Capítulo 44

7 1 1
                                    


— Convenhamos que relacionamentos à distância são complicados. — Mariza informou para Breno, segura de si — Quando eu e Rafa namoramos, morávamos no mesmo bairro e já era tudo tão complicado, que dirá eu morando em outra cidade?

— Ah, Mari pare de pensar assim. — Mônica pediu carinhosa — Você e o Rafa nasceram pra ficar juntos.

— Sem falar também, que eu trabalho demais. — A loira ignorou o que sua amiga tinha falado e acrescentou — Ser dona de uma empresa não é fácil. Breno está aí pra concordar comigo, não é Breno?

— Eu? —Ele apontou para si — Não me coloca nesse meio.

— Poxa Breno, pelo menos uma vez na vida você pode ficar a meu favor? — Mari contestou gesticulando as mãos.

— Não vamos falar nesse assunto. — Rafael se pronunciou — Só vamos aproveitar o feriado.

— Falando em feriado! — Mariza se lembrou de algo — Preciso ir embora. Amanhã vou levantar cedo pra ir encontrar meu pai na chácara.

— Que chácara? — Breno perguntou curioso.

— Ele e a namorada estão passando o feriado em Paraty.

— Você vai sair daqui pra Paraty amanhã? — Breno indagou perplexo — Muito corajosa.

— Você veio de carro pra cá? — Mônica perguntou.

— Que nada, eu vim de avião. — a loira informou desanimada — Se eu soubesse que meu pai não estava por aqui, nem teria vindo. Seria mais fácil.

— Não fale uma coisa dessas. Mari. — Rafael tocou na coxa dela dando um leve apertão, fazendo Mari sentiu um frio na barriga — Eu gostei que você veio.

Mônica e Breno repararam no ato de Rafael, porém não disseram nada, mas pensaram que para ele agir dessa forma deveria estar rolando alguma coisa romântica entre eles. Mariza olhou para Rafael, sorrindo fraco e desviou o olhar para Breno assim que ouviu sua voz.

— Claro, né primo. — Breno sorriu debochado — Você sonhava com esse dia.

— Amiga, mas como você vai fazer pra ir pra Paraty? — Mônica cortou o assunto de seu noivo — Sem carro.

— Vou de taxi, fazer o que né?

— Vai gastar um baita dinheirão. — Rafael comentou ainda com a mão na coxa dela.

— Não tem problema. — Mariza falou com voz serena — Pra ver meu pai, vale a pena.

— Rafão te leva, né primo? — Breno jogou uma almofada em Rafael, que não teve tempo de se proteger e foi atingido bem no rosto.

— Porra Breno! — Rafael não era de xingar, mas ficou tão furioso com seu primo que não segurou a língua, e ao perceber suas palavras tapou a boca chocado e pediu desculpas.

— Não quero atrapalhar. — Mari disse — Eu pego um taxi mesmo.

— Não vai atrapalhar. — Rafael falou esfregando os olhos por causa da almofada que o atingiu.

— Bom, de qualquer maneira — a loira se levantou ajeitando o vestido —, preciso pegar um taxi agora pra voltar pro meu hotel. — Ela se inclinou e pegou sua bolsa sobre o sofá — Com disse vou acordar cedo amanhã.

— Amanhã não, —Breno corrigiu — hoje.

— Isso mesmo, — Mariza olhou a hora no celular — Já são 02:23h. Já é amanhã. — Ela riu divertida.

— Eu te levo no hotel. — Disse o professor ficando de pé — Está de madrugada, pode ser perigoso você andando por aí desacompanhada.

Mariza o encarou pensativa, mas logo concordou com Rafael. Ele foi rapidamente até seu antigo quarto pegar a chave de seu Chevrolet Cobalt e Mariza aproveitou para cochichar com sua amiga: — O Rafael tem carro?

Depois do Beijo (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora