Capítulo 4

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Rafael sentou na baqueta da ilha da cozinha e Breno se sentou na outra bem ao seu lado pegando uma das latinhas de refrigerante, puxando o anel para abri-la.

— Você e a Mari não transaram ainda? — Breno disse bebendo a Coca cola.

— É... não, mas... Como assim ela é virgem? — Rafael uniu as sobrancelhas intrigado.

— Me leve a mal não primo, mas você é muito lerdo. Como que fica namorando uma garota por quatro meses e não transa com ela?

— A Mari sempre foge quando eu tento alguma coisa. — Rafael ficou pensativo — Eu achei estranho, mas não fazia ideia de que fosse por isso.

— Tá na cara que ela não quer perder a virgindade com você. — Breno sugeriu.

— Será? — Apoiou seu cotovelo sobre a bancada e pousou a mão sobre seu maxilar pensativo.

— Eu vou desfazer as minhas malas.

Breno saiu da cozinha, mas logo esbarrou em Mariza que passava pelo corredor.

— Olha por onde anda garoto! — disse ela, irritada.

Rafael escutando o bérro de sua namorada foi até o corredor ver o que estava acontecendo e viu Mariza encarando Breno com um semblante sério, vestindo seu short jeans, agarrada em sua mochila.

— Eu vou pra casa, Rafa. — a loira falou desanimada.

— Não vai, não. Eu quero conversar contigo.

— Essa é a minha deixa. — Breno disse com os braços erguidos num tipo de rendição e saiu — Eu já estou indo pro meu quarto. Se divirtam casal!

— Conversar? — ela o olhou confusa — Sabe que eu não suporto o Breno, não vou ficar aqui com ele.

— Espera eu calçar um tênis que vou com você até sua casa. Daí conversamos no caminho.

A loira assentiu e esperou Rafael na sala.

Mariza morava um pouco longe da casa de Rafael. Ela preferiu alugar uma casa próximo da faculdade, que ficava mais ou menos uma hora de distância.

No caminho ela dirigia tranquilamente, enquanto Rafael procurava uma forma de entrar no assunto. Ele estava inquieto e meio tenso.

— Mari... — Rafael falou vagamente — Quero te fazer um a pergunta.

— Pode perguntar. — Ela falou calma, sem tirar os olhos da estrada.

— É que eu não sei direito como perguntar. — Deu um sorriso amarelo de nervoso.

— Só pergunta.

— Eu vou direto ao ponto, então. — Rafael disse firme — Por que não me contou que é virgem?

Mariza ficou assustada e deu uma freada brusca, dando um baita sacolejo no veículo. Rafael levou um susto com impacto e se segurou no painel aflito. O carro que vinha bem atrás, bateu na traseira do celta de Mariza, fazendo alguns amassados.

— Mari! — Rafael falou atônito.

Ela virou o rosto para o olhar e ele pôde ver uma marca vermelha bem na testa dela. Mariza não estava com cinto de segurança e acabou batendo a testa no volante.

— Você está bem, Mari?

— Tô. — ela disse passando a mão no local meio desnorteada.

— Sua testa... está machucada. Tá vendo só porque sempre peço pra você usar o cinto de segurança? — Rafael falou preocupado.

Depois do Beijo (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora