Traumas com o papai

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Estava chovendo, era por volta de umas 17h, a casa estava escura e silenciosa, apenas o barulho das gotas de chuva era ouvido.

O pequeno loiro, estava em seu quarto, o iluminando com uma pequena lanterna.

— Onde está? — Ele revirava uns brinquedos em sua prateleira na parede cinza. — Pensei que estivesse aqui. — Suspirou, triste por não ter achado o que procurava, entretanto, sua atenção logo foi chamada por um barulho vindo de fora — parecia vir do quarto de seus pais.

O loiro foi correndo até o local, e quanto mais se aproximava, mais lento seu passo ficava, ele queria chegar silenciosamente sem ser notado.

Quando chegou em frente ao quarto, olhou pela brecha da porta para ver o que estava acontecendo, e, seus olhos brilharam ao ver seu macaco de pelúcia na cama. Antes que pudesse ir pegar o brinquedo, a porta foi aberta, o surpreendendo ao ver a figura raivosa em sua frente — seu pai, Grisha.

Ele estava com sangue nos olhos, sua expressão seria, o aperto em sua mão, seu passo e respiração, tudo indicava que este homem iria explodir de raiva.

Antes que pudesse reagir, uma voz feminina familiar o chamou.

— Zeke! — Era sua mãe, encolhida na parede atrás do seu pai, o chamando.

— Mamãe! — Preocupado, com medo, inseguro, Zeke chamou sua mãe com aquela voz chorosa.

Antes que pudesse ir até a mulher, Grisha o empurrou.

As pequenas costas do garoto tiveram contato com a parede, ele gemeu de dor, seu pai era maior e mais forte, o que ele poderia fazer?

Antes que seu pai pudesse seguir em frente, sua mãe, Dina, o agarrou por trás e o arranhou com suas unhas.

— Não faça isso com o meu filho! — Ela gritou.

Assustado ao ouvir os gritos da mãe, lágrimas começaram a se formarem nos cantos dos olhos do Yeager — ele iria chorar mais uma vez ao ver uma briga de seus pais.

Dina foi rapidamente até o filho e o pegou no colo, pondo a cabeça dele em seu peito, na tentativa de o confortar.

— Você... — Estava difícil falar — Você empurrou o Zeke na parede, tem noção do que fez, Grisha? — Ela perguntou, enquanto acariciava os cabelos loiros do filho. — Toque no Zeke mais uma vez e será o seu fim.

— Dina, espera — Foi interrompido.

— Não vou ouvir suas desculpas esfarrapadas, Grisha.

Meses depois, Dina morreu de uma parada cardíaca.

(...)

O estômago do garoto se revirava de ansiedade, a respiração ofegante, as pernas bambas, e o medo.

Hoje sairia o resultado das provas.

— Hey, Zeke! — O pequeno Reiner o chamou a atenção. — Por que está tão nervoso? — Perguntou.

— Não é nada. — Respondeu, acostumado a esconder o que sentia, já era normal ele mentir, e dizer que estava tudo bem ou que não era nada. — Eu estou bem, não se preocupe.

Reiner o olhou por alguns segundos, achando estranho o comportamento do amigo, entretanto, decidiu não o perguntar mais sobre.

— Zeke. — Aquela voz fria e familiar o chamou, era seu pai, Grisha, que estava por trás dele.

— Sim? — Se virou rapidamente, tentando esconder o medo e nervosismo do pai.

— Vamos embora, filho. Conversamos em casa. — Falou, puxando-o até o carro.

𝐃𝐀𝐃𝐃𝐘 𝐈𝐒𝐒𝐔𝐄𝐒 ; zekeyeagerOnde histórias criam vida. Descubra agora