Capítulo 40

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— Oi Mari, — Rafael sorriu alegremente — quanto tempo. — Deu um abraço nela, a deixando meio desajeitada segurando as caixas de Panetone.

— Nossa! Você está muito diferente. — Mari comentou sorridente, assim que desfez o abraço.

— E você, não mudou nada. — disse mexendo numa mecha de cabelo dela e sorriu — Só seu cabelo que está menor.

O cabelo de Mariza estava loiro, na altura dos ombros com leves ondas nas pontas. Ela não esperava receber um elogio de Rafael depois de tantos anos sem se falarem. Instantaneamente sentiu sua bochecha esquentar e tinha certeza de que estava corada.

— Obrigada. — Mariza sorriu tímida — E aí, como você está? —  Trocou o peso do corpo de uma perna para a outra ainda agarrada as caixas de Panetone.

— Estou bem. — Rafael deu de ombros — Mas e você, como está?

— Estou bem, também. — Disse balançando a cabeça afirmando.

— Nossa, você ainda tem esse colar? — Rafael disse abismado apontando para o pescoço da loira.

— Sim.— Ela mostrou um sorriso sincero — Eu guardei com muito carinho e voltei a usá-lo nos últimos meses.

Rafael não conseguiu dizer uma palavra, ele encheu os pulmões de ar e prendeu a respiração por uns segundos, tentando não derramar uma lágrima de emoção. Rafael e Mariza ficaram por alguns segundos trocando olhares em um silêncio confortável. Ele soltou o ar lentamente tomando coragem para puxar mais assunto. 

— Você andou sumida... — Ele parecia nervoso e cutucou a alça da cestinha que carregava.

— Pois é, eu estou morando em São Paulo.

— São Paulo? — Ele arqueou as sobrancelhas — Um pouco longe, né?

— Só fica algumas horas daqui. — Disse sorrindo brincalhona.

Rafael a olhava perdidamente, e se lembrava dos momentos bons que passou ao lado dela e em como eles se davam bem quando era amigos. O clima entre eles ali, estava muito leve e Rafael conversava descontraído e seus olhos refletiam um brilho exuberante enquanto eles conversavam alegres.

— E você? — Ela perguntou.

— Eu o que? — Rafael indagou despertando do transe.

— Você está morando aonde?

— Ah, estou no mesmo bairro. — Respondeu exibindo um sorriso genuíno.

— Gosta mesmo desse lugar, né? — Mariza perguntou dando um passo se aproximando dele, mas uma das caixas se desequilibrou de seus braços e só não caiu por sua habilidade ao pegá-la rapidamente.

— Gosto sim. — Rafael percebeu que ela estava meio desajeitada e ofereceu um espaço em sua cestinha para ela colocar suas caixas de Panetone, mas ela rejeitou.— É... Eu vou para o caixa pagar isso daqui, então. — Rafael disse pegando duas caixas de Panetone na prateleira e deu dois passos, mas Mariza tocou em seu pulso o impedindo que andasse mais.

— Espera aí, vamos comigo no corredor de bebidas — Ela afirmou ainda segurando no pulso dele e o puxou levemente o fazendo a acompanhar.

Mariza pegou uma garrafa de Espumante Rosé e outra de Sidra de maçã, Rafael insistiu que ela colocasse as garrafas m sua cestinha e ela assim o fez. Os dois seguiram conversando até o caixa:

— E seu filho, não trouxe com você? quer dizer, filho ou filha, eu não sei ao certo o que foi. — Falou meio sem jeito.

Mariza ficou séria de repente.

Depois do Beijo (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora