Capítulo 2 - Conhecendo o (possível) novo professor

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12 de Julho de 1996 às 23:40.
Era difícil para Amber estar fora do colégio com o homem que impediu-a de estudar em Hogwarts desde o seu primeiro ano, que levou seu irmão para os Dursley... Ela não demonstrava explicitamente o rancor que sentia por estes acontecimentos, mas ela quase nunca conversava com o diretor, ao contrário de Harry.
Mas, ao que parece, o bruxo percebeu que ela poderia ser importante para a guerra. Amber odiava a sensação de estar agindo como um peão, mas o que ela poderia fazer? Não havia ninguém que Voldemort temesse mais do que ele. Outra coisa era que ela não conseguia guardar raiva de alguém por tanto tempo. O diretor havia errado muitas vezes, mas ela entendia o seu desespero, o desespero de todos para se livrar de Voldemort de uma vez por todas.
Dumbledore estava animado para chegar... Seja lá onde eles estavam indo. Mas com que a Srª Weasley disse, provavelmente, seria para algum lugar onde pudessem encontrar Slughorn.
Em certa ocasião, Marlene já lhe contara sobre o professor, mas o que confundia Amber era que Slughorn era professor de Potions e ela não sabia o que pensar sobre isso... Talvez o professor também fosse especializado em Defense Against the Dark Arts. Talvez o professor Snape tivesse sido demitido e,além de procurar um professor para DADA, também precisava procurar um professor par Potions. Tinha que ser alguma das duas, porque a última opção não a agradava muito.
Apesar do que Dumbledore ou o próprio Snape diziam, ele era um Death Eater.
— Mantenha a sua varinha à mão, Harry — disse Dumbledore, animado, interrompendo os pensamentos da ruiva.

— Mas pensei que não tinha licença para usar magia fora da escola, professor — disse Harry.

— Na verdade, pode se não for detectado — murmurou Amber, mas foi escutada da mesma forma — Tem alguns pais que não deixam, como a Srª Weasley, mas tem outros que permitem que os filhos pratiquem durante o recesso escolar. O Ministério só detecta magia em volta de bruxos menores deidade, se você morar em uma residência muggle sem nenhuma outra presença bruxa, receberá advertência.

"Eles não detectam elfos domésticos" Harry lembrou-se de suas férias após o primeiro ano.
— Mas se você morar em uma residência bruxa como os Weasley... Jamais poderão provar que foi você — finalizou Amber, dando de ombros.

— Você percebeu que está se entregando na frente do diretor? — brincou Harry.

— Eu fico extremamente curioso para saber como o Ministério não detecta suas atividades incomuns, senhorita Potter — disse Dumbledore, divertido.

— Não é como se eu fizesse sempre. Ainda mais no meio de um bairro muggle — Amber deu de ombros, um pouco envergonhada — Onde vamos que possivelmente teremos que usar contra-feitiços ou contra-maldições?

— Qualquer lugar, atualmente, precisará que mantenhamos as varinhas em punho. Mesmo assim, duvido que vão precisar — respondeu Dumbledore.

— Por quê? — perguntou Harry.

— Porque estarão comigo — disse Dumbledore, simplesmente.

— O senhor não respondeu a minha pergunta — resmungou Amber, fazendo o diretor rir levemente.

— Aqui está bom.
O bruxo pareceu bruscamente no final da Privet Drive.
— Naturalmente, vocês ainda não passaram no teste de aparatação, não é? — perguntou.

— Não. Pensei que precisava ter dezessete anos — respondeu Harry.

Amber não respondeu, Marlene já a ensinara a aparatar, para algum caso de emergência. De qualquer forma, seguia sem ter a autorização oficial do Ministério para fazê-lo.
— Precisa. Então, segure com força no meu braço. No esquerdo, se não se importar... Você deve ter reparado que o braço com que seguro a varinha está um pouco sensível no momento.
"Esse é o eufemismo do século" pensou Amber, segurando a mão de Harry.
— Bem, então vamos.
Tudo em volta deles escureceu. A impressão que passava para quem aparatava pela primeira vez era que estava sendo puxado para todos os lados, não dava para respirar direito, pois era como se estivesse se espremendo por um tubo de ferro, todas as partes do seu corpo estavam retornando para dentro.
Não era uma sensação agradável, mas, ao menos era um modo de locomoção mais rápida. Amber manteve apertando a mão do irmão, desconfiava que era a primeira vez que ele aparatava. Harry respirou fundo, mas não vomitou (ainda bem) nem nada. Ele parou por alguns segundos, então olhou em volta, percebendo finalmente que tinha aparatado.
— Como você é lerdo! — murmurou Amber, soltando sua mão da dele.

Laços de Guerra - 3ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora