Capítulo 39

1.5K 130 27
                                    

🔸🔷BÁRBARA PASSOS🔷🔸

Estávamos no paraíso, todos nós queríamos algo mais tranquilo, juntos escolhemos a ilhas cocos na Austrália, é um local quase deserto, sem nenhum meio tecnológico, tem em média apenas 600 habitantes, era o lugar perfeito para nós. 11 adolescentes desajuizado fugindo da polícia. Já faz uns 20 dias que estamos aqui, estamos começando a se adaptar ao lugar, mas conheço pouquíssimas pessoas.

Kevin e Victor levam o tempo inteiro aqui pescando ou nadando, eles amam andar de barco pela costa, Milena e Thaiga estão no mundo delas, assim como Evellyn e Lara, é um saco aguentar esses casais, a diferença é que o namoro de Milena e Lara é um pouco agressivo, elas estão se beijando e em fração de segundos as duas estão bolando na areia em uma briga, é divertido.

Emilly e Crusher passa a maior parte do tempo explorando a ilha, eu mal vejo os dois . Ethel estava mais calma no início, mas acabou se encantando pelo Yan, ele é um garoto simpático que mora por aqui. Gilson como vocês devem imaginar está quase enlouquecendo por aqui não ter tecnologia, para se manter lúcido ele gosta de fazer anotações, passa o dia inteiro com um caderno na mão.

E por último eu, o que faço na ilha? Eu também não faço ideia do que faço aqui, passo a maior parte do tempo deitada em uma rede lendo um livro, nadando, observando meus amigos ou pensando na minha loirinha, ela não sai dos meus pensamentos um dia sequer.

— Ei Babi. – Gs falou e se sentou do meu lado na areia.

— E aí cara, tudo certo?

— Comprei um Nokia indestrutível por mil euros para falar 10 segundos com a Carol, não é demais? Tudo que deu pra falar, ela tá bem, falou que está com saudade de você, e o teste deu positivo, ela é realmente minha irmã. – Gs falou e eu sorri, enquanto isso meu coração disparou só por ouvir o nome dela.

— Porque só falou 10 segundos? Cadê o celular?

— Já joguei no mar, o telefone de Carol pode estar grampeado, mesmo o Nokia não sendo nada moderno eles podem rastrear o sinal e nos encontrar.

— Estou feliz por você cara e por ela, Carol deve estar transbordando felicidade.

— Você sente falta dela né? – Gs falou e segurou na minha mão.

— Mais do que eu pensei que sentiria Gs.

— Já está na hora de chamar a Mii pra ela te amarrar? – Ele falou com humor.

— Parece que sim. – Disse me levantando e saindo correndo, Gs me acompanhou e se jogou nas minhas costas, eu acabei me desconcentrando com ele agarrado a mim, caímos os dois na areia da praia rindo, depois ficamos deitados na areia observando o pôr do sol.

— Hoje tem uma festa aqui por perto, tá todo mundo falando em ir, está afim? — Gs falou enquanto olhava pro céu.

— Acho que vai ser bom se distrair um pouco. – Falei e vi Gs se levantar, ele tirou a camisa, o short e ficar apenas de cueca.

— Que visão desnecessária Gilson, o que tu vai fazer?

— Vou nadar, vamos? – Ele falou e saiu correndo, vi apenas ele pulando nas águas transparentes e gritando. — VEM LOGO PASSINHOS.

Tirei minha roupa e acompanhei ele, passamos horas brincando e conversando no mar, até que já estava ficando tarde e resolvemos ir para o hotel tomar banho e ir para a festa.

Aqui demorava a escurecer, quando chegamos no local um som tocava músicas empolgantes, meio levado para músicas havaianas. Vi crianças correndo, adultos dançando, alguns apenas conversava e bebiam.

— Eles são animados. – Falei ao chegar na festa ao lado de Gs.

— São mesmo, ali, achei Miih e Thaiga. – Gs falou me puxando pela mão.

— Oi casal. – Falei ao chegar do lado delas e peguei a bebida que Milena tomava. — Uou que coisa forte.

— Da pra devolver? – Mii falou e já pegou a bebida de volta.

— Saiba compartilhar as coisas Milena, vou até o bar beber alguma coisa. – Falei e sai de perto deles.

Ao chegar pedi uma caipirinha, fiquei sentada em uma cadeira do balcão enquanto o homem terminava de preparar.

— Boa noite senhorita, sozinha? – Ouvi uma voz doce, assim que me virei me deparei com uma asiática, ela tinha o olho puxado e parecia simpática e também muito bonita.

— Oi boa noite, estou com alguns amigos. – Respondi educadamente e observei ela se sentar no meu lado.

— Dylan faz uma caipirinha pra mim também. – Ela pediu ao jovem rapaz. — É nova por aqui ou turista? É que todo mundo aqui se conhece e é a primeira vez que te vejo. Me chamo Jeky. – Ela falou sorrindo pra mim.

— Estou passando um tempo por aqui, é um lugar lindo e calmo, eu precisava disso. Prazer Jeky, sou Bárbara Passos. – Falei com um sorriso.

— Desculpe a indelicadeza, você é solteira Bárbara?

— Não, eu tenho namorada.

— Sortuda a garota.

— Na verdade a sortuda sou eu.

Ela sorriu e o barman entregou as duas bebidas, assim que provei eu devo ter ido no céu.

— Uau, isso é muito bom. – Falei e bebi mais um gole.

— Vai com calma aí garota, isso tem álcool. – Ela falou e riu.

Fiquei conversando com Jeky quase a noite inteira, ela era uma garota incrível e a companhia dela era realmente agradável, eu só ficava um pouco desconfortável quando ela soltava alguma investida. Por mais que ela fosse incrivelmente bonita, eu não estava aberta a conhecer outra pessoa, eu querida apenas a minha delegada.

A noite foi seguindo, entre uma caipirinha e outra eu já estava mais animada do que pretendia ficar. A festa já estava quase no fim, tinha apenas alguns casais dançando e outros se beijando.

— Vamos dançar um pouco. – Jeky falou animada, engoli em seco quando ela pegou na minha mão e me puxou, ela aproximou nossos corpos e começou a dançar bem próxima, a respiração dela batia no meu pescoço me causando arrepios.

Ela encarou meus olhos e travei quando percebi ela aproximar os lábios dos meus. Assim que nossas bocas se tocaram eu a afastei imediatamente.

— Desculpa Jeky, eu não posso fazer isso. – Me afastei dela e fui para o hotel, tentei ir correndo, mas tinha tanto álcool no meu corpo que correr se tornou uma missão impossível.

Assim que cheguei nem cogitei a possibilidade de trocar de roupa, apenas me joguei na cama.

— Por favor, não demore Marzin...

A Delegada (G!P) 🚔 1° Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora