Capítulo 13 - Poções úteis e Ginny is free!

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11 de Março de 1997.
Quando acordou foi porque ouviu vozes ao redor dela e sentiu uma dor incômoda no lado do pescoço.
— Amber, está acordada? — ela ouviu Marlene sussurrar.
— Eu vou matar a Sarah — resmungou, enquanto se virava para o outro lado, fazendo Marlene e outras pessoas que estavam lá rirem.
Amber piscou várias vezes, tentando se acostumar à claridade.
— Por quanto tempo eu dormi agora? — não saiu mais que um murmuro.
— Um dia — respondeu Hermione, levantada do lado de Marlene.
— Se queria fazer companhia a seu irmão chegou um pouco atrasada já que Harry e Rony foram liberados ontem — brincou Hannah do outro lado da cama.
— Que merda — reclamou, sentando-se lentamente — Eu acabei dormindo quando vocês fugiram da Madame Pomfrey.
— E Sarah teve a sorte de dar de cara com o Filch — observou Hannah, divertida.
— Tinha que ser! A segunda pessoa com a pior sorte que eu conheço — disse Amber.
— Se você dormiu é porque ainda tinha energias a recuperar — disse Marlene, sabiamente — Aproveitei para conversar com Dumbledore. Ele me contou o que aconteceu e pediu para que, quando a Madame Pomfrey lhe liberasse, para ir conversar com ele.
Amber suspirou, já esperava algo assim.
— É melhor eu ir, tenho aula de Spells agora. Melhoras, Amber — despediu-se Hannah, levantando-se para sair com Hermione que também tinha aula agora.
— Eu vou avisar a Harry que você acordou — disse Hermione, antes de seguir Hannah.
— Eu não vou dizer nada, pois creio que o professor Dumbledore dirá o suficiente por nós dois — disse Marlene e levantou o rosto para a porta — Olhe só quem chegou.
Amber escondeu o rosto no lençol quando viu que era Oliver. Definitivamente, iria matar Sarah.
— Você devia se preocupar por Harry. Ele quem teve o crânio rachado aqui e não eu — reclamou para Marlene.
— Às vezes eu envio umas cartas para ele. Remus não tem tido a oportunidade — disse Marlene, antes de sair pela porta aberta.
— Eu estou bem — disse Amber em voz alta, antes que Oliver dissesse qualquer coisa — Você joga quidditch, sabe como é.
— Nós dois sabemos muito bem que não foi ferimento causado pelo quidditch — retrucou Oliver, com os braços cruzados.
— Mas foi conseqüência de um jogo — respondeu Amber, tirando o rosto do lençol e dando o sorriso mais inocente que ela conseguiu, fazendo-o rir — É sério, vocês não deveriam ter se preocupado tanto. Foi exagero da Sarah!
— Nós não escolhemos se vamos nos preocupar ou não — disse Oliver — Simplesmente nos importamos com quem amamos.
— Eu volto mais tarde.
Amber começou a gargalhar ao ver Harry dar meia volta e sair andando para fora da Ala Hospitalar.
— Suponho que poderia ser pior — murmurou Oliver, divertido — Eu sou simplesmente insuportável com os namorados da minha prima. Só que eu não consegui espantar o último e o pior é que ele joga no time.
— Não entendo a necessidade de vocês homens de acharem que não podemos nos proteger — disse Amber.
— É uma prova. Se você passa, nós te deixamos em paz — explicou Oliver.
— A prova é tentar assustar o namorado?
— Exatamente!
— É irritante do mesmo jeito.
Oliver olhou para a porta aberta da enfermaria rapidamente, antes de se virar de volta para ela.
— Ela vai ser tipo minha sogra? — perguntou referindo-se a Marlene.
— Considerando que ela me cuida desde que eu sou criancinha... — Amber deixou a resposta inconclusa — Não reclama. Eu não tenho padrinho.
Oliver levantou uma sobrancelha para a mentira e ela desviou o olhar.
— Você pode ter tantas folgas no quidditch assim? Ô vida boa! — disse Amber, mudando de assunto.
— Eu só dei uma folga três vezes esse ano — disse Oliver — Agora, o passeio para Hogsmeade e a festa de Slughorn.
— E quando você vai ter férias? — perguntou Amber.
— Talvez... Hã... — ele parou para pensar um pouco — Em Julho, eu acho. 
— Você acha — repetiu Amber.
— Dá um tempo, Amber. A gente tem que ganhar esse campeonato.
— Tem a Copa do Mundo de 4 em 4 anos, a copa dos times da Grã-Bretanha e a copa dos times da Inglaterra. Os times da Inglaterra ocorrem no primeiro semestre e os da Grã-Bretanha ocorrem no segundo. Não duram tanto tempo assim, Oliver. Você não acha que está exagerando?
— Nós vamos tirar férias. Talvez uns três meses antes da copa da Grã-Bretanha. Só que você esqueceu da copa da Europa. Eu nunca disse que seria fácil namorar com um jogador de quidditch!
— Eu não acho difícil.
Amber olhou por cima do ombro para o escritório da Madame Pomfrey e voltou a olhar para ele.
— Acho que a Madame Pomfrey não vai se importar se eu cumprimentar o meu namorado.
Ele também sorriu cúmplice e eles se beijaram.

Laços de Guerra - 3ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora