Queda livre

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P.O.V. Teddy

A claridade atingiu meus olhos e os abri lentamente. Abaixei um pouco meu rosto e pude ver Cristal dormindo, a cabeça apoiada em meu peito. A observei por alguns minutos, agradecendo mentalmente por ter me perdido no caminho do banheiro, e tê-la encontrado. Ela se mexeu abrindo lentamente os olhos.

-Bom dia!- Se espreguiçou, direcionando a cabeça para mim.-Que horas são?

-Meio dia. -Seus olhos se arregalaram, eu dei risada. -Brincadeira, são nove.

-Ata, que susto. -Um ronco ecoou de sua barriga.

-Acho que tem alguém com fome. Quer almoçar na pousada ou passar lá e ir para outro lugar?

-Na pousada. -Nos levantamos e após arrumar tudo fomos para a frente do carro e seguimos o caminho de volta.

-Bom dia casal, dormiram fora? -Dona Bete perguntou assim que nos viu chegando.

-Sim, Teddy me levou para ver as estrelas.- A senhora corou na hora e ao se dar conta do duplo sentido da frase Cristal corou também.

-Temos que subir e nos arrumarmos, afinal não queremos perder o almoço. Com licença Dona Bete.

-Claro, claro. -Sorrindo, ela abriu passagem.

Subimos para nosso quarto e após tomar banho e nos trocarmos, descemos para o restaurante. Servi tortellini em um prato para mim e Cristal se serviu de salada caprese. Nos sentamos em uma mesa de canto próximo a janela.

-Nossa, isso está muito bom! -Exclamou após levar uma o garfo à boca. -Quer um pouco?

-Não obrigada, salada caprese não é lá a minha favorita. Falando sobre a viagem, o que você está achando?

-Sinceramente, está sendo incrível. Aqui é lindo e ter você como companhia só melhora tudo. -Disse sorrindo

-Que bom que está gostando. Mandei mensagem para o Din perguntando como estavam as coisas e adivinha: Diana foi para lá.

-Mentira, eles voltaram?- Cristal perguntou

-Ele diz que não, mas no fundo sei que vão acabar voltando.

-Tomara que sim, ela parece ser uma boa pessoa.

-Ela é. E no farol como estão as coisas?

-Tudo indo bem, confio na Renata de olhos fechados. -Ela foi interrompida pelo toque de seu celular.- É a minha mãe, se importa se eu atender?

-Claro que não, fica à vontade.

-Oi mãe, tudo bem?... É, foi de última hora...Vou pedir pra Renata te enviar... Tá bem... Te amo, tchau.

-Está tudo bem?- Perguntei

-Aham, ela queria um documento do farol vou pedir pra Renata mandar para ela.- Digitou algo e então bloqueou o telefone, voltando a se concentrar em sua salada.

-Você sabe quando seus pais irão para Gênova de novo?-Perguntei

-Acho que na semana do Natal, por quê?

-Eu não sou muito experiente nessa coisa de relacionamento, mas eu sei que é comum conhecer os pais da sua namorada, se você concordar é claro. -Disse nervoso. Seria minha primeira vez fazendo isso, e apesar de estar nervoso sei que é o certo a se fazer.

-Eu vou amar, e tenho certeza que eles vão adorar você.

Continuamos o almoço e ao terminarmos subimos para o quarto. Aproveitei quando Cristal foi ao banheiro para confirmar o planejamento de hoje. Fui para a sacada e disquei o número do instrutor.

Sotto il faroOnde histórias criam vida. Descubra agora