Capítulo 1

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⚡▫️BÁRBARA▫️⚡

Estava em mais um dos meus roubos diários, e nesse tive a desonra de ser pega pelos otários da polícia, agora estou em uma viatura com alguns homens asquerosos, eles me colocaram no porta malas do carro, e agora estou eu aqui, batendo na merda desse carro até chegar na delegacia.

Já estou pensando em uma forma de sair de lá, ao menos aqui fora eu tenho uma pequena gangue que já deu muito trabalho a polícia, todos nós fomos abandonados por nossas famílias, Ethel é nossa pequena espiã, ela consegue entrar em qualquer lugar sem ser vista. Gilson é o nosso nerd, ele mexe em todo tipo de tecnologia, ele é animal. Evelyn é nossa mãezona, e é ótima em organizar os planos, ela já fez a polícia de otária muitas vezes. E temos eu, Crusher e Coringa, nós que colocamos os planos em ação e ficamos com a parte mais perigosa. Vivemos em um galpão abandonado, mas muito aconchegante, no assalto que fui pega, ao menos Crusher e Coringa conseguiram sair ilesos, eles viram a polícia me prendendo, mas não podiam fazer nada. Agora vou ter que esperar que eles façam um plano pra me tirar desse inferno. Espero que eles consigam.

Percebi o carro parando, logo abriram o porta malas e me puxaram lá de dentro.

- Enfim prendemos esse rato. - Um cara moreno falou, eu só juntei saliva na minha boca e cuspi na cara dele. Na mesma hora ele parou e socou meu rosto, eu caí no chão com o impacto, filho da puta.

- Agente Lessa o que diabos você pensa que está fazendo? - Uma loira falou me segurando pelo braço e me ajudando a levantar.

- Essa vadia cuspiu minha cara agente Thaiga. - Ele respondeu passando a manga do suéter onde eu tinha cuspido.

- Leve ela pra Delegada Voltan, eu tenho afazeres, e sem gracinhas agente Lessa, acho que às vezes você esquece que luta com seres humanos e não com animais ferozes. - Ela falou e o homem a olhou inconformado.

- Vamos logo! - Ele me puxou pelo braço e saiu me guiando pela prisão, merda, esse presídio é da delegada Voltan, essa mulher é foda e temida em todas as gangues, mas eu não faço nem ideia de como é a cara dela, deve ser uma velha rabugenta com cara de brava e que tem medo de matar uma barata. Ele abriu uma porta e me mandou entrar.

- Olha só o que eu te trouxe Voltan. - Ele falou me jogando em uma cadeira, do jeito que ele me jogou eu fiquei, estava com os braços algemados pra frente, minha calça estava desleixada um pouco caída e suja, minha camiseta branca amarrotada e meu tênis tava com o cadarço desamarrado. Me sentei de pernas abertas e fiquei esperando a temida girar a cadeira para eu ver a cara de rabugenta que ela devia ter, deve ser casada com um velho barrigudo.

Quando a cadeira girou ela me encarou de cima a baixo, e eu não podia acreditar, caralho meus dias nessa delegacia serão divertidos, que delegada mais gostosa, ela realmente tinha cara de quem tinha medo de matar uma barata e eu comecei a rir com meus pensamentos, imaginando ela sentada em cima da pia do banheiro ou do vaso sanitário gritando pelo marido para vir matar uma barata.

- Algo divertido senhorita Passos? - Ela falou me encarando. Eu não respondi, continuei rindo e ela me encarando.

- Ela é realmente muito engraçada, essa filha da puta cuspiu na minha cara.

- Solte as mãos dela agente Gabriel e pode se retirar. - Ela falou e eu levantei minha sobrancelha a encarando.

- Voltan essa mulher é perigosa!

- Faça o que eu mandei agente. - Ela falou e o homem respirou fundo, pegou a chave que tava presa no cinto e soltou meus pulsos, eu automaticamente alisei o local que tava as algemas, tinha machucado. O policial se retirou e a delegada me olhou seria.

- Estou aqui com sua ficha... Bárbara Passos. Você não parece tão perigosa, faz pequenos furtos, é sua diversão? - Ela perguntou olhando o papel.

- Talvez! - Falei me ajeitado na cadeira e encarando ela.

- Você não estava sozinha, tinha mais pessoas com você, podemos fazer uma troca.

- Não estou aberta a negociações, e eu estava sozinha.

- Vamos lá Bárbara, você vai pegar no mínimo uns 15 anos, se me entrega o resto eu posso diminuir ao menos uns 5, se você fizer trabalho voluntário pode ser quebrado mais uns 2 a 3.

- Não estou aberta a negociações.

- Pequenos furtos em farmácias, supermercados, joalherias... Opa, temos aqui um roubo a um pequeno banco e a um carro forte. Seu currículo é interessante Passos. - Ela falava e eu me perguntava com essa filha da puta tinha tanta informações minha, se eu nunca fui presa.

- Eu não fiz isso! - Falei me defendendo.

- A você fez sim, posso melhorar ainda mais. - Ela soltou a minha ficha criminal em cima da mesa e escorou o queixo na mão. - Estava ao lado de Arthur Ramos e Victor Augusto. - Porra que filha da puta.

- Não conheço essas pessoas.

- Bárbara eu investigo vocês a algum tempo, eu sabia exatamente o dia que vocês iam assaltar esse estabelecimento e a hora, só fiz mandar dois policiais lá e te trazer pra mim, você pode ser boa, mas é muito ingênua.

- Acho que ingênua é você de ter mandando o policial me soltar. - Me levantei e ela colocou a arma em cima da mesa.

- Se eu fosse você se sentava nessa cadeira novamente Passos. - Ela falou alisando a arma e eu gelei, filha da puta, filha da puta.

- Eu roubo pra sobreviver. - Falei alisando meu cabelo.

- Não deixa de ser roubo. Eu já entendi que você não vai me ajudar a pegar seus amigos, mas não se preocupe, eu logo vou achar eles.

- Boa sorte com isso.

- Você me desafia demais Passos.

- Não tenho medo de uma criança mimada brincando de polícia e ladrão. - Falei e ela riu.

- A criança mimada podia te dar mais uns 2 anos de prisão na sua pena por desacato a autoridade. Eu mesma quero ter o prazer de te prender Passos, vamos lá. - Ela segurou no meu braço e foi me guiando, quando ia abrir a porta eu a prendi contra a mesma.

- Serão dias divertidos delegada. - Falei próximo a boca dela, senti cano gelado na minha barriga.

- Não seja engraçadinha Senhorita Passos, me largue. - Ela falou pressionando o cabo da arma contra minha barriga e eu fiz o que ela pediu, ela foi me guiando pelos corredores e me mandou entrar em uma salinha.

- Tire a roupa. - Ela falou e eu sorri.

- Rápido assim? - Falei com uma cara de safada, no mesmo momento ela me jogou um uniforme verde, era basicamente uma calça moletom verde, uma camiseta branca e um suéter também verde listado de branco.

- Vai veste!

- Cara que coisa mais feia. - Falei rindo.

- Você tá me enrolando Bárbara, veste logo essa roupa.

- Da pra você se virar? Eu tenho vergonha.

- Não vou me virar, vai que você agarre meu pescoço.

- Está com medo Voltan?

- Vamos logo, veste essa roupa senão vou mandar agente Gabriel vir aqui te esperar.

- Não precisa, já estou me vestindo. - Tirei minha camisa e quando comecei a desabotoar a calça vi os olhos dela em meu corpo tatuado. - Que foi? Gostou?

- Não curto mulher, estou apenas fazendo meu trabalho. - Delegada safada, duvido que não gosta de mulher. Vesti aquela coisa horrível e ela foi me direcionando para a ala das presas. Logo abriu uma porta de metal, dentro parecia um quarto. Tinha duas beliche.

- Companhia pra vocês Lara Silva e Milena Esquierdo. Se divirtam. - Ela falou me colocando dentro da cela.

- Qual é Carolina? Aqui já tá cheio. - Uma menina ruiva falou.

- Lara essa cela cabe 4 pessoas e só tem duas. Sem chances de discussão, você vai gostar delas Bárbara. - Ela falou e trancou a porta da cela.

- Vamos se divertir com essa Lara... - A mais alta que devia ser a tal Milena falou, tô fodida.

A Delegada (G!P) 🚔 1° Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora