Capitulo 6

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Ayla Rodrigues
Sexta feira
06:13am

Uma das coisas que eu sempre gostei de assistir era o Nascer do Sol, Desde mais nova. Com o passar dos anos eu acordava antes de Clarear apenas para ter o prazer de visualizar a Obra divina que tínhamos o vislumbre de apreciar.

Ouço um resmungo quase que inaudível, Viro rapidamente meu rosto caminhando até o cara que Pica-Pau havia trazido ontem a noite com um Ferimento de Bala.

No Instante que ele me apareceu aqui jorrando Sangue, Eu olhei pra a Cara dele com a famosa expressão de Paisagem e perguntei o que ele queria que eu fizesse. A cada dia que passa vejo maior a dificuldade deles de diferenciar uma Enfermeira de uma Médica Graduada.

Não tive muito o que pensar quando seu Amigo me forçou a cuidar do Ferimento em aberto.

— Tudo bem. — Eu havia dito no instante que recebi uma ameaça de morte, Aponto para o Colchão e peço que eles coloquem o cara lá. — Qual é o Tamanho da Bala? — Pergunto rasgando a Camiseta que o cara baleado usava.

— Sei lá mano, Como eu vou saber essa porra? — respiro fundo mantendo minha paciência.

Vejo que nenhum deles irão me ajudar, Com o Kit de Emergência em mãos fui obrigada a remover a Bala na Marra sem Anestesia ou monitoramento dos Sinais Vitais apenas com uma Tesoura de Ponta.

O cara apagou no meio do Procedimento, Não houve tanta complicações por conta do Tiro não ter afetado nenhum Órgão.

— Como você tá se sentindo? — Pergunto ao me aproximar dele, O vejo erguer a Cabeça levemente me fitando com a expressão confusa.

— Ih tio, eu tô no céu é? — Sua voz saí rouca e profunda.

— Você levou um tiro, seus amigos..

— Caralho, tu é muito gata. Eu tô no céu né mermã? — Ele se senta com dificuldade, a mão automáticamente vai até o Ferimento em sua coxa.

— Não, e não espere que vá para o céu. — Aponto sabendo que pessoas que Roubam e matam por Dinheiro passaria longe da Carreta que os levaria até o Céu. — Me chamo, Ayla. E estou sendo Obrigada a cuidar do seus Ferimentos. — Me ajoelho ao seu lado próximo ao Colchão, Tendo seus olhos presos nos meus com curiosidade.

— Então é verdade, Titona vai te prender aqui pra cuidar dos Parças? — Dou um meio sorriso com a sua pergunta, Eu so esperava que isso acabasse logo.

Peço licença ao tocar na sua Pele para abrir o Curativo que já estava bem unido, Me levanto em busca do Kit de Emergência e retorno para remover o Curativo velho e o substituir por um novo.

— Valeu aí. — Ele agradece assim que me terminar.

— Como está se sentindo? — Pergunto o fitando.

— Tô bem tio, sou braço duro de roer. — Brinca, Sustento um Sorriso durante um tempo. — Vem cá, os mano te trata bem aqui? — Procura saber.

— Na medida do possível sim. — Puxo o Zíper do Kit de Socorros.

— Tu é firmeza velho, me ajudou aí não tem que ficar presa. — Comenta. — Aliás, me chamo Silas. — Se apresenta estendendo a mão

— Bom, Silas. Tome cuidado se não quiser que esse Ferimento Infeccione. — Aviso me colocando de pé.

— Se infeccionar tu cuida também? — Procura saber.

— Não sou Médica, Sou apenas uma Enfermeira. Você precisaria de Antibióticos e seus Amigos teriam que correr pra conseguir eles. — Ressalto pousando o Kit em cima da Mesa. — Está com fome? Eu posso pedir que os Vigias tragam algo para você comer. — Ele estreita os olhos após minha fala.

Destino traçado (Morro) - Vinnie hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora