando(um separador de pernas), olho mais para baixo e estou usando uma camisa-de-força com muitas amarras nos braços, faço força novamente, meus braços não se movem um centímetro, me inclino para frente para ver a coisa húmida, então me deparo com uma fralda amarelada "eu estou usando uma fralda? e ainda por cima fiz xixi?" pensei, um cinto de couro passava no meio da fralda apertando ela contra minha vagina firmemente "é como usar uma almofada" pensei, olho ao redor e vejo uma câmera no canto superior direito, um ruído horrível surgiu pelo cômodo.

Voz estranha: A bebê acordou, já estou indo te ver.

Sem saber o que estava acontecendo tento me lembrar de algo.... mas minhas memórias estão nebulosas, começo a me debater e tentar me libertar... sem sucesso, cada movimento que eu fazia o amassado da fralda era nítido, olho para minha pele e está totalmente clara e limpa, olhando para meus ombros meu cabelo que antes era um rosa sem vida e sujo agora estava vibrante e tão limpo e cheirava a camomila, escuto alguém bater no vidro, olho para frente, a médica estava parada ali dando um sorriso, mesmo estando em uma situação dessas não consigo ficar brava... "mesmo sendo algo horrível era melhor do que estar na rua, eu acho" pensei, ela abre a parede de vidro que sobre rapidamente, ela entra carregando algo nas suas costas, a médica e ajoelha na minha frente.

Médica: Quem bom que você está bem, espero que nada esteja desconfortável.

Anissa:........

Tento falar mas nenhuma palavra sai da minha boca.

Médica: (Risadinha) Que fofa, não tente falar, é um dos efeitos da injeção, deve passar em alguns minutos... vamos fazer assim eu vou fazer perguntar por você ai se quiser saber a resposta balance a cabeça uma vez e não que fique quieta, quer saber o que aconteceu com você?

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