Capítulo 2

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ANY GABRIELLY

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ANY GABRIELLY

É claro que você pode ser modelo. — Ele está mesmo com dúvida de algo que está tão claro?

— Você acha? — perguntou, parecendo inseguro.

— Com certeza! Você é lindo... — disse, abrindo um sorrisinho de canto em seguida. Um pouco tímida, talvez. Ele me olhou, tombando a cabeça para o lado.

— E você desenharia as minhas roupas?

— Eu? — Eu seria capaz?

— Sim, você gosta de desenhar, não gosta? — Assenti, em um balançar de cabeça.

— Mas desenhar roupas? Parece complicado... — Dobras, tamanhos, referências, tecidos, medidas. E muito mais.

— Mas é só você estudar, não é? — Hum... é! Abri um sorrisão.

— Eu vou desenhar as suas roupas — disse, convicta. Logo vi ele abrir os braços. Oh... nosso abraço de urso!

Despertei.

Meus braços estão abertos?! Eu... merda! Eu só queria sentir ele, receber o abraço. Limpei rapidamente a lágrima quente que desceu na minha bochecha. É sempre assim, sempre fico sensível quando os meus sonhos dão lugar para as lembranças do passado. Eu deveria deixar tudo isso pra lá. Eu deveria esquecê-lo de uma vez.

Puff... como se fosse possível. Ele foi tão importante.

Sentei na cama, vendo de cara, meu reflexo no espelho. Existem pessoas que reclamam por acordar cedo e outras que agradecem só por ter acordado. Eu, obviamente, faço parte do grupo reclamão.

Josh Beauchamp foi o meu melhor amigo e meu amor de infância. Eu não tinha idade para pensar em namoro naquela época, mas tenho certeza de uma coisa... eu era apaixonada e só não sabia o que era e como lidar com o sentimento.

Cocei os meus olhos, enquanto caminhava para o banheiro. Não abro mão do meu banho matinal, de forma alguma. Fiz todas as minhas higienes necessárias e após o banho, finalizei o meu cabelo. No meu corpo, há peças confortáveis – uma calcinha de renda e a camisa enorme que roubei do meu pai –, como eu disse, gosto de roupas leves para ficar em casa.

— Trabalhar que é bom... — Brinquei, assim que pisei na sala de estar. Meu pai me olhou, enquanto se ajeitava de um jeito confortável no sofá.

— Eu sou o chefe, posso faltar a semana inteira. — Coloquei as minhas mãos na cintura, com tamanha audácia. — Mas a sua mãe não deixa.

Neguei sutilmente e me aproximei, dando um "chega pra lá". Sentei no sofá, ao lado dele.

— A mamãe está no consultório? — perguntei e ele apenas assentiu, sem tirar os olhos da televisão. Minha mãe é nutricionista. Virou secretária do papai para conseguir pagar a tão sonhada faculdade.

My Boo | Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora