3. Passado.

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SINA.

Seis anos atrás, dia da descoberta.

Qual a probabilidade de eu estar grávida de um estranho mega idiota e aos dezenove anos?

98%.

Ou talvez 100%.

Não fiz o teste, mas o tenho em minhas mãos. Any, minha colega de quarto, não teve dúvidas na sua resposta quando contei sobre o que estava sentindo nos últimos dias, não sei como ainda não entrei em pânico total.

Vai por mim, crianças não são adoráveis quando nascem. Choram o tempo todo e droga... são pequenos capetinhas.

Não quero um filho.

Ando pelo campus a procura de onde os jogadores de futebol americano costumam ficar e lá está ele. Noah Urrea, um dos garotos mais sexy daqui que curiosamente é o garoto que tirei a virgindade a um pouco mais de dois meses atrás e fica ainda mais impressionante, eu estou grávida de um filho seu!

Exatamente, nunca diga que as coisas ruins não podem piorar.

— Ei, Urrea. — Eu digo, chamando atenção de seus amigos.

Não estou usando nada além de um vestido de verão, curto, mas comportado. Mesmo assim seus amigos me olham como se fosse um pedaço de carne, me cumprimentam e sorriem. Idiotas.

— Pode falar, gatinha. — Urrea diz, confiante.

Engraçado que ele não parecia tão confiante quando assumiu ser virgem na minha cama. Nem quando eu estava chupando seu pau como se fosse um dos melhores doces do mundo. Muito menos quando passamos a noite toda transando, ou quando proporcionei muito prazer a ele.

Estúpido. Isso nunca vai dar certo.

Acho melhor eu voltar casa e depois me enforcar com um cadarço.

— Precisa ser a sós. — Eu digo, fazendo com que seus amigos o olhem de forma maliciosa.

Noah assente indo em direção a um corredor aparentemente vazio. Respiro fundo sentindo uma imensa vontade de chorar pela primeira vez, quais as chances de ele chutar minha bunda? Muitas e muitas.

— Pode falar. — Noah diz.

— Eu estou grávida. — Digo, sentindo um peso sair das minhas costas.

— Parabéns. — Noah sorri.

O que?

— Eu estou grávida e você é o pai. — Reformulo.

Noah fica pálido e por um momento penso que ele vai desmaiar.

— Quem te garante?

— Eu te garanto. — Digo. — Quer dizer, ainda não fiz um teste, mas as chances de ter uma criança em mim é grande.

— Como você sabe se nem faz um teste? — Pergunta, indignado.

Meus olhos vacilam. Dois meses de gravidez e os efeitos batem com tudo que Any falou, sinto enjoos o tempo todo e essa conversa está me deixando exausta.

Quero chorar como uma criança.

— Eu sei que é doido, mas eu estou te falando que estou grávida porque tenho certeza disso. E se você quer ir embora ou qualquer coisa, pode ir, só estou te contando pois é um direito seu de saber. — Digo, fazendo Noah me encarar por segundos.

— Ok. Você não quer fazer um teste?

— Eu vou fazer. — Digo, dando as costas para ele.

Segundos depois o garoto aparece do meu lado. Estou muito nervosa para pensar.

— Vou com você.

[...]

Nós dois encaramos os três testes em cima da pia. Todos eles positivos, meu coração está disparado e Noah parece congelado no mesmo lugar, tão apavorado quanto eu estou. Nós vamos ter um filho. Uma criança. Um bebê. Alguém chorando e tirando nossas noites de sono.

— Parece que você está grávida mesmo. — Noah diz, dando um sorriso que desaparece logo em seguida.

Sinto os braços do garoto em volta de mim, ele excita até que eu o abrace de volta. Urrea garante que está tudo bem, mas estou longe de aceitar a verdade.

💌

não queria colocar eles como pais tão novos assim, mas eu sei que tem pessoas que, estranhamente, detestam pessoas um pouco mais "velhas" em fanfic. O que não é meu caso, mas tudo bem.

alltoonona,
:).


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