Os Sin Nombre voltaram para seu segundo ano na EWS ,mas agora eles realmente estavam encrencados. Com Sebastian trabalhando na escola por tempo indeterminado era provável que a seita voltaria assim como Luka, levado por sua prima,Yá Pardo Bustamante.
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O avião que vinha de Buenos Aires pousou exatamente na minha frente e eu sorri retirando meus óculos do rosto. Puta merda, eu realmente consegui trazer o Luka de volta.
A duas semanas atrás meu pai chegou em casa depois de mais uma das suas reuniões, imagina o quanto ele surtou quando me encontrou com um clube de strippers homens em casa.
Depois disso ele resolveu que a melhor forma de lidar comigo era me trancar no internato assim como Leon Bustamante fez com ele, claro que ele aproveitou que minha mãe estava cuidando de alguns negócios dos Colucci fora, ela nunca deixaria ele me trancar.
Eu surtei, claro, e destruí todo seu closet de terninhos engomados antes de pensar como lidar com os riquinhos mimados de sempre, duvido que a Elite Way tenha mudado sobre sua preferência a quem têm muito dinheiro. Mas minha semana ficou bem melhor quando descobri que o Luke Colucci, algo como meu primo distante, fazia parte da escola.
Tudo bem que ele era um otário a maior parte do tempo, mas ele era um rosto conhecido e com certeza causaria muito pra deixar o Marcelo com mais cabelos brancos que ele já tinha. Uma pesquisa rápida me deixou atualizada e descobri que Marcelo expulsou Luka da escola, ele sempre quis que meu primo fizesse administração e não algo como música.
E isso me fez pensar o quanto eu queria deixar tanto ele quanto o meu pai bravo, por isso, eu entrei em contato com a Celina depois de subornar o Marcelo com algumas fotos digamos constrangedoras da sua última viajem ao Caribe, e pronto, o Luka podia voltar a escola.
O gênio da minha mãe, graças a Deus.
Luka balançava a cabeça em sinal de descrença enquanto descia do avião somente dele com algumas malas.
-Yasmin eu odeio admitir, mas você é genial. Dei de ombros bebendo um pouco mais da vodka que estava na minha mão.
-Você carregando malas? Encontrou humildade no meio do caminho? Ironizei.
Ele revirou os olhos antes de roubar a garrafa da minha mãe e beber um longo gole da bebida. Aproveitei esse tempo pra dar uma olhada nele, seu cabelo estava bem mais curto do que eu me lembro e...desde quando ele faz academia?
-A gente já pode ir ou você quer mais tempo pra admirar? Luka me despertou do transe com uma expressão convencida.
-Eu não preciso admirar, você não gosta da fruta. Sorri ácida antes de me virar em direção ao carro e fazer sinal para o motirisca colocar as malas de Luka no carro.
-Yá, não aconteceria nem se eu fosse hétero. Se liga, nem todos são apaixonados por você e seu dinheiro.
Nos entramos no carro juntos e eu pedi ao motorista que ligasse o som.
-Claro, já que você quer ficar agindo como se a gente nunca tivesse transado tudo bem. Luka arregalou os olhos e o motorista também, tadinho.
-Mas me conta, o que fez Diego Bustamante deportar a filhinha dele dessa vez? Fiz a melhor cara de tédio, meu pai é igualzinho a meu avô quando ele tinha a minha idade, as vezes eu preferia ser pobre e morar numa casinha com pessoasque me amassem ao invés de ter tudo menos atenção.
-Clube de strippers, uma longa história. E a minha mãe tá viajando, nem deve saber. Respondi dando de ombros, não era a primeira vez que em uma das minhas tentativas de me divertir ele acabou com a festa.
-Parece que dessa vez você se ferrou, sem direito a rendição.
-Eu já fiz muito pior e me safei, se meu pai espera que a EWS me mude e eu participe de uma banda idiota como ele, ele é um otário. Luka desviou o olhar sacando minha indireta, agora ele e os amiguinhos eram os novos rebeldes.
-Você é uma megera. Eu ri alto com ele, confesso que senti saudade da nossa cumplicidade.
Quando chegamos na minha casa Luka começou a descarregar as malas enquanto eu começava a arrumar as minhas, coloquei várias roupas já que não pensava em voltar tão cedo para casa, sem minha mãe aqui meu pai estaria mais insuportável que nunca.
Organizei meu quarto e guardei tudo que tinha pra ferrar algumas pessoas, claro que algum engraçadinho ia inventar de pegar alguma coisa. Quando terminei fui em direção a piscina onde Luka estava fazendo uma live, como sempre.
-Se exibindo com minha casa. Iterrompi e ele desligou o celular, eu amava fazer isso.
-Eu preciso te contar umas coisas antes da gente ir pra EWS amanhã. Revirei os olhos, Diego era tão mala que nem me avisou que amanhã era o grande dia.
-Tô esperando. Me sentei na espreguiçadeira.
-É que eu fui meio mala com meus amigos. Ele falou desconcertado e parecendo arrependido.
-Essa é a surpresa? Você foi mala comigo desde que nos conhecemos. Ironizei pegando o suco que Márcia mandou servir.
-Tinha uma seita, aconteceu uma vez quando seus pais eram de lá. A líder deles era a secretária, e ela tava transando com o Sebastian, um aluno do terceiro ano.
-Você por algum motivo ferrou com seus amigos e acabou entrando na seita, depois se desculpou e se redimiu. Completei.
-Como cê sabe? Perguntou indignado.
-Intuição, pelo que você me contou eu não vejo problema. A seita acabou.
-Eu descobri que minha professora de música teve um caso com meu pai e eu tenho um irmão. Arregalei os olhos engolindo o suco de uma vez
-Isso sim é interessante, mais um primo? Ele é gato? Arquiei uma sobrancelha e ele fez cara de tédio.
-Ele não vai transar com você, ele tá com a Jana. Luka me empurrou de leve.
-A filha da Pilar? Que louco isso. A Jana e eu éramos amigas quando criança, mas elaera muito patricinha.
-É, fora eles têm o Dixon que fingiu que era colombiano pra ser rapper mas na verdade é bem rico, a MJ que mentiu pra os pais dizendo que a EWS era uma escola de música religiosa, e a Andi que é...péssima em biologia.
-E o que um Colucci riquinho com problemas em casa e um puta talento tá fazendo com essas pessoas legais?
-Eles gostaram de mim. Deu de ombros, eu o olhava como se fosse um milagre.
-É melhor que eles gostem de mim também, eu não quero me tornar uma sem cérebro ou uma bonequinha de plástico sem neurônios como os outros. Eles parecem ter estilo.
-Você fala como se não fosse uma das mais ricas do país.
-Eu só quero me divertir, vamo cair na piscina? Perguntei maliciosa e Luka engoliu seco.
-Sem roupa de banho? Indagou e eu bufei um riso.
-Tá com vergonha, fala sério? Eu já te vi pelado muitas vezes. Levantei tirando munhas roupas quando ele pulou na piscina.
-Não tinha dívidas de que você me espiava tomar banho.
-Eu não precisava te espiar, podia te ter o tempo inteiro. Dei de ombros enquanto ia até ele.
-Tá forçando uma cura gay? Perguntou me apertando mais contra seu corpo antes de me dar um sorriso convencido.
-Eu te odeio. Empurrei seu rosto enquanto nadava pra longe dele.
