Crônicas Bancárias

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- Vai logo Rafa! - Tiago fala impaciente.

- Calma, tá quase lá. - Rafa responde concentrado sem tirar os olhos do cofre.

- Não temos muito tempo até que percebam nossa presença. - Duda avisa lá da porta em que vigia.

- Vai logo Rafaaaa! - Tiago repete novamente.

- Calma porra tô quase acabando! - Rafa fala nervoso.

- Não sei porque sou amigo de vocês. Olha a merda que inventam de fazer! - Felps diz também perdendo a paciência.

- Você não vai achar isso quando sairmos daqui ricos. - Juh diz da outra porta com um sorrisinho nervoso.

- Se pelo menos sairmos daqui sem ser pegos. - Diz Sam fazendo Juh fazer uma careta.

- Rafa anda logo! Vão vir atrás da gente! - Tiago repete como um papagaio.

- Calma vida, ele tá fazendo o possível. - Emilly diz mas a voz não disfarça seu medo e ansiedade.

- Galera acalma aí, estamos a um passo de ficar ricos, Rafa só tem qu-

Um barulho de algo se abrindo assusta a todos.

- Aeee caralhooo, foi! - Rafa fala comemorando. - Sua vez Sam.

Quando a porta do grande cofre é aberta eles se deparam com um sistema de lasers protegendo cada objeto histórico. Sim, eles estavam em um banco onde tinha objetos históricos tentando roubar obras caríssimas para revenderem e ficarem milionários. O problema é que o plano é ridiculamente bom porém se fossem pegos as consequências seriam inimagináveis.

- Galera ainda dá tempo de cair fora. Vamos antes que dê merda. - Felps fala.

- Chegamos até aqui para simplesmente virar as costas? Felps já passamos da metade do plano, não vai arregar agora né? - Duda diz tentando transmitir coragem. Sua voz era firme mas seu rosto transmitia preocupação.

- Ok. Vou até lá. - Sam dá um passo a frente, seu corpo tremendo um pouco.

- Tome cuidado Sam, ande somente se tiver segurança. - Emilly diz como se fosse uma mãe. Ela sempre apoiava e aconselhava todos como uma mãe, obviamente seria a primeira a se casar do grupo.

Sam entra nos lasers porém logo após passar o primeiro ele tem um descuido e seu chapéu quase cai para trás se não fosse Felps para segura-lo. Os dois ficam uns segundos paralisados até Sam conseguir o equilíbrio e voltar a passar nos lasers.

- Tira o chapéu seu burro. - Felps diz com arrogância.

- Cala a boca idiota. - Sam rebate e volta sua atenção para o que estava fazendo.

Chegar do outro lado parecia uma missão quase impossível. E Sam estava tremendo. Tudo dependia dele agora. Um erro e o grupo sofreria pela a decisão horrorosa que tiveram. Com passos mais confiantes ele estava na metade do caminho quando avistou onde ficava o painel de controle dos fios. Não conseguiria chegar até lá sozinho.

- Um de vocês vai ter que vir aqui. Precisarei de um empurrãozinho para chegar no painel.

Os amigos se olham, indecisos. Nenhum deles quer arriscar colocar tudo a perder.

- Eu não vou. Sou péssima nessas coisas. - Emilly é a primeira a manifestar.

- Eu já fiz minha parte abrindo o cofre. - E todos concordam. É justo que ele decida isso.

- Por mim eu já estaria lá em casa mexendo de boa no celular. Não vou fazer isso. - Felps diz decidido.

Duda Juh e Tiago trocam olhares. Um deles três teria que arriscar.

Crônicas da MadrugadaOnde histórias criam vida. Descubra agora